AFROPUNK Bahia 2022: Emicida, Liniker, Masego e mais brilham no 1º dia de festival; confira

Por Catharina Dourado e Tiago Mascarenhas

Na noite deste sábado (26), o Parque de Exposições de Salvador, na Bahia, ficou pequeno para a imensidão da segunda edição do AFROPUNK no Brasil.

Sob uma chuva que dava às caras de vez em quando, o primeiro dia de evento contou com alguns dos maiores nomes da música preta do Brasil — e até do mundo.

Emicida, Liniker, Masego, Margareth Menezes, Black Pantera, Psirico e outros artistas se apresentaram para uma multidão que festejou a cultura preta em todos os seus aspectos.

A liberdade de ser quem é deu ao público do festival fôlego para aguentar uma festa que raiou o dia. E foi só o primeiro dia, tá? Abaixo, você confere os melhores momentos da festa!

Margareth Menezes

De branco, preto e vermelho, Margareth Menezes trouxe todo o seu afropop ao palco. A abertura não poderia ser diferente: foi com “O Canto da Cidade” e “Faraó”, clássicos da axé music que a artista baiana representa tão bem.

A setlist passeou pelo extenso catálogo musical de Maga, incluindo a recente faixa “Capoeira Mundial” em um momento que celebrou personalidades pretas brasileiras no telão, e a antiga “Marmelada”, escrita em 1992. “Desde lá a gente vem cantando sobre coisas importantes”, ressaltou a cantora.

Um dos momentos mais especiais da apresentação foi quando ela chamou a Didá, banda de percussão inteiramente formada por mulheres, para tocar “Minha Diva, Minha Mãe”. “Fico muito feliz de fortalecer a cena da mulher preta baiana na música”, disse em entrevista ao Papelpop, antes da apresentação de ontem.

Veja trechos do show:

Liniker

Depois de Margareth brilhar, foi a vez de Liniker incendiar o AFROPUNK com seu vozeirão e carisma sem igual. Com um recente visual loiro e usando um look todo brilhante, a musa provou que estava ali para fazer a jus ao seu talento.

O show, eletrizante, foi também uma comemoração pela sua vitória no Grammy Latino 2022. Em “Lili”, ela fez questão de lembrar a todos do seu grande feito.

Dando ênfase à importância dos fãs e relembrando todo apoio que vem recebendo desde o seu surgimento na indústria, a cantora e compositora paulista entregou um dos melhores shows da noite, repleto dos seus maiores sucessos, como “Baby 95”, “Intimidade” e “Psiu”, e provando que veio para ficar.

Assista aos vídeos abaixo:

Masego

A noite também teve Masego, uma das atrações internacionais do AFROPUNK Bahia deste ano. Foi a primeiríssima vez que o jamaicano-americano fez um show com sua banda completa no Brasil.

O artista, que já esteve em São Paulo este ano, abrindo uma apresentação de Kamasi Washington, encontrou em Salvador um público caloroso. Ele entrou no palco ao som de “Navajo” e seguiu com uma setlist que não só encantou os fãs, mas conquistou quem ainda não o conhecia.

Veja:

Emicida

Emicida é o nosso pastor e nada nos faltará! No palco do AFROPUNK, um dos artistas mais aguardados da noite entregou uma espécie de culto ao público. Porém, a adoração aqui não é para deuses ou imagens, é ao povo preto.

No palco por pouco mais de 1h e sob uma leve chuva, o rapper cantou os maiores sucessos da carreira como “Quem Tem Um Amigo”, “A Ordem Natural das Coisas” e “Principia”. Esta última, por sinal, fez com que o artista se entregasse nos braços do público, em um momento apoteótico de encontro do povo preto com um de seus expoentes mais fortes, no atual momento do Brasil.

Veja:

Apesar de o setlist ser feito de hits, “AmarElo”, parceria com Majur e Pabllo Vittar, elevou o clima da apresentação com uma introdução forte e política. Um uníssono “Vai para o inferno, Bolsonaro” introduziu a canção, que ecoou por todo o evento.

O show ainda teve espaço para convidar a Psirico, banda baiana de pagode. Confira:

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Neste domingo (27), acontece o segundo dia do AFROPUNK Bahia 2022 com grandes atrações, como Ludmilla, Mart’Nália e Larissa Luz, Baco Exu do Blues e muito mais.