Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)
Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)
música

Alcione emociona plateia em estreia no Festival Música em Trancoso; veja como foi

Babilônica, rainha, diva, musa e mais um montão de palavras que servem para descrever a presença arrebatadora de Alcione, durante o Festival Música em Trancoso — o MET —, que aconteceu nesta quinta-feira (16), no distrito do município de Porto Seguro, na Bahia. A deusa da voz e do samba embalou o público nos gramados do Teatro L’Occitane, em sua estreia no evento.

Celebrando 50 anos de carreira, Marrom passeou pelo seu vasto repertório, fez homenagens, interagiu com a plateia e ainda apresentou uma versão da clássica canção francesa “Ne Me Quitte pas”. Além disso, o show teve um gostinho especial, já que é a retomada do MET, pós pandemia, e a primeira vez que o evento recebe cantoras populares (antes, o festival era apenas de música erudita).

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

Antes de subir ao palco, Alcione celebrou sua participação no festival. “Muito importante para todo mundo voltar, né? Para mim, ficou ainda mais importante porque eu nunca tinha participado desse festival”, comentou a cantora, que relembrou a primeira vez em que esteve no município do litoral baiano. “Quem me trouxe foi Elba Ramalho, para eu passar dois ou três dias com ela. Agora, venho nesse festival. Eu me sinto muito honrada com o convite. Muito feliz”, pontuou.

Com cinco décadas de trabalho a indústria musical, a cantora não para de surpreender o público, seja pelo repertório ou pela voz que permanece intacta. No entanto, há momentos em que a própria artista é pega de surpresa, como aconteceu recentemente com o convite para ser tema do enredo de uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira.

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

“Meu Deus do céu! Minha ficha ainda não caiu. Eu sou mangueirense há uns 50 anos. Nunca imaginei ser um enredo da Escola. Sempre trabalhei com a Mangueira, mas saí. Eu ser enredo foi uma coisa que custou e ainda está custando, mas se Deus quiser, há de sair tudo bem”, comentou.

A diva ainda fez questão de dizer o que não abre mão no desfile da verde e rosa. “Não pode faltar mangueirense, um grande samba, que eu sei que será feito, e a alegria que a Escola já tem. Tudo que precisa para um bom carnaval a Mangueira tem”, enfatizou a artista. “Me aguarde. Tenho que estar belíssima”, exclamou Marrom.

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

Alcione, durante festival em Trancoso, na Bahia. (Foto: Well Souza)

Aliás, sempre impecável, a artista é uma das personalidades que mais inspira gerações, pelo visual ou por suas faixas. Em suas canções, por exemplo, fala sobre as fases de relacionamentos e amores. Canta com verdade sobre os inúmeros papeis possíveis dentro de um encontro afetivo. Talvez, porque a diva já tenha passado por momentos inusitados em sua vida amorosa.

“Já roí beira de pinico, já fui lá no fundo do poço. Mas, quando voltei, voltei com os peitos apontados para Jesus”, brincou.
Esses momentos podem ser percebidos por meio das interpretações de Alcione, em músicas como “Você Me Vira A Cabeça”, “Sufoco”, “Nem Morta” e “A Loba”.

Essa última considerada por ela, como uma das mais potentes de sua discografia. “Quando vi aquela frase ‘sou doce, dengosa polida, fiel como um cão. Sou capaz de te dar minha vida. Mas, olhe, não pise na bola…’ isso aí sou eu”, afirmou. “Brinca Comigo, mas não se descuide de mim”, disparou.

Alcione tem rodado o país com sua turnê, algumas vezes, inclusive, se apresentando em festivais. Mas, em janeiro de 2023, foi como convidada de Luísa Sonza no Festival de Verão Salvador, que artista agitou a capital soteropolitana.

“Quando ela me convidou para a cantar eu disse: ‘eu vou! Me aguarde que estarei contido’. A Luisa é uma menina muito meiga, muito doce. Uma criatura de Deus. Gosto muito daquela pequena. Ela me passa uma impressão muito boa como ser humano. É uma cantora que está vindo aí e temos que dar força para aqueles que estão chegando”, concluiu.

O Festival Música em Trancoso acontece até este sábado, 18, quando Marisa Monte sobe ao palco do Teatro L’Occitane, com mais um show da turnê “Portas”. Nesta sexta-feira, 19, a Orquestres Sinfônica da Bahia – OSBA, exibe o “CineConcerto”.

voltando pra home