Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

(Lollapalooza / Divulgação)
(Lollapalooza / Divulgação)
música

Emicida, Planet Hemp, Ego Kill Talent e mais encerram Lollapalooza Brasil 2022

O Lollapalooza Brasil 2022 chegou ao fim neste domingo (27) com uma emocionante homenagem a Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters que morreu na última sexta-feira (25). A perda abalou o grupo norte-americano que subiria ao palco do festival e cancelou a turnê pela América do Sul, mas os músicos foram honrados em uma apresentação realmente poderosa.

Tudo começou com um vídeo de Perry Farrell, vocalista da banda Jane’s Addiction e criador do Lolla, e sua esposa, Etty Lau Farrell, prestando sua homenagem a Hawkins. Emicida e Rael subiram ao palco em seguida, convocando a plateia para um show em celebração à vida, à música e ao saudoso baterista.

“Só a música consegue fazer com que nossos espíritos se conectem e com que a gente encontre nossos ídolos. Que nosso irmão Taylor nos ouça lá em cima e que a família Foo Fighters veja que tem muito amor emanando por eles nesse show”, declarou Emicida antes de cantar “My Hero”.

Um dos grandes clássicos do FF foi seguido de “Noiz”, canção do próprio Emicida. O rapper logo convidou ao palco Criolo, cuja camisa, com uma urna eletrônica estampada, inspirou gritos do público contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele entoou os sucessos “Não Existe Amor em SP” e “Convoque Seu Buda”.

Criolo foi o primeiro de vários convidados de Emicida e Rael, que criaram um dos maiores encontros de artistas do rap e do hip hop brasileiro na história do Lollapalooza. Nomes como Bivolt, Drik Barbosa, Mano Brown, Djonga e Ice Blue, além de DJ Nyack e DJ KL Jay, marcaram presença no show com suas vozes e rimas (e posicionamentos políticos) bem potentes.

A amizade e a admiração mútua entre os cantores fizeram com que a multidão optasse por ficar mesmo quando a chuva caiu – ainda bem, porque Planet Hemp entrou em cena com “Samba Makossa”. Reverenciando Chico Science, Chorão, Antônio Conselheiro, Lampião, Marielle Franco e muito mais, o grupo ressaltou o poder do povo e dominou a noite.

“Hoje, a gente que faz a narrativa. Hoje é sobre amor e camaradagem. E é o amor que vai nos salvar”, disse Marcelo D2. “Hoje, a narrativa é nossa. Hoje, a gente vai falar o que a gente quiser. O mundo é deles, mas o mundo é nosso também”.

Planet Hemp aproveitou a ocasião para revelar uma colaboração com Criolo, uma música sobre resistir e reconhecer que a força vem de dentro. A banda ainda ironizou a decisão do TSE de proibir protestos no festival e fez um trocadilho: “A gente não pode fazer manifestação política, mas a gente pode celebrar o Lolla. Vamos lá… ‘olê, olê, olê, olá, Lula, Lula’”.

A energia da apresentação inteira foi lá em cima, fazendo o público cantar junto e abrir rodas. Quando voltou ao palco, Emicida demonstrou seu carinho pelos colegas de profissão. “Sem vocês, Emicida não existiria. Isso aqui é uma família. Para nós, essa noite seria incompleta se não pudéssemos trazer nossos irmãos”, afirmou o paulista.

A noite foi finalizada com uma última homenagem a Taylor Hawkins. Ego Kill Talent ficou responsável pelo momento, chegando ao som de “Everlong”, sucesso do Foo Fighters. “Tínhamos combinado que hoje íamos estar aí, junto com vocês, assistindo aos caras tocarem. Agora estamos aqui pelo Taylor, pela família e fãs do Foo Fighters”, contou o vocalista.

Depois de vinte segundos de silêncio em luto por Hawkins, a banda brasileira tocou “Best of You”, outra música do FF. Plaquinhas com “OH” e fogos de artifício deram um tom ainda mais emocionante ao encerramento do Lolla e à homenagem. Um vídeo do baterista foi a última coisa vista no telão.

voltando pra home