cinema

ELE! “Ainda Estou Aqui” é escolhido pra tentar vaga do Brasil no Oscar 2025

O filme “Ainda Estou Aqui“, do cineasta Walter Salles, foi o escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar. A informação foi compartilhada, no início da tarde de segunda-feira (23), pela Academia Brasileira de Cinema. A obra também já tem data para chegar aos cinemas do país: 7 de novembro. Uma lista com pré-selecionados à disputa deve ser compartilhada ainda no dia 17/12.

“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. ‘Ainda Estou Aqui’ é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas”, disse a atriz Bárbara Paz, que é presidente da Comissão de Seleção.

“Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, finalizou.

A cerimônia de entrega do Oscar rola em 2 de março de 2025, em Los Angeles. Caso seja realmente indicado, “Ainda Estou Aqui” dá a Walter Salles a chance de redenção após ter perdido os troféus aos quais outro longa seu, “Central do Brasil”, esteve indicado, em 1998. À ocasião, a mãe de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, que também faz uma aparição na obra, disputou o prêmio de Melhor Atriz.

O filme

Em “Ainda Estou Aqui” somos apresentados a uma história de drama, ambientada na década de 1970. Fruto do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o enredo descreve como os atos de violência impostos pela ditadura militar mudaram a história da família Paiva para sempre. A própria mãe, Eunice, é interpretada pelas Fernandas Torres e Montenegro, e vê sua vida perpassada tanto pela atuação política, uma vez que era ativista dos direitos humanos, quanto pela luta contra o Alzheimer.

Após a morte do marido, que foi preso e torturado por agentes militares, Eunice se torna advogada. Rubens Paiva, pai de Marcelo, era suspeito de manter ligações com clandestinos do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e saiu escoltado de casa, no Leblon. Ele nunca mais foi visto. A história oficial diz que ele teria fugido com os comunistas. Extraoficialmente, soube-se que foi torturado até a morte na madrugada seguinte à prisão.

Logo, será através da atuação dessa esposa sobrevivente que passado e presente hão de convergir, ressaltando o poder da memória.

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