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(Foto: Estevam Avellar/Globo)
(Foto: Estevam Avellar/Globo)
televisão

“Todas as Flores” marca início de novelas para o Globoplay com conto de fadas moderno, inclusão e Regina Casé como vilã

Nesta quarta-feira (19), os apaixonados por novelas ganham mais uma obra para acompanharem: “Todas as Flores”, a novela Original Globoplay que carrega o valor de produção de uma trama das 21 horas, mas com a dinâmica de exibição pelo streaming.

Criada e escrita por João Emanuel Carneiro (“Avenida Brasil“, 2012), o “conto de fadas” moderno promete trazer tudo aquilo que a gente ama assistir: vilãs icônicas, a personagem da “fada madrinha”, um grande amor e, é claro, uma mocinha sofredora que jura vingança. 

“É uma brincadeira com a história da gata borralheira”, definiu o autor, durante coletiva de imprensa em que Papelpop esteve presente

(Foto: Estevam Avellar/Globo)

As protagonistas Maíra (Sophie Charlotte) e Vanessa (Leticia Colin). (Foto: Estevam Avellar/Globo)

A trama apresenta a história de Maíra (Sophie Charlotte), uma jovem perfumista com deficiência visual, que foi criada pelo pai em Pirenópolis, em Goiás, acreditando que a mãe já estivesse morta. No entanto, essa foi uma mentira que seu pai contou para poupar a filha do desprezo da mãe, que a rejeitou após o nascimento. A única ligação que Maíra tem com sua cidade natal, Rio de Janeiro, é Judite (Mariana Nunes), sua madrinha.

Os anos passam e um belo dia, Maíra se depara com uma desconhecida a sua porta. É Zoé (Regina Casé), sua mãe, que pede perdão à filha pelo abandono. Se esse encontro tinha tudo para marcar um momento bonito na vida da jovem, é quando seu pai morre que a história começa a ganhar contornos mais complicados.

Maíra aceita, então, embarcar para o Rio de Janeiro com Zoé, porém será usada pela mãe para garantir a sobrevivência de sua irmã caçula, Vanessa (Letícia Colin), que está bastante doente. A partir daí, a vida da garota muda para sempre. Assista ao vídeo abaixo:

 

“Todas as Flores” traz alguns marcos e primeiras vezes em sua produção e desenvolvimento, como a estreia de João Emanuel Carneiro com uma novela Original Globoplay. “Estou muito feliz e entusiasmado de fazer uma novela para o streaming. Um formato de uma obra um pouco menor. Posso, mais ou menos, pensar até o final a história”, pontuou.

Além disso, essa obra marca a primeira vez que Regina Casé encarna uma vilã. Dá para acreditar? “Eu nunca li a sinopse, nem a história. A única coisa que o João me disse é que ela era rica. Isso de cara me interessou muito porque eu nunca fiz uma personagem nem de classe média, quanto mais uma rica. Nunca fiz uma vilã”, celebrou Regina.

Sua personagem, Zoé, é uma mulher extravagante e bem humorada que, no passado, viveu em situação de rua e praticou diversos delitos para se sustentar. Gananciosa, ela não mediu esforços para enriquecer. Na região da Gamboa, Zoé conheceu Humberto (Fabio Assunção), um homem em situação de rua que recolhia lixo nas calçadas.

Ele namorava Judite (Mariana Nunes), uma jovem ambulante que morava em um cortiço no bairro. Mas, rapidamente, Zoé levou Humberto para o mundo do crime e eles se tornaram amantes e cúmplices.

“Ela não é uma vilã por vingança, nem uma psicopata pura e simplesmente. Ela quer grana. Ela encara tudo que faz, mesmo as piores coisas, como o trabalho dela”, comentou Casé.

Zoé, vivida por Regina Casé, sua primeria vilã. (Foto: Estevam Avellar/Globo)

Outro fator marcante da produção é o trabalho de profissionais com deficiência visual. Afinal, a protagonista da história é uma mulher cega. Sendo assim, nada mais justo que pessoas com pouca ou nenhuma visão estivessem envolvidas na trama, na frente e por de trás das câmeras.

Nathália Santos, mulher negra e cega, que está na equipe da novela como assistente de direção, ressalta a importância de uma novela como esta.

“Está sendo muito legal participar dessa novela e poder contribuir com a ausência de um olhar literal, que é como todo mundo está acostumado. E, ao contrário do que muita gente pode pensar, a gente está provando que é possível que uma pessoa cega seja assistente de direção, atuando em todas as frentes. Então, essa novela chega quebrando algumas barreiras. Fora, várias outras pessoas (com deficiência visual) da nossa equipe, como preparadora de elenco, produtor de áudio, atrizes e atores. Um conjunto, provando que é possível com uma diversidade no elenco fazer o que a gente está fazendo”, afirmou Nathália.

Ter uma protagonista como a Maíra, que possui deficiência visual, mudou a dinâmica de trabalho da atriz Sophie Charlotte, segundo a própria. “Ter a oportunidade de entrar em contato com pessoas PCDs, no dia a dia, na construção desse personagem, tem sido uma transformação para sempre. Tudo que eu tenho vivido e trocado com elas me marcou e é um divisor na minha vida. Consegui entender, nessa prática, a importância de pessoas que não convivem com a deficiência na luta anti-capacitista no mundo”, afirmou Sophie.

(Foto: Estevam Avellar/Globo)

Maíra é vivida por Sophie Charlotte. (Foto: Estevam Avellar/Globo)

Pensando em acessibilidade, a transmissão da novela escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo será feita por dois sinais diferentes. O primeiro deles, com áudio original; e o segundo, com o recurso de audiodescrição.

Os demais quatro capítulos do primeiro bloco ficarão disponíveis na sequência e toda obra entrará no catálogo com e sem audiodescrição, sempre às quartas-feiras. A primeira fase da trama contará com 45 capítulos, até o dia 14 de dezembro, e a segunda fase será disponibilizado no primeiro semestre de 2023.

Além de “Todas as Flores”, a Globoplay preparou um minidocumentário, o “#PraTodosVerem”, que apresenta histórias reais de pessoas com deficiência visual. A cada novo bloco semanal da novela será disponibilizado um episódio do produto audiovisual.

Nos depoimentos, anônimos de diversos lugares do Brasil vão relatar suas trajetórias profissionais e pessoais. Os depoimentos passam por temas amorosos, de superação, autoconhecimento e sexualidade, além de desvendar tabus sobre a condição da cegueira e da baixa visão na sociedade.

***

Criada e escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo, ‘Todas as Flores’ é escrita com Vincent Villari, Eliane Garcia e Daisy Chaves. A direção é de Luiz Antonio Pilar, Carla Bohler, Fellipe Barbosa, Guilherme Azevedo e Oscar Francisco. A produção é de Betina Paulon e Gustavo Rebelo e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A obra conta em seu elenco com Sophie Charlotte, Regina Casé, Letícia Colin, Humberto Carrão, Mariana Nunes, Fabio Assunção, Caio Castro, Thalita Carauta, Nicolas Prattes, Ana Beatriz Nogueira, Cassio Gabus Mendes, Zezeh Barbosa, Douglas Silva, Mary Sheila, Naruna Costa, Mumuzinho, Moira Braga, Camila Alves, Cleber Tolini, Amanda Mittz, Nilton Bicudo, Suzy Rêgo, Yara Charry, André Loddi, Xande de Pilares, Chico Diaz, Heloisa Honein, Jhona Burjack, Luis Navarro, Micheli Machado, Kelzy Ecard, Duda Batsow, Ângelo Antônio, Bárbara Reis, Valentina Bandeira, Leonardo Lima Carvalho, Rodrigo Vidal, Samantha Jones, Luiz Fortes, entre outros.

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