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DJ O Mandrake comenta uso de sample por Beyoncé e diz que artista ainda não o procurou

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Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

Por Jovi Marques e Guilherme Araujo

“Pra mim foi uma surpresa. Vamos dizer que um presente deixado pela nossa diva”, conta o DJ carioca O Mandrake em conversa com o Papelpop. Ele comenta o uso de um sample seu na faixa “SPAGHETTII”, de Beyoncé.

Lançada nesta sexta-feira (29), a música evoca o funk brasileiro por meio do instrumental de “AQUECIMENTO DAS DANADAS”, criação de O Mandrake que agora integra o novo álbum da cantora norte-americana, “COWBOY CARTER“.

“Fiz esse som há uns doze anos. Fiz a partir de uma história que aconteceu com um artista que eu criei e lancei chamado Vuk Vuk”, explica. O êxito, segundo o próprio, se deu após um desentendimento entre as partes.

“Chegou um dia e ele virou pra mim dizendo que eu só iria estourar outras músicas se elas tivessem a voz dele. Na mesma hora fui pro meu estúdio, que ficava em uma garagem, e comecei a criar algo que ainda não existia. O sampler, o beat e os elementos dessa música foram criados de maneira 100% original”, afirma.

Aos 47 anos, O Mandrake é hoje um pioneiro da cena funk, tendo começado sua carreira ainda na adolescência, nos anos 1980. A fama só viria mais tarde, a partir da ligação que estabeleceu com a gravadora e produtora Furacão 2000, responsável por impulsionar nomes como os MCs Marcinho e Sapão, além da Gaiola das Popozudas, grupo capitaneado por Valesca.

A faixa de Beyoncé que agora surfa essa onda é a 12ª de uma sequência que reúne outras 27 e flertam com o country, propondo um pensamento sobre o fato de que os gêneros musicais são, na verdade, uma ideia preconcebida.

Em outros termos, poderia ser a síntese do trabalho de pesquisa e colagem sonoras proposto pela popstar no decorrer da narrativa, que também funciona como uma ode ao som brasileiro, protagonista na cena internacional.

“A equipe da Beyoncé ainda não falou comigo, mas a gravadora Sony Music já fez contato”, revela O Mandrake. Questionado se havia sigo pago pelo uso do material, ele afirmou que apenas a gravadora poderia falar sobre. Procurada por meio de sua assessoria, a Sony Music Brasil não respondeu às indagações do site.

“Quando vejo o que aconteceu, lembro daquele ditado que diz que o tiro era pra acertar a formiga e pegou na águia”, brinca. “Hoje, quem não acompanhar Beyoncé fica para trás”.

Ouça “SPAGHETTII” e “COWBOY CARTER” como um todo no seu tocador de música.

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