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Odete Roitman virou “fada sensata”? Taís Araújo alerta: “Isso é preocupante”

A nova versão de “Vale Tudo“, atualmente no ar na TV Globo, reacendeu o debate sobre uma das vilãs mais emblemáticas da teledramaturgia brasileira: Odete Roitman. Agora interpretada por Débora Bloch, a personagem mantém sua essência: uma mulher fria, elitista, manipuladora e repleta de opiniões preconceituosas exatamente o que a transformou em um ícone da trama original de 1988.

O curioso, no entanto, é que parte do público parece ter adotado Odete como uma espécie de “fada sensata” contemporânea. Em entrevista para a Folha, divulgada na última quinta-feira (24), Taís Araújo alerta que essa romantização de figuras complexas e problemáticas diz muito sobre o momento atual do país.

“A gente está vivendo um país tão sem nuances, que quando vê alguém que fala algo que parece uma verdade, já romantiza. Isso é preocupante”, afirmou a atriz. Segundo ela, se “levarmos tudo ao pé da letra e ficarmos presos às reações do público, nem dá pra trabalhar”.

Ela também destaca que, embora a novela tente provocar reflexões sobre o Brasil, ainda entrega uma versão amenizada da realidade, especialmente quando o assunto é desigualdade social, racismo e censura.

A própria autora do remake, Manuela Dias, já declarou que gosta de Odete Roitman justamente por ela dizer “verdades incômodas”. A admiração por essa complexidade talvez explique parte do fascínio que a personagem continua exercendo. Mas a fala de Taís Araújo serve como um lembrete: não basta reconhecer a inteligência de uma vilã, é preciso estar atento ao que, exatamente, estamos celebrando.

Enquanto o debate sobre a moral dos personagens se intensifica, os próximos capítulos da novela prometem fortes reviravoltas no arco de Raquel. Após uma grande decepção com Celina (Malu Galli), a personagem será enganada e acabará retornando à venda de sanduíches na praia, conforme compartilhamos, leia.

Mas a novela também prepara um giro surpreendente: será a própria Celina, responsável pela ruína de Raquel, quem ajudará a sobrinha a sair da situação de vulnerabilidade. Movida por culpa, ela tomará a iniciativa de oferecer apoio, criando uma dinâmica ambígua entre redenção e manipulação. Você pode conferir mais detalhes sobre a trama aqui.

A escolha reforça uma das marcas da trama: relações complexas, onde traição e ajuda podem vir da mesma pessoa e onde o bem e o mal nem sempre são tão claros quanto parecem.

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