Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui
“O Agente Secreto” é mais “ambicioso e complexo” que “Ainda Estou Aqui”, diz The Guardian

“O Agente Secreto“, novo filme do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, estreou no Festival de Cannes, no último domingo (19), e foi ovacionado por mais de 10 minutos.
Tão pouco a obra veio ao mundo, surgiram aos montes críticas e análises feitas a partir de jornalistas e críticos que estiveram na sessão.
Nesta terça-feira (20), o jornal britânico The Guardian publicou um texto, assinado por Pedro Bradshaw, dando seu parecer ao longa-metragem protagonizado por Wagner Moura.
Para ele, a atmosfera lenta do Brasil, ambientado em 1977, torna a produção “mais ambiciosa, totalmente complexa e indescritível” quando comparada ao laureado “Ainda estou aqui” (2024), de Walter Salles.
The Guardian
“O novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho se passa na ditadura brasileira da década de 1970 e seu brilho visual e intriga sensual de uma cidade grande, com comédia de cachorro desgrenhado e caminhadas horríveis e mistério épico epicamente lânguido se combinam para criar algo especial. É sobre a maldade cotidiana da tirania política, de alto e baixo nível, e com seu assunto e perspectiva atual, poderia ser comparada ao “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. No entanto, isso é mais ambicioso, totalmente complexo e indescritível. À medida que o filme progredia, eu me vi comparando-o a Sergio Leone [cineasta italiano], a “O Passageiro – Profissão: Repórter”, de Michelangelo Antonioni [cineasta italiano], em seu progresso lento para algum terrível desfecho violento, passado por Elmore Leonard [roteirista], Quentin Tarantino, [Fernando] Meirelles e “Cidade de Deus”, e “Roma”, de Alfonso Cuarón [cineasta mexicano].”
Vale lembrar que o filme de Salles, protagonizado por Fernanda Torres, estreou em outubro do ano passado no Festival de Veneza e seguiu numa campanha de mais de seis meses, culminando em um prêmio inédito ao Brasil.
A obra venceu o Oscar de melhor filme internacional na edição de 2025. Esta foi a primeira estatueta dourada do cinema nacional.
Torres foi indicada como melhor atriz na mesma premiação, mas perdeu para Mikey Madison (“Anora“). O filme concorreu, também, ao prêmio máximo da noite — de melhor filme.
A filha de Fernanda Montenegro venceu o Globo de Ouro de melhor atriz (drama). A obra ganhou mais de 30 estatuetas mundo afora, e levou mais de 5 milhões de brasileiros aos cinemas do país.
E aí, será que teremos um efeito reboot? Queremos! Pode mandar!