Nick Cave reflete sobre vida e morte em “Ghosteen”, seu novo álbum

Um dos maiores gênios da música, Nick Cave surpreendeu os fãs na última semana ao responder uma pergunta muitas vezes capciosa durante um chat. Na ocasião, o artista foi questionado sobre quando seus fãs teriam a honra de ouvir um disco novo. A resposta foi sucinta: “Semana que vem”. Rihanna, corre aqui!

Desde então, amantes do rock voltaram seus olhos para o veterano que, ao lado de sua banda, intitulada The Bad Seeds, entregou a primeira parte de um lançamento duplo. “Ghosteen” é seu 17º álbum de estúdio e foi gravado entre 2018 e 2019 entre imponentes cidades do Hemisfério Norte, entre elas Berlim, Brighton e Los Angeles.

O trabalho, que vem sendo fortemente elogiado por publicações como o Independent, a NME e o The Guardian, evoca um lado mais pessoal do cantor e marca seu primeiro lançamento após um episódio dramático em sua vida pessoal. Em 2015 ele perdeu o filho Arthur, de 15 anos, e resolveu se fechar. Entretanto, a onda de comoção que o acontecimento desencadeou no público fez com que o cantor se sentisse abraçado. Tamanho foi o carinho que recebeu que chegou à escrever à época que “emoção foi a responsável por salvar a ele e sua família”.

Nada mais justo do que cantar, ainda que indiretamente, sobre vida e morte. Mostrar-se vivo, acima de tudo, inclusive no conceito da obra. Nas palavras de Cave, as canções liberadas nesta quinta-feira (4) podem ser enxergadas como uma família. Primeiro vem os “filhos” para, na sequência, surgirem os pais, representados na segunda etapa do projeto. Esta, por sua vez, deve contar com apenas 3 faixas de longa duração que devem incluir ainda momentos de declamação de poesia.

O material, disponibilizado a princípio em seu site a partir de uma plataforma exclusiva, foi lançado à grande massa em partes. Primeiro, ganhou uma première no YouTube, para logo em seguida, à 00h, chegar às plataformas digitais.

Ouça, porque este boy aqui nunca vai te decepcionar!