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Foto: Reprodução
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música

The Town: Tasha e Tracie aceleram a motoca em show com participação potente de Karol Conká

ALÔ, DIRETORIA! O duo Tasha e Tracie abriu os trabalhos do primeiro dia de festival The Town, cantando para um Autódromo de Interlagos ainda tímido. Isto porque, do lado de fora, filas quilométricas tentavam entrar no evento.

Mesmo com uma empolgação limitada da plateia, as irmãs cativaram com suas rimas afiadas. Chegando na garupa de duas motos, no melhor estilo para se subir o morro em direção ao baile funk, elas mostraram que a batida da favela ecoa com cada vez mais força em espaços de privilégio.

No primeiro bloco do show, hits como “Cachorraz Kamikaze”, “Amarrou” e “Tang” ajudaram a embalar a apresentação,  antes de o palco ser tomado pelas companhias de MC Menorzinha, MC Kyan, Rapper Gregory e Planetária, os primeiros convidados da ocasião.

A grande colaboração da tarde, entretanto, foi introduzida como dona de uma “língua de chicote”. Claro, Tasha e Tracie se referiam à mamacita Karol Conká, que chegou provocando a audiência para que fizesse mais barulho.

Com o espaço liberado, a mamacita entregou antes um medley solo, igualmente imponente. Ela emendou hits como “É o Poder”, “Tombei”, “Fuzuê”, “Subida”, e “Louca e Sagaz”, explorando uma mistura rica de sons que vão do berimbau à guitarra elétrica, entre outras referências já clássicas de seu repertório.

A artista, que aproveitou seu espaço para saudar a arte das mulheres pretas no Brasil, brilhou ainda mais ao acenar de forma certeira para a lendária era “Batuk Freak”, que em 2023 completa dez anos. Bastou tocar “Boa Noite”, um marco no pop/rap brasileiro, e introduzir “Gandaia”, esta última na companhia das anfitriãs Tasha e Tracie, para mostrar que esse grande encontro de referências poderia se estender ainda ao estúdio.

Foi “Dilúvio” que encerrou o ciclo e trouxe um agradecimento da veterana direcionado aos presentes que “a aceitaram como é”.

Fazendo o próprio baile, Tasha e Tracie também fizeram questão de verbalizar uma reverência às próprias origens. “A gente tá realizando um sonho hoje, todo mundo que fez isso aqui acontecer é de maloca e de quebrada. Isso é uma vitória pra nós”, disseram antes de cantar o hit “Diretoria” e sair de cena.

De volta às motos que usaram pra chegar, as irmãs saírem à la Megan Thee Stallion, com um adereço de cabeça usado tradicionalmente por passistas de samba. Completamente donas de sua proposta e do palco.

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