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bell hooks, escritora e expoente do feminismo negro, morre aos 69 anos

Faleceu nesta quarta-feira (15) a ativista e escritora bell hooks. A causa da morte foi insuficência renal em estágio terminal, conforme disse sua irmã Gwenda Motley. “A autora, professora, crítica e feminista fez sua transição cedo, de casa, rodeada de familiares e amigos”, escreveu a família dela em um comunicado.

Uma das grandes representantes do pensamento feminista, ao longo de sua carreira escreveu mais de 40 livros sobre temas que envolviam racismo, cultura, política, gênero, amor e espiritualidade. Em suas obras e ensaios, a escritora costumava analisar desde a representatividade negra no cinema norte-americano a clipes da Madonna.

hooks nasceu em 1952, na cidade de Hopkinsville, Kentucky. Se formou em inglês na Universidade Stanford, fez mestrado em Wiscosin e doutorado de Literatura na Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

Seu primeiro livro, “E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e o feminismo”, foi publicado em 1981. Nele, ela propõe uma análise sobre o movimento feminista contemporâneo a partir do discurso de Sojourner, uma mulher negra que havia sido escravizada e se tornou oradora depois de liberta em 1827. Ela denunciou, em 1851, na Women’s Convention, que o ativismo de sufragistas e abolicionistas brancas e ricas excluía mulheres negras e pobres.

Entre suas obras mais populares no Brasil estão “Olhares negros: raça e representação”, “Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade”, “O feminismo é para todo mundo”, entre outros diversos livros inseridos nas grades de universidades brasileiras. Seu trabalho contribuiu amplamente para o debate sobre o movimento negro e feminista, além da arte da poesia.

Um tributo para a bisavó materna, o nome da autora é escrito com a grafia minúscula. Ela dizia que “o mais importante em meus livros é a substância e não quem sou eu”. De acordo com o Washington Post, o trabalho da ativista foi creditado como “a redefinição do feminismo”, pois “ampliou um movimento que muitas vezes era visto principalmente associado a mães e esposas brancas, de classe média e alta”.

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