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Daniela Mercury comenta polêmica envolvendo Claudia Leitte: “Acho importante fazer escolhas”

A cantora Daniela Mercury voltou a falar, em entrevista à rádio Piatã FM, de Salvador, sobre a recente polêmica envolvendo a recusa da amiga Claudia Leitte em cantar trechos de músicas de axé que contenham referências a orixás.

No dia 8 de janeiro, Leitte, que é evangélica, foi convocada a se manifestar perante o Ministério Público da Bahia (MP-BA) em um inquérito que apura se a artista cometeu racismo religioso ao substituir, durante um show, o nome de Iemanjá por Yeshua (termo hebraico utilizado para se referir a Jesus Cristo) em letra de música.

Uma audiência pública está marcada para o dia 27 de janeiro, no auditório da sede do órgão, na capital soteropolitana.

Ao falar sobre Leitte, com quem gravou canções como “Cidade Elétrica”, Daniela destacou a necessidade de diferenciar a interpretação das canções e o que chamou de “mensagem religiosa”.

“Eu não gosto de polêmicas ou de linchamentos públicos, nem de colocar ninguém nesse tribunal da internet, que discute as coisas com muita superficialidade. É um assunto importante ter tolerância religiosa ou lutar pela tolerância religiosa num país democrático, e acho que é importante que a sociedade discuta o que acha, o que pensa, com carinho e respeito, porque a gente tem liberdade de se expressar”, afirmou.

“Mas é importante também pensar que isso é algo bastante delicado diante de toda uma história de exclusão, de invisibilidade, da invasão dos terreiros”, prosseguiu. Na mesma conversa, a rainha também disse não entender a decisão de não cantar ou apagar referências a religiões de matriz africana no axé. Para ela, é preciso ponderar uma série de coisas, inclusive, se não há necessidade de redirecionar repertório.

“Não vejo por que todo mundo não cantar, mesmo que não seja da religião, você é um artista, não está pregando em cima do trio ou do palco, mas aí cada um precisa explicar por que não sente a necessidade de fazer isso. Eu, como compositora, acho que é importante conversar com o compositor, perguntar a ele e talvez fazer escolhas, escolher músicas que falem de outros temas. Infelizmente, nem todo mundo tem a tranquilidade de reforçar questões culturais. É uma questão delicada, subjetiva e muito pessoal também”.

Chique e objetiva! Assista.

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