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Foto: Reprodução
música

Melanie Martínez serve hits pop em show conceito no Lollapalooza Brasil

Uma das apresentações mais aguardadas desta edição do festival Lollapalooza Brasil foi, justamente, a da cantora norte-americana Melanie Martínez. Ela, que começou a carreira ainda bem jovem em realities de TV, mostrou, neste sábado (25), que abraçou não só a madurez, mas também a liberdade de expandir sua obra em diferentes aspectos.

Apresentando o álbum “Portals”, recém-lançado, a artista cantou hits, mas também fez o dever de casa ao introduzir novidades em uma apresentação cheia de conceito, pautada em uma estética que remete ao meio natural, ao feminino, às estranhezas e a uma bizarrice interessante, quase mágica.

Na plateia, vários fãs usavam figurinos que dialogavam com a máscara cor-de-rosa portada pela jovem musa, adereço este ornado com quatro olhos desproporcionais e fendas que pareciam guelras.

Entre folhas, cogumelos gigantes e bailarinos que se moviam com leveza entre as batidas de cada música, ela abriu o show com “Dollhouse”. Na sequência, “Soap” e “Mad Hater” fizeram o público levantar.

As baladas e sua melancolia cativaram, mas não por muito tempo: passeando pelas emoções, Martínez deu espaço a momentos mais intensos, em que a banda também tinha protagonismo na hora de pavimentar essa narrativa pop – o ambiente perfeito para que suas letras existenciais ganhassem vida, sobretudo a partir do coro apaixonado que se ouvia a alguns metros dali.

Mesmo também que a parte visual tenha tido uma significância considerável, a cantora revelou de forma involuntária e bastante natural uma preocupação com os vocais. Às vezes contida nos movimentos, ela parecia estar em busca das notas perfeitas — algo que administrou com maestria.

“Tô muito feliz de poder voltar e ver essas caras fofas na plateia. Obrigada por me receberem tão bem e tenham uma noite linda”, disse, pouco antes de deixar o palco.

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Em momentos como “Evil” e “Void”, a artista encarnou, ainda, a força de uma verdadeira rockstar — a despeito dos críticos, que ainda insistem em dizer que o rock morreu e deixou sua essência entregue às gerações de veteranos.

Cênica como poucas apresentações desta noite, Melanie Martínez saiu de cena deixando a impressão de que seu show foi, na verdade, um convite a imergir em um universo disforme, cheio de complexidades e encantamento.

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