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(Foto: Dri Spaca/Papelpop)
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música

Manu Gavassi retorna mais madura e artista ao mesmo palco dez anos depois, em SP

Manu Gavassi está de volta aos palcos com a turnê “Eu só Queria ser Normal“, que começou no final de julho em Natal, já passou por Fortaleza, Recife e chegou neste último domingo (7) em São Paulo no Espaço UNIMED. A ocasião foi especial e serviu como uma grande homenagem à carreira de Manu Gavassi como um todo. O motivo? A gente explica agora! Mas saiba que, durante a apresentação, a própria cantora considerou esta como uma das melhores noites da vida dela.

Manu não tinha uma turnê oficial desde 2016, quando rodou o Brasil para cantar o EP “Vício“. A cantora também foi afetada pelos cancelamentos da pandemia e não conseguiu sair com a “Cute but Psycho Experience”, lá em 2020, pós passagem estrondosa pelo BBB daquele ano.

Porém, o acúmulo de acontecimentos na vida da cantora fez dessa nova turnê uma grande jornada de amadurecimento e reflexões. Depois do reality show, o aclamado álbum “Gracinha” e muitas transformações, o show de domingo teve como propósito mostrar como Manu Gavassi é agora, sem esquecer de todas as fases da cantora ao longo de uma década de estrada.

(Foto: Dri Spaca/Papelpop)

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Sim, uma década! E estar no Espaço UNIMED teve um significado especial por conta disso. Foi lá, em 2012, quando ainda respondia pela alcunha de “Espaço das Américas”, que Manu Gavassi fez sua estreia nos palcos durante o Festival Capricho. Em certo momento do show, ela lembra o que achava da própria carreira naquela época.

“Eu lembro de sentir que a expectativa de vida da minha carreira era muito baixa para as pessoas. E que louco, né? Estar aqui de novo lotando o Espaço das Américas”. Com formato intimista, o espaço teve a pista dividida em centenas de mesas e cadeiras marcadas para receber o público, com garçons entregando bebidas e comidas. E a energia seguiu assim. Claro que os fãs mais apaixonados não se aguentaram e levantaram para curtir a música.

(Foto: Dri Spaca/Papelpop)

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A cantora abriu o show com “Eu Nunca Fui Tão Sozinha Assim”, do recente álbum “Gracinha”. A abertura foi marcada por uma sobreposição de diversos áudios de Manu, vários feitos nos vídeos promocionais dela que rodaram durante o BBB. Aqui, ela quis afirmar que a artista é uma grande mistura de ideias e propósitos e, depois de muito conflito, resolveu aceitar esse caos como parte de si própria. Esse é o propósito da turnê: mostrar amadurecimento. Ao longo do show, ela diz :”Eu não digo que é para esquecer da vida e dançar porque se eu esquecer da vida nem tem show”. Depois, ela resgata a faixa “Direção”, do EP “Vício”, uma das músicas antigas que ela traz de volta nesse show.

Um dos momentos mais emocionantes do show foi ao som de “Catarina”, música escrita para a irmã de Manu Gavassi, que leva o nome da faixa. “Foi uma das músicas de amor mais sinceras que já escrevi”, diz a cantora. Aqui, ela assume a instrumental e vale a pena destacar isso sobre o show. Além de cantar ao vivo, em diversos momentos, Manu pega a guitarra para tocar junto com a banda ou até sozinha. E ela não tem medo, caso se atrapalhe um pouco ao vivo. Ao tocar “Vienna”, cover do cantor Billy Joel, ela errou o começo algumas vezes e disse estar muito nervosa com aquele show. “Mas tudo bem, né? Vocês me amam mesmo assim, né?”.

(Foto: Dri Spaca/Papelpop)

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Em entrevista ao Papelpop, Manu Gavassi contou que o palco e os figurinos foram pensados para serem simples, pois queria sentir que não precisava de distrações para o público vê-la como a artista que é. O palco é pequeno, sendo segurado apenas com cores vivas no telão e iluminação. E deu certo!

A cantora segurou a presença, durante o show todo, e a simplicidade do palco causou um impacto intimista e especial. Em “Gracinha”, por exemplo, Manu recebeu Tim Bernardes e Amaro Freitas, que participam da faixa, e o palco ficou todo escuro, focando apenas no rosto dos três.

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Manu Gavassi e Tim Bernardes, em show de São Paulo. (Foto: Dri Spaca/Papelpop)

Mais um destaque foi a hora da faixa “Bossa Nossa”, também do álbum “Gracinha”. Manu Gavassi leva uma arara ao palco para vestir toda a banda com looks inusitados e fazer uma performance solta para combinar com a faixa. Quando a cantora diz, “Faço dançar, enquanto te faço rir. Nunca gostei dos mutantes sem a Rita Lee”, o show para e dá lugar a um áudio da própria Rita Lee mandando um recado à Manu.

O momento nostálgico chegou quando Manu fez uma sequência de “Caminho de Volta”, “Garoto Errado” e “Planos Impossíveis”. “Bem-vindos à minha adolescência”, disse a cantora, antes de apresentar os clássicos com novos arranjos mais puxados para o pop rock.

(Foto: Dri Spaca/Papelpop)

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O show termina com “Deve Ser Horrível Dormir Sem Mim” e, sim, ela manteve o forte posicionamento político que cita na letra e fez piscar a estrela branca [referência ao símbolo do Partido dos Trabalhadores, que tem como candidato Lula, para as próximas eleições] no telão vermelho, deixando o recado bem dado.

Está claro o amadurecimento de Manu Gavassi ao assistir o show da turnê “Eu só Queria Ser Normal”. Dez anos depois, ela se mostra artista, madura e explora toda essa jornada em cima de um palco.

(Foto: Dri Spaca/Papelpop)

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Assista aqui a entrevista da cantora ao Papelpop, durante passagem do show por Campinas:

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