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Foto: Bruno Poletti/Spotify
Foto: Bruno Poletti/Spotify
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Seu Jorge e Mel Lisboa falam sobre novos contornos da 2ª temporada de “Paciente 63”, série do Spotify

Linhas do tempo distintas, amor, ficção científica e um senso de distopia angustiante: a partir da conexão entre esses temas, e mais, os novos episódios de “Paciente 63”, podcast Original Spotify estrelado por Mel Lisboa e Seu Jorge, chegaram ao streaming nesta terça-feira (8).

No ague do episódio 6, uma sentença poderosa surge: “Uma única pessoa pode destruir o mundo”. Ao que se contrapõe: “E uma única pessoa pode salvá-lo”. Esse é o peso da narrativa conduzida pela 2ª temporada da série.

Na trama, a doutora Elisa Amaral acorda dez anos antes dos acontecimentos mais marcantes da sua vida. Pedro Roiter está encalhado em um futuro perdido e neste passado os papéis trocam: ela é a paciente enigmática de um terapeuta. Por que o ano de 2012? Por que ela? O amor é capaz de viajar no tempo? Maria Cristina Borges é uma ameaça letal? O vírus Pégaso é um destino do qual não se pode fugir? É o dever de Elisa salvar o futuro da humanidade novamente? De maneira cativante, a nova temporada responde algumas dessas questões, mas também levanta muitas outras durante seus 10 capítulos.

Confira o teaser:

Na semana passada, o Papelpop participou da coletiva de lançamento da nova temporada do podcast ficcional. Seu Jorge falou sobre sua reação ao conhecer a história idealizada por Julio Rojas.

“Foi impactante! Quando eu recebi o roteiro e fui lendo, não tinha ouvido a série original e fui descobrindo a história que eu ia contar lendo, fazendo um trabalho de mesa com a Mel e o Gustavo [Kurlat], que é o diretor”, conta o ator. “Fui ficando completamente movido por tamanha semelhança com a vida que estamos vivendo nas decisões, nas atitudes. E desse cara que chega falando de um lugar que não tem mais nada”.

Para a criação de suas personagens, o astro de “Marighella” afirma que foi “tentando criar as características de acordo com o texto e com a direção”. O formato de podcast, que neste caso tem episódios curtos que variam entre aproximadamente 14 e 19 minutos,  exige uma rigorosidade em sua condução. “A gente trabalha muito em cima de um timecode dos episódios, do tempo de duração. Então tinha uma coisa muito precisa de ser ajustada, e a gente foi fazendo assim a primeira temporada e na segunda com algumas diferenças.”

“Gravei ouvindo a Mel de referência, e não com ela em estúdio”, revela. “Mas foi muito intenso, muito interessante, sobretudo, o sucesso alcançado. Eu tinha, ao fim da primeira temporada, a ideia de que todo mundo ia gostar. Mas foi espantosa a minha surpresa de identificar um público muito grande para podcasts e, sobretudo, este em especial, essa áudiossérie. É uma linguagem que a gente entendia que era muita novidade para o público brasileiro.”

“Ter aclamação da crítica, do público, me anima muito para essa segunda temporada, que é potente, é preenchida. Tem tudo pra continuar encantando o imaginário do público ouvinte”, conclui Seu Jorge.

Durante a coletiva, a dupla afirmou que a bagagem da primeira temporada foi essencial para a condução dos capítulos inéditos. No entanto, com as mudanças na narrativa, outros conceitos, sejam técnicos ou narrativos, foram estudados.

Assim como seu primeiro ano, o podcast segue recheado de reviravoltas. Assim como citado na própria série, existem diversos paralelos com produções que trabalham com essa temática sci-fi, como “Dark”, por exemplo. No entanto, em “Paciente 63” existe um fator que muda tudo: a conexão com o nosso presente, no caso, a condição de pandemia. Sobre essa questão, a dupla afirma que, a partir da experiência sensorial e da narrativa proposta pela áudiossérie, o público pode refletir sobre o próprio futuro. Mesmo que consumam a produção apenas como entretenimento, afirmam os artistas, existem diversos pontos sensíveis da história que levantam questões importantes sobre a nossa sociedade e sobre a reverberação das nossas ações.

Essa ideia ecoa na proposta inicial do podcast, conforme diz o seu criador. “A ideia principal por trás de ‘Paciente 63’ é refletir sobre as consequências das nossas ações. O futuro não é um evento independente e isolado de nós neste momento. Estamos preparando o futuro com nossas ações ou nossas apatias”, afirma Julio. “Nós tecemos completamente o que está por vir. Em 2012, definimos como estamos agora em 2022, e em 2022, estamos definindo como estaremos em 2063. Não há escapatória. Nossas ações são o que fazem a realidade.”

Questionados sobre o futuro da série, os atores disseram apostar no sucesso da nova temporada e que esperam que a “caneta de ouro” do autor continue produzindo a história de “Paciente 63”.

Vale lembrar que o conteúdo está disponível no Spotify. O acesso é gratuito. Boa maratona!

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