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(Foto: HBO / Divulgação)
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“The Idol”: membros da produção da HBO revelam caos, refilmagens e desperdício de orçamento nos bastidores da série

The Idol” deixou todo mundo animado com sua premissa, elenco e equipe desde que foi anunciada, ainda em 2021. Criada por The Weeknd e Sam Levinson, a trama promete mostrar a relação entre uma popstar, vivida por Lily-Rose Depp, e o proprietário de uma boate de L.A., que também é líder de um culto, personagem do próprio The Weeknd.

Entretanto, meses se passaram desde a última novidade – um teaser trailer divulgado em outubro de 2022 – e nem mesmo os membros da produção da HBO sabem quando os episódios entram no ar. Treze pessoas ligadas à série revelaram à Rolling Stone que um clima de caos, envolvendo demissões, refilmagens e desperdício orçamentário, tomou conta do set nos meses passados e tornou incerta a data de lançamento.

De acordo com o grupo, na matéria publicada nesta quarta-feira (1º) pela renomada revista, os problemas começaram com a saída repentina da diretora Amy Seimetz. Levinson, conhecido como criador, diretor, roteirista e produtor do sucesso “Euphoria”, tomou as rédeas em 2022 e descartou o trabalho da colega, que tinha utilizado cerca de 75 milhões em orçamento e deixado “The Idol” 80% concluída.

As fontes explicaram que Levinson não concordou com a abordagem de Seimetz, optando por reescrever várias cenas. Isso tornou o projeto “menos sobre uma estrela problemática sendo vítima de uma figura predatória da indústria, e mais uma história de amor degradante com uma mensagem vazia”.

“Eu me inscrevi para fazer uma sátira sombria da fama e do modelo de fama do século 21… as coisas às quais submetemos nossas estrelas, as forças que colocam as pessoas no centro das atenções e como isso pode ser manipulado no mundo pós-Trump. Mas tudo se tornou a própria coisa que estávamos satirizando”, disse um integrante da equipe.

Segundo os profissionais, o maior problema era a constante mudança que Levinson fazia nos roteiros. “Havia uma sensação de caos porque [nós] nunca tínhamos uma ideia do que aconteceria no dia ou na cena seguinte”, contou um deles.

“Tive a impressão de que o clima no set era: ‘O que a HBO vai fazer? Cancelar tudo? Se quiserem a terceira temporada de ‘Euphoria’, eles vão me dar o que eu quero… Vamos apenas filmar o que queremos e se [executivos da HBO] tiverem um problema com isso, isso é problema deles’”, outro afirmou.

Essas transformações narrativas incluíam “perturbadoras e violentas” cenas sexuais e físicas, como se fosse “pornografia de tortura sexual”. “Era uma série sobre uma mulher que estava se descobrindo sexualmente, mas se transformou em uma série sobre um homem que começa a abusar dessa mulher e ela adora”, descreveu uma fonte.

Os membros da produção revelaram que havia uma cena em que o personagem de The Weeknd batia na personagem de Lily-Rose, que sorria, pedia para ser espancada e causava uma ereção no parceiro. Outra trazia a protagonista carregando um ovo na própria vagina e se ela o deixasse cair ou quebrasse, o personagem de The Weeknd se recusaria a “estuprá-la”.

Nenhuma delas foi filmada. Mas, devido às alterações nos roteiros e às refilmagens, muitas pessoas da equipe disseram não saber o que é usado no corte final de “The Idol”. Além disso, falaram que Levinson está “desenvolvendo um histórico de sets caóticos” e que evitariam trabalhar com ele no futuro.

“Este foi um forte exemplo do quão longe [Levinson] pode levar a HBO, que continuará encobrindo-o porque ele traz dinheiro”, refletiu uma delas. “Ele é capaz de sair ileso e todo mundo ainda querer trabalhar com ele… As pessoas ignoram os sinais e o apoiam de qualquer maneira”, completou.

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