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(Fotos: Reprodução; Divulgação)
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música

Rosalía, Bad Bunny, Lady Gaga e mais: Papelpop elege os melhores discos internacionais do ano

No panorama internacional da música de 2025, houve um pouco de tudo. Veteranos retornaram para comprovar sua força. Novatos chegaram com o pé na porta. Tradição e inovação encontraram um equilíbrio. Dançar para descontrair foi um mandamento. Pensar o sagrado e o profano para compreender o mundo, também.

A prova disso está na lista abaixo, em que o Papelpop faz a própria retrospectiva e elege os dez melhores discos que foram lançados por artistas estrangeiros neste ano.

10. “Fancy That”, de PinkPantheress

“Fancy That” vai além de “Illegal” e sua trend, que dominou o TikTok ao longo de 2025. A mixtape tem mais oito faixas que consolidam PinkPantheress como uma cantora, compositora e produtora capaz de não só viralizar nas redes sociais, mas também assumir o controle das pistas de dança com sua criatividade, atitude e referências. Ela aposta na nostalgia ao incorporar elementos da música eletrônica britânica dos anos 90 e 2000, incluindo samples de Basement Jaxx, sem deixar de ser autêntica e imprimir sua própria identidade artística.

9. “Ego Death at a Bachelorette Party”, de Hayley Williams

“Ego Death at a Bachelorette Party” foi uma surpresa – das boas. Hayley Williams lançou suas faixas de supetão, usando um player à moda antiga em seu site, liberado a partir de um código de uma marca de tintura de cabelo, antes de qualquer plataforma de streaming usual. Mais que a estratégia, no entanto, o que chamou a atenção foi como a cantora estadunidense mostra sua força à parte do Paramore, grupo do qual ela é a vocalista, e abre o coração com confissões tragicômicas. “Você estava no meu casamento / Eu estava destruída, você estava bêbado / Você poderia ter me dito para não fazer aquilo / Eu teria fugido”, canta em “Parachute”.

8. “Addison”, de Addison Rae

Cinco anos atrás, Addison Rae abandonava a faculdade de jornalismo de radiodifusão e investia em sua carreira de TikToker após emplacar trends e fechar parcerias milionárias. À época, era difícil – talvez impossível – imaginar que a então influenciadora estadunidense viria a ser uma popstar em ascensão. Ela se apresenta assim com seu álbum de estreia, “Addison”, tendo sido muito bem arquitetado para que ninguém resista, troque a câmera do celular pelo fone de ouvido com fio e dance ao som de pérolas como “Diet Pepsi”, “Fame is a Gun” e “Headphones On”.

7. “EUSEXUA”, de FKA Twigs

FKA Twigs estende o convite feito por Charli XCX em 2024, com “BRAT”, e garante a continuidade das noites quentes de festa em 2025. À sua própria maneira, com “EUSEXUA”, a cantora, produtora, dançarina e atriz britânica também se inspira na cena underground para colocar techno, house, trip-hop e mais ritmos na pista. Sob as batidas estão a liberdade e o prazer, a necessidade do movimento e o sentimento de clareza, tudo o que envolve a êxtase do estado de “eusexua”. Aqui, a palavra de ordem é transcender.

6. “Through The Wall”, de Rochelle Jordan

“‘Through The Wall’ é uma celebração da artista que me tornei”. É assim que Rochelle Jordan define o próprio álbum – e não está errada, não. A cantora, compositora e produtora anglo-canadense reafirma seu poder criativo, sofisticação e abordagem futurista no disco, em que evoca o R&B dos anos 90, mas com influências de house, dancehall e drum & bass, etc, para curtir debaixo de um globo espelhado desta década. Ela quer te fazer dançar, seja para exalar sensualidade ou expurgar negatividade. Para isso, conta com produtores de mão cheia, incluindo Kaytranada em “The Boy”.

5. “Black Star”, de Amaarae

Amaarae se posiciona como a estrela mais ousada e hedonista de Gana na capa e em todo o álbum “Black Star”. A cantora e compositora ganesa-americana reivindica esse posto ao expandir suas próprias pesquisas sobre a música eletrônica na diáspora negra e mostrar sua inventividade rítmica, olhando para o passado com o intuito de imaginar caminhos para o futuro. Ela chega a incorporar o funk brasileiro ao longo do repertório de 13 faixas, trazendo MU540, Maffalda e Deekapz como produtores.

4. “The Art of Loving”, de Olivia Dean

“Algo se perde e algo se ganha na arte de amar”, declara Olivia Dean na abertura do álbum “The Art of Loving”. Nas 11 faixas seguintes, então, a cantora e compositora britânica se debruça sobre as dores e as delícias da grande aventura humana que é o amor. Ela não parece tão preocupada em decifrar o sentimento, mas em se permitir senti-lo e fazer dele um neo-soul com influências de pop, jazz e até bossa nova. Tudo funciona perfeitamente com sua voz suave e produção refinada, uma combinação que a consagra como a revelação do ano.

3. “Mayhem”, de Lady Gaga

Cinco anos depois de “Chromatica” e da pandemia que atrapalhou seus planos, a espera acabou e valeu a pena: “Mayhem” foi o retorno triunfal de Lady Gaga. O álbum veio para mostrar que a artista estadunidense ainda tem fôlego para entregar o dark pop que a indústria musical precisa, sabendo trabalhar todos os elementos que a consagraram nos anos 2000 e 2010 sem soar repetitiva. Ela mostra que é a Mother Monster de sempre, mas com forças renovadas a partir de “Abracadabra”, que se tornou seu primeiro hit solo em mais de uma década e forte concorrente a Música do Ano no Grammy 2026, e as demais 13 faixas do disco.

Esse repertório teve seu auge nos palcos – especialmente naquele montado em Copacabana, no Rio de Janeiro, em maio. Lá, a popstar fez um show histórico, reunindo cerca de 2,5 milhões de pessoas na areia, e provou por que nunca sairá do panteão do pop.

2. “Debí Tirar Más Fotos”, de Bad Bunny

“Debí Tirar Más Fotos” é, sobretudo, uma ode a Porto Rico. No disco, Bad Bunny aprofunda o olhar sobre suas próprias raízes e homenageia o arquipélago com um caleidoscópio rítmico que vai do reggaeton, já característico de sua discografia, até a salsa, a plena e o jíbaro. Entre os cuatros, as maracas, as congas, o güicharo e outros instrumentos que definem essas sonoridades, ele versa sobre romances de sua vida em paralelo ao apagamento cultural e ao turismo predatório na ilha. A graça é que, apesar de ser ultraespecífico, está dialogando com a América Latina inteira.

O cantor e compositor porto-riquenho dá uma aula de como mirar o “micro” para acertar o “macro”, conseguindo alcançar os quatro cantos do mundo – incluindo o Brasil, resistente à música cantada em espanhol – e se tornar o artista mais escutado do ano no Spotify Global. Ele ainda foi além de um gigante no streaming e mostrou sua força com uma residência exclusiva no El Choli, em San Juan, injetando milhões de dólares na economia local e fazendo Porto Rico despontar como um destino cultural dos sonhos. Sua turnê, que se estende até 2026 e chega a São Paulo, promete manter esse legado e expandir as fronteiras – menos nos Estados Unidos, país que, sob o governo Trump, promove políticas anti-imigratórias e fica deliberadamente de fora da rota de Bad Bunny.

1. “LUX”, de Rosalía

Quando Rosalía lançou o single “Berghain”, com versos em alemão e instrumentos de orquestra ao lado de Björk e Yves Tumor, ficou claro que seu novo álbum seria diferente de tudo o que ela já fez. “LUX”, de fato, é. Nele, a cantora, compositora e produtora catalã se inspira na música clássica enquanto canta sobre dualidades: amor e ódio; prazer e dor; e, principalmente, divino e terreno. Ela se entrega a questões atemporais e inerentes à vida humana, tentando entender não só o que é a espiritualidade e tudo que a envolve, mas quem é ela e o que é o mundo em que vive seu corpo físico.

Seu trunfo é fazer isso à la Rosalía, ou seja, com criatividade e muito estudo. A artista, formada pela Escola Superior de Música da Catalunha, em Barcelona, tem um trabalho de pesquisa que a permite explorar os mais diversos sons e temas sem parecer cafona ou chata. Muito pelo contrário – os torna tão interessantes, que viram tendências. Ao longo das 15 canções de “LUX”, traz referências a histórias reais de figuras sagradas, acenos à própria vida amorosa, 13 idiomas e trecho de uma entrevista de Patti Smith, por exemplo. Como canta em “La Yugular”, ela se encaixa no mundo e faz o mundo se encaixar nela.

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