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(Foto: AgNews)
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cinema

Aos 96 anos, Fernanda Montenegro fala sobre parar de fazer cinema: “Não”

Ela não para — e a gente só agradece!

Na CCXP25, nesta sexta-feira (5), ao ser questionada por Marcelo Forlani se o filme “Velhos Bandidos” será seu último no cinema, a grande dama da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro, aos 96 anos, refletiu:

“Eu tenho que responder? De início, de saída… Não. [muitos aplausos] mas tem uma realidade de vida. Então, a gente fica esperando que esse “não” se realize. Uma hora, que eu volte a fazer cinema. Teatro… Eu ainda estou pelos teatros do Brasil. Lendo…Lendo”

A dama da dramaturgia esteve no evento para divulgar o filme dirigido por Cláudio Torres, seu filho, programado para 2026 com grande elenco, como Bruna Marquezine, Lázaro Ramos, Vladimir Brichta e mais.

A nova comédia nacional conta a história de um casal de idosos bandidos (Fernanda e Ary) que unem com um casal de assaltantes 30+ (Bruna e Vladimir) para um grande roubo.

Lázaro revelou que aceitou o convite do amigo Torres (diretor) antes mesmo de ler o roteiro.

“Só falei ‘aceito’. Eu não vi o resto. Já estava, pois tenho um prazer tão grande de trabalhar com esse irmão de vida (Vladimir), mamãe (Fernanda)”.

Dona Fernanda, com sua voz teatral, contou que, para além de estar sendo dirigida por seu filho, houve a criação de uma “família profissional” no set.

“Há uma coisa linda que é o seguinte: na nossa família, somos uma família ligada à dramaturgia. Na hora do trabalho, não é “mamãe”, nem “papai”, nem “filhinho”. Não. Somos profissionais. Uma família de opção, além da família de sangue. E nessa hora a família de sangue deve ficar de lado e a família profissional é que deve agir. Então, não me sinto “cuidadinha” ou “levadinha no colo”. Eu ainda posso até andar. Por que eu não vou querer independência e ser tratada como sou tratada pelo Cláudio [Torres, filho], pela Nanda [Torres, filha]? E os amigos que estão aqui com quem eu já trabalhei. Há uma família de opção profissional, que às vezes é mais importante que uma família de sangue”

Fora isso, a veterana refletiu sobre a diferença de idades presente entre os talentos do elenco.

“A vida é de todas as idades. É preciso não haver nenhum empecilho para nenhuma idade existir. E também existir comunalmente e conjuntamente. E o filme juntos todos nós. É uma alegria fazer parte de um filme que tem desde 90 [anos] até a nossa querida e maravilhosa Bruna [Marquezine]. Passando pelos nossos jovens audácios do trapézio volante. A vida não é de todo mundo, de todas as idades, como eu já disse? O filme vem na hora. Porque acho que vem uma parada de botar gente no mundo e há um cuidado grande para que a gente vença todo tipo de doença que possa nos tirar logo da vida. E o filme tem essa inspiração de unir todos nós. É, para mim, um momento bonito porque estou com quase 100 anos. […] É um filme bonito. Comédia. É uma temática profunda, feita de uma maneira muito gostosa de se ver, mas não sem a importância dessa sobrevivência. A sobrevivência na criatividade.”

Veja vídeos do painel aqui:

 

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