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Sofía Vergara diz que Griselda, traficante colombiana que interpreta em série, poderia ter sido presidente

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Em entrevista ao jornal colombiano El Heraldo, a atriz Sofía Vergara falou sobre sua experiência na série “Griselda“, prestes a estrear na Netflix. O drama conta a história de uma das mais imponentes narcotraficantes da história de seu país, uma mulher que chegou a ser tão poderosa quanto as figuras mais conhecidas do crime organizado de Medellín, que explodiu na década de 1990.

Ao falar sobre os desafios que enfrentou, ela brincou com o fato de que precisou aprender técnicas de como fumar e a usar drogas. Tudo técnico e em cena, claro.

“O desafio foi completo. Nunca tinha atuado em espanhol, nem me deixado dirigir no idioma, sequer feito um drama. Nunca tinha usado usado próteses, nariz e dentes de mentira, plásticos aqui e ali, perucas. Tudo era novo e eu sentia medo, era uma produção grande. Confiaram em mime eu queria fazer um trabalho bacana. Estava nervosa, mas depois que conheci Andi [Andrés Baiz], deixei que me guiasse um dia após o outro. Trabalhei muito pra construir a personagem, como caminhava, como ria, dançava. Andi ia até a minha casa todas as noites e me ensinava a fumar, aos 50 anos eu não sabia como segurar um cigarro, me ensinou a como cheirar uma carreira de cocaína. Tudo falso, de mentira, tá? [risos]. Mas você precisava atender. E era um leite em pó asqueroso que de todo jeito eu tinha que enfiar no nariz”.

A narrativa, vale lembrar, é baseada em fatos reais. Por isso, a atriz também abriu o coração e falou sobre a proximidade que encontrou com a personagem ao pensar sua própria trajetória. Além de contar que o próprio irmão morreu após se envolver com o tráfico, ela destacou a dualidade de Griselda, tomada pela maldade e ao mesmo tempo protetora daqueles que estavam em seu entorno.

“Sinto que a minha fascinação com essa personagem quando a descobri era essa, pelo fato de que ela era uma mulher, colombiana. Quando a descobri, não tinha certeza se ela existia. Eu vivia na Colômbia nesta época e nunca tinha ouvido falar dela, não sabia que uma mulher tinha chegado tão alto no escalão do narcotráfico, que competia com esses homens [rivais] no mesmo nível ou sido pior que eles. Eu sou colombiana, fui uma imigrante, uma mãe solteira que partiu rumo aos Estados Unidos pra tentar a sorte. Sentia que tinha muitas coisas dela. Aí me dava um pouquinho de medo quando estava analisando ou pesquisando sua vida. Algumas coisas me despertavam admiração e eu ficava assustada com isso. Esta mulher foi má e fez coisas horríveis, mas também era mãe e queria proteger seus filhos, queria ajudar a sua família e amigos. Vivi e sofri com a violência na Colômbia. Eu sei o que é o narcotráfico, meu irmão morreu nos anos 1990 por ser parte desse negócio por um tempo e sei o que a droga faz com uma família, com um país. Então, me sentia muito próxima, entendia muitas coisas. Não as loucuras que ela fez, mas Griselda tinha qualidades. Se tivesse ido pelo bom caminho, poderia ter chegado à presidência da República”.

A série, vale lembrar, estará disponível exclusivamente na plataforma a partir de 25 de janeiro.

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