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Conheça FLO, trio que viralizou em 2022 e prepara álbum e turnê para 2023

Quando uma década é musicalmente prolífica, é natural que seus elementos sonoros e estéticos sobrevivam ao irrefreável passar do tempo. Basta observar como os anos de 1990 e 2000 reverberam até hoje, influenciando gerações de novos talentos depois de emplacar gerações de artistas. Referência, como diz o ditado, é tudo.

Atualmente, o trio FLO talvez seja a maior prova disso. Formado pelas jovens Jorja Douglas, Renée Downer e Stella Quaresma, o grupo britânico sabe trabalhar muito bem as inspirações que tomou para si — sem deixar de entregar um som e jeito de ser autêntico e original.

“A música que criamos vem da música que nos formou, que influenciou nosso estilo e nosso gosto. Nós reproduzimos o que consumimos. Então, tudo o que fazemos é fiel a quem somos”, explicou Jorja em entrevista ao Papelpop.

É com esse misto de referências com personalidade própria e atitude GenZ que o trio chama a atenção do mundo desde seu single de estreia, “Cardboard Box”. Lançada em março de 2022, a faixa rapidamente acumulou milhões de plays graças à sua estética sonora e visual que remete ao R&B de 1990 e 2000.

“Cardboard Box” levou ao EP “The Lead”, disponibilizado em julho do ano passado com outras cinco canções: “Immature”, “Not My Job”, “Summertime”, “Feature Me” e “Another Guy”.

O trabalho foi elogiado por ninguém menos que Missy Elliott, SZA e Kelly Rowland, além de tranformar FLO no primeiro grupo a vencer o prêmio Rising Star no BRIT Awards, a principal e mais renomada premiação musical do Reino Unido.

“A vida tem sido uma loucura, para ser honesta. Somos muito gratas por estarmos onde estamos, por termos chegado a um lugar tão importante em tão pouco tempo. Receber elogios de pessoas que amamos é algo muito especial. Definitivamente estamos onde queremos estar. E estamos animadas para o futuro”, afirmou Renée.

Depois de um ano glorioso, o futuro parece realmente promissor para as jovens artistas — e já está em curso. Elas abriram 2023 com uma colaboração com o rapper britânico Stormzy, entregando seus vocais harmoniosos ao hit “Hide & Seek”.

O remix marcou o primeiríssimo feat. do grupo, que, agora, sonha com parcerias não só com seus conterrâneos, mas também com estrelas americanas.

“Foi a primeira vez que participamos da música de outra pessoa. Então, de certa forma, foi desafiador, mas foi uma experiência muito agradável”, avaliou Jorja.

Outro detalhe marcante do 2023 do girl group, mesmo ainda estando no início de fevereiro, é sua primeira turnê na América do Norte. Os shows acontecem em abril deste ano, nas cidades de Atlanta, Washington, Filadélfia, Nova York, Chicago e Los Angeles, nos Estados Unidos, e de Toronto, no Canadá.

Este também é o ano do lançamento do primeiro disco de estúdio das três inglesas, ainda sem título e data oficiais. São várias as novidades. “Muita música nova, definitivamente um álbum, turnê, festivais… [planejamos] tudo”, garantiu Renée.

Mas engana-se quem pensa que as cantoras e compositoras sentem-se pressionadas devido ao sucesso do ano passado.

“Acho que somos bem tranquilas. Quero dizer, não entramos naquele ano pedindo ou esperando tudo aquilo. Aconteceu de qualquer maneira, mas não vamos dar por garantido. Vamos apenas continuar trabalhando duro”, contou Stella.

Elas sabem que um trabalho primoroso é a chave para voar mais alto em 2023, assim como a amizade que compartilham. Filhas de mães solteiras, que as introduziram aos ícones do R&B, e amigas desde a adolescência, Jorja, Renée e Stella têm uma relação que apenas fortalece a FLO enquanto girl group.

“Acho que muitos grupos femininos provavelmente não deram certo porque não tinham uma amizade de verdade. Se você é forçada a gostar de alguém, isso nunca acaba bem. Então, como nos conhecíamos antes e tivemos uma criação semelhante, há muita estabilidade em nossa amizade”, refletiu Renée.

A sorte é da indústria e de todos os amantes da música. Afinal, depois de TLC, Destiny’s Child, En Vogue, 3LW e mais nomes marcarem as décadas de 1990 e 2000, grupos de gêneros como R&B, hip hop e soul, principalmente formados por mulheres pretas, faziam falta. FLO chegou na hora certa para brilhar.

“Eu diria que o timing é realmente perfeito. Até o Brasil, que é um mercado que nunca imaginamos que alcançaríamos, é um dos locais onde mais acumulamos fãs e que mais se interessam pela nossa música. Todo mundo estava esperando pelo próximo Destiny’s Child, TLC, SWV, todos aqueles grupos da década de 1990. Então… nós estamos aqui”, finalizou Jorja, sorrindo.

(Foto: Divulgação)

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