“Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, vence mais dois prêmios internacionais

O longa-metragem “Ainda Estou Aqui” segue chegando cada vez mais longe, mais premiado e prestigiado! A obra de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Torres, venceu mais dois prêmios internacionais, neste sábado (8).

A produção se sagrou como o primeiro filme brasileiro a concorrer e ganhar ao Goya, considerado o “Oscar da Espanha”. O longa venceu na categoria melhor filme ibero-americano.

Como a equipe está em campanha dos Estados Unidos, o prêmio foi recebido pelo daddy Jorge Drexler. O cantor uruguaio leu um texto escrito pelo diretor e amigo Salles:

“‘Ainda Estou Aqui’ é um filme sobre a memória de uma família durante a longa noite da ditadura militar no Brasil, que se entrelaça com a memória do meu país. Gostaria de dedicar este prêmio ao cinema brasileiro como um todo, a Eunice Paiva, Marcelo Rubens Paiva e toda a sua família, a Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. E, como estamos falando de memória, gostaria de agradecer aos grandes cineastas que nos deram o presente de nos apaixonarmos pela extraordinária atriz que foi Marisa Paredes.”

Assista ao vídeo:

Fora isso, a película venceu, ainda, o prêmio público do Festival de Roterdã, na Holanda. Veja, também:

Isso pode significar nada diretamente e na prática na corrida ao Oscar, premiação no qual a obra concorre em três categorias —melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz por Torres. Mas faz o filme ser falado e cada vez mais visto.

Só no Brasil, “Ainda Estou Aqui” já levou mais de 4 milhões de espectadores aos cinemas.

A obra tem grande elenco, incluindo nomes como Selton Mello, Marjorie Estiano, Humberto Carrão, Olivia Torres, Antonio Saboia, Dan Stulbach, Fernanda Montenegro.

O filme adapta o livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva (vivido por Antonio Saboia no longa), em que ele conta a história da própria mãe, Eunice Paiva (Torres), desde sua atuação em defesa dos direitos humanos à sua luta pessoal contra o mal de Alzheimer.

Ela se torna advogada e ativista após o engenheiro civil e ex-deputado federal Rubens Paiva (Mello), seu marido e pai de Marcelo, ser preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura militar brasileira na década de 1970.