Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

(Foto: Fábio Rocha / Globo / Divulgação)
(Foto: Fábio Rocha / Globo / Divulgação)
televisão

“Linha Direta”: ministro do STF libera exibição de programa sobre o Caso Henry Borel

A TV Globo foi autorizada na noite desta quarta-feira (17) a exibir logo mais, após a novela “Terra e Paixão”, uma edição do programa “Linha Direta” que tratará do assassinato do menino Henry Borel. A decisão se deu pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Antes, a defesa do ex-vereador dr. Jairinho, Jairo Souza Santos Junior, acusado de ter cometido o homicídio do enteado em 2021, havia conseguido uma liminar que vetava a exibição. A juíza Elizabeth Machado Louro, do Tribunal de Justiça do Rio, considerou que a exibição do programa, apresentado agora por Pedro Bial, pudesse provocar algum tipo de influência em possíveis membros do júri-popular ao qual os acusados serão submetidos.

Haja vista, a emissora recorreu e o episódio vai, de acordo com a decisão, ao encontro de um “evidente interesse público” e o “claro propósito de censura”.

“Ressalvados os discursos violentos ou manifestamente criminosos, não é o Estado que deve estabelecer quais as opiniões ou manifestações que merecem ser tidas como válidas ou aceitáveis. Em um regime democrático, essa tarefa caberá antes, ao público a que essas exibições se dirigem, devendo o Estado se abster de condutas que causem embaraços ao livre debate de ideias e ao pluralismo de opiniões, elementos que se alicerçam na liberdade de imprensa”, diz a sentença.

Via Instagram, o pai de Henry, Leniel Borel, que também foi entrevistado, destacou que a pauta abriu margem para advogados da defesa, demonstrando em sua visão “imparcialidade e comprometimento com a verdade”.

“Porém recebemos ontem à noite a infeliz notícia de censura prévia da justiça. Algo inimaginável no Brasil até o momento, principalmente tratando-se de um caso que não corre em segredo de justiça, televisionado em todas audiências e amplamente divulgado pela imprensa em todas as fases do processo”, disse.

O menino Henry Borel tinha 4 anos de idade quando foi morto em decorrência de uma hemorragia interna, provocada por laceração hepática por ação contundente. À época, a investigação do caso apontou lesões no crânio, hemorragias e hematomas indicativos de tortura. O promotor do caso afirmou que a mãe sabia das agressões infligidas pelo padrasto.

O programa, a gente lembra, retornou em 2023 e vai ao ar todas as quintas-feiras. Nesta temporada, o “Linha Direta” já abordou outros dois casos de ampla repercussão: o caso Eloá (2008) e a barbárie de Queimadas (2012).

voltando pra home