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(Foto: Reprodução/Globoplay)
(Foto: Reprodução/Globoplay)
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“Vale o Escrito”: doc queridinho do Twitter abordará novas famílias do Jogo do Bicho em 2ª temporada

Ao que tudo indica, a segunda temporada de “Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho“, série documental do Globoplay sobre a contravenção no estado do Rio de Janeiro, vai dar o que falar.

Uma reportagem do F5, uma editoria da Folha de S.Paulo, publicada nesta sexta-feira (16), contou detalhes, ainda inéditos, do enredo da nova leva de episódios.

Segundo o jornal, a produção terá como foco mostrar a família Drumond, que comanda a escola de samba Imperatriz Leopoldinense há tanto tempo — desde a época que o bicheiro Luizinho Drumond era vivo.

Ele morreu vítima de um AVC, em julho de 2020, e a filha (uma dos seis herdeiros do espólio da contravenção) Cátia Drumond assumiu o lugar e é a atual presidente-executiva. Atualmente, inclusive, Cátia prepara o filho ainda jovem João Felipe como o seu sucessor, sendo, já, diretor e braço direito dela no barracão.

Fora isso, os Calil, que comanda hoje em dia a Unidos do Viradouro, também serão retratados na série, que tem supervisão de Pedro Bial.

A família Calil chegou na agremiação, que se sagrou como a grande campeão do Grupo Especial do Carnaval 2024, em 2017, quando a escola ainda estava na série Ouro do Carnaval carioca.

Desde então, a Unidos do Viradouro subiu para o Grupo Especial, chegou ao primeiro lugar, em 2020, e segue como um dos desfiles mais luxuosos todos os anos.

Mortes trágicas

Assim como mostra na primeira temporada, o novo ano da série abordará mortes trágicas e supostamente encomendadas por mentes comandantes da contravenção.

O jornal diz que duas mortes e seus envolvidos serão contadas: Marcos Vieira de Souza, o Falcon, presidente da Portela na época em que foi assassinado a tiros, em 2016. Ele tinha 52 anos e era subtenente da PM, além de candidato a vereador do Rio pelo PP, na ocasião.

A segunda morte que será retratada é a de Haylton Carlos Gomes Escafura e Franciene Soares. Eles tinham 37 e 27 anos, respectivamente. O casal foi morto em 2017, dentro de um hotel de luxo na Barra da Tijuca, com mais de dez tiros.

Hayton era filho do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, um dos principais nomes da “cúpula do jogo do bicho”. Piruinha, inclusive, aparece na primeira temporada da obra.

Gabriel David, diretor de marketing da LIESA (Liga do Carnaval do Rio de Janeiro) e filho do bicheiro Anísio Abraão David, afirmou ter ficado chateado com o produto final apresentado pelo streaming. Saiba mais aqui.

A nova temporada de “Vale o Escrito” tem previsão de estreia para 2025. Procurada a respeito das novidades, o Globoplay disse o seguinte:

“‘Vale O Escrito’ foi um sucesso e como toda obra de muito sucesso é natural que o Globoplay se interesse por uma eventual segunda temporada. Mas, neste caso, ainda estamos avaliando junto aos Estúdios Globo as condições objetivas para isso.”

Não viu a série? A gente te conta!

Vale o Escrito – A Guerra do Jogo do Bicho, feita pelo núcleo de documentários da TV Globo comandada por Pedro Bial, tem como foco o jogo do bicho, que tem prática proibida por lei, mas que existe e se organiza por territórios, chefiados por núcleos familiares poderosos que faturam MILHÕES por ano.

O grande trunfo da série, diante de um assunto amplamente difundido e falado, são entrevistas inéditas que se desenrolam e ganham corpo com personagens fascinantes e dignos de obras de ficção.

A título de exemplo, é o caso da amazona Shanna Garcia, toda poderosa filha do bicheiro Maninho que é herdeira de parte do império da zona Oeste e perdeu o comando para o ex-cunhado, Bernardo Bello.

A família Garcia resolveu lavar a roupa suja no documentário, com falas, ainda, da irmã gêmea de Shanna, Tamara Garcia, da mãe delas, Sabrina Garcia, e da amante de Maninho, Ana Claudia Soares.

A produção começa com um resgate da história do Bicho, com a sua estruturação a partir da criação de um grupo, em meados dos anos 1970, chamado de “Cúpula da Contravenção”, formado pelos chefões da época, que dividiram os territórios e pontos de jogos do estado entre si, evitando conflitos e fortalecendo os negócios. Ainda hoje esse é o modelo vigente, embora a emergência de uma nova geração de contraventores o tenha colocado à prova.

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