A cineasta Anna Muylaert, responsável pelo filme “Geni e o Zepelim”, veio a público na tarde de ontem (16) a fim de abrir o debate sobre a avalanche de críticas que recebeu em virtude das escolhas feitas para o elenco da obra. Para protagonizá-la, ela escalou a atriz Thainá Duarte, uma mulher cisgenero — que chegou a compartilhar fotos da mudança de visual, como é possível ver acima.
A questão é que, no teatro, na “Ópera do Malandro” criada por Chico Buarque (1978), Geni, essa personagem marginalizada, foi reiteradas vezes representada como uma mulher trans — o que agora despertou uma discussão sobre um movimento de apagamento promovido pela releitura feita agora, em 2025, por Muylaert.
Em um longo vídeo, ela disse o seguinte:
“A gente entendeu que essa poesia poderia ter várias interpretações, fazer uma versão amazônica cis. (…) Ficaram achando que a gente tava fazendo transfake. Não era essa a ideia. Mas, diante da reação da comunidade trans, [me pergunto se] essa letra do Chico, hoje, em 2025, só pode ser interpretada como uma mulher trans? Quero debater isso. Se a sociedade, e não apenas a comunidade trans, mas também todos os fãs da música do Chico, entender que ela só pode ser trans, vamos repensar o nosso filme.”
Personalidades como Camila Pitanga se pronunciaram. “Vc pode fazer o filme que quiser, com certeza… mas pondero que esta interpretação serve, sim, ao apagamento doloroso de mulheres trans. São poucos personagens com esse protagonismo entende? É uma escolha que fere”, escreveu.
A cantora Liniker, por sua vez, foi categórica. “O debate ser aberto como votação se é certo ter uma pessoa trans ou cis nesse papel ou não, já nos expõe grandemente”, afirmou. “O Brasil não é um país acolhedor aos nossos corpos e trajetórias, principalmente se tratando de um protagonismo numa produção audiovisual”.
Por ora, não há previsão de estreia.
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