música

Morte de Rita Lee repercute internacionalmente: “Rockstar icônica”

Uma das maiores e mais influentes superestrelas da música popular brasileira, Rita Lee nos deixou nesta segunda-feira (8). Assim que a notícia foi compartilhada, na manhã de terça, jornais e revistas do mundo todo começaram a repercutir.

A norte-americana Variety lembrou a importância de Rita para o estabelecimento d’Os Mutantes, grupo em que iniciou sua carreira no fim dos anos 1960.

“Em sua música, Lee falava abertamente sobre uma variedade de tópicos políticos que ajudaram a apresentar ao público brasileiro ideias feministas, como a sexualidade da mulher e o prazer”, diz o texto. “Ela também era uma ávida ativista dos direitos dos animais”.

Ainda no universo anglófono, a mãe do rock foi lembrada por publicações como BBC, The Independent e Reuters, que a descreveu como uma “rockstar icônica”. O britânico Guardian ressaltou os 55 milhões de discos físicos vendidos ao longo da carreira e um dado curioso.

“Em 1988, o tabloide Daily Mirror noticiou que, durante um banquete da embaixada britânica em Paris, o então príncipe de Gales (agora Rei Charles III) havia pedido que tocasse um disco de Rita Lee. Quando o LP apropriado chegou ao toca-discos, o futuro rei “já sabia a letra de cor””, relatou.

Na Espanha e nos demais países de língua espanhola, a perda de Rita Lee foi destaque em jornais como El País e Infobae. Nas palavras do madrilenho: “Rainha da psicodelia brasileira, Lee foi defensora dos direitos e liberdades desde os anos de ditadura, quando deu o pontapé em sua carreira artística e a censura era algo cotidiano. (…) Seu rock era tão ou mais potente do que as canções de protesto”.

Na Argentina, onde chegou a lotar casas de shows como o Luna Park, em Buenos Aires, Rita foi sinônimo de rebeldia. “Vanguardista e inovadora, ela começou no tropicalismo, mas não teve medo de se jogar no rock, no pop e até mesmo reverenciar os Beatles. Vendeu milhões de LPs antes de qualquer outra fazendo uma defesa orgulhosa de sua liberdade sexual”, afirmou o periódico Clarín.

Na França e em Portugal, onde fez carreira e obteve grande sucesso, a roqueira teve sua estética lembrada. “Rita marcou época por seu espírito libertário, sua voz, mas também sua aparência: cabelos de corte chanel com tez radiante (muitas vezes em vermelho) e óculos com lentes coloridas”, escreveu a publicação francesa Le Parisien. A morte também ganhou registros na Alemanha.

Share
Leave a Comment

Postagens recentes

  • música

Duquesa explora o alcance da própria musicalidade no disco “Taurus, vol. 2”

A cantora Duquesa liberou, em todas as plataformas de streaming, o disco "Taurus, vol. 2".…

6 horas atrás
  • música

Nathy Peluso descarta singles recentes e entrega tracklist novinha em folha para o disco “GRASA”

A mamacita Nathy Peluso entregou, neste fim de semana, a lista completa com as 16…

7 horas atrás
  • música

Pabllo Vittar, Joelma e Gloria Groove farão shows na Virada Cultural de SP em 2024!

A Prefeitura da Cidade de São Paulo liberou, nesta segunda-feira (13), a programação completa da…

7 horas atrás
  • música

Caetano e Bethânia cantam “Menino Deus” para vítimas de tragédia climática no RS

Os cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia foram convidados pelo "Fantástico" a prestar uma homenagem…

7 horas atrás
  • música

Que T! Omar Apollo anuncia estreia do single “dispose of me” para ainda esta semana

Via Twitter, o cantor Omar Apollo divulgou a capa e a data de estreia do…

9 horas atrás
  • famosos

Priscilla: “A TV me sugou tanto ao ponto de eu esquecer meu sonho na música”

Pedro Bial receberá a cantora Priscilla (ex-Alcântara) no programa "Conversa com Bial", da TV Globo,…

9 horas atrás