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(Foto: Pam Martins / Divulgação)
(Pam Martins / Divulgação)
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Luísa Sonza se manifesta sobre processo de racismo e solicita audiência amigável: “tentar ser melhor”

Na noite desta segunda-feira (20), Luísa Sonza quebrou o silêncio sobre o processo de racismo contra ela, iniciado em 2018, e revelou o condicionamento jurídico que planeja adotar para encerrar tal ação.

Segundo a cantora, em uma publicação no Twitter, uma audiência amigável será solicitada para acatar com o valor requerido pela autora, a advogada Isabel Macedo de Jesus. O caso aconteceu em 2018, mas se tornou público em 2020.

Leia o comunicado:

“Gente, eu estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queria falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não.

Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim. Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar e entendi que precisa ser sempre assim.

Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas à questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia. Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não.

Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela autora.
Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção para essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação.

Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um processo de danos morais – não estou respondendo por processo criminal, como foi divulgado, e não há nenhum outro em andamento”.

Nos momentos seguintes ao pronunciamento, diversas pessoas destacaram pontos sobre o pronunciamento da cantora. Uma delas, inclusive, foi Jup do Bairro que, ao ressaltar a ausência de um pedido de desculpas por parte de Luísa, afirmou que a própria se coloca como a principal vítima e relembrou que, em 2018, a cantora negou a acusação publicamente.

Dá uma olhada:

O assunto voltou à tona na última sexta-feira (16), após uma audiência marcada entre ambas as partes ter sido remarcada, por conta do vazamento do link da audiência na internet. O valor a ser pago por Luísa Sonza não foi revelado.

O processo

Segundo documentos acessados pelo Splash UOL, a cantora Luísa Sonza está sendo processada por racismo pela advogada Isabel Macedo de Jesus, que pede R$10 mil por danos morais.

Segundo a autora, ainda que o episódio tenha ganhado os noticiários em 2020, tudo aconteceu em 22 de setembro de 2018. A advogada comemorava seu aniversário em uma pousada, em Fernando de Noronha — onde Sonza se apresentava.

Ao levantar de sua mesa para ir até o banheiro, passou pela cantora, que a teria dado um tapa no braço e pedindo um copo d’água. Foi então que Isabel pediu para que Luísa repetisse sua fala e recebeu o pedido por mais uma vez, pois “estava com sede”.

A mesma tentou explicar que não era funcionária do estabelecimento, e sim uma cliente. Isabel diz ter se sentido “humilhada” e afirma não ter recebido o devido apoio da pousada.

Ao prestar uma queixa na delegacia, ela ainda afirma que foi insultada por uma policial civil, que teria dito que a advogada não era negra e, portanto, não teria sofrido injúria racial.

Em 2020, Sonza negou as acusações: “Gente, tudo isso é mentira! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é meu caráter, minha índole. Eu jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor da sua pele. Jamais! Essa acusação é absurda”, escreveu em seu Twitter.

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