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"Small World" é o sétimo álbum de estúdio da banda (Divulgação)
"Small World" é o sétimo álbum de estúdio da banda (Divulgação)
música

Metronomy retorna com “Small World”, fala do Brasil e reflete sobre carreira: “tudo parece novo quando estamos juntos”

Alô alternativos! A banda Metronomy voltou aos trabalhos na última sexta-feira (18) com o disco “Small World”, o mais puro e pessoal dos 22 anos de carreira. Entre as nove faixas, “Things Will Be Fine” se destaca por trazer uma mensagem nostálgica e, feita durante a pandemia, embarca em lembranças sobre a juventude e experiências passadas.

Confira o videoclipe oficial:

Em entrevista ao Papel Pop, o vocalista Joseph Mount falou sobre o processo de gravação do disco durante a pandemia, o sentimento de incerteza sobre as apresentações ao vivo, sobre a longevidade e força entre os membros da banda e, claro, sobre o desejo de retornar ao Brasil.

Leia a entrevista na íntegra:

“Things Will Be Fine”, o último single, traz uma mensagem bastante positiva, fazendo algumas conexões com o passado. O processo de produção ajudou vocês a se sentirem melhor de alguma forma? Ou mesmo quando ouvem agora?

Essa foi uma das músicas que fizemos primeiro para o álbum, então, para mim, foi como declarar a maneira como o álbum seria. Quando finalizei, me senti muito bem por ter encontrado uma direção, de certa forma, sobre como o disco iria soar. Eu amei fazer e escrever ela, gostei muito de terminar e sentir a satisfação que veio com ela.

 

A música também é bastante nostálgica e faz alusão a juventude. São 22 anos que vocês estão juntos como banda e nem todas continuam fortes depois de tanto tempo, tanto em termos de audiência quanto na força entre os membros. Como é estar sob os holofotes por tanto tempo? Existe alguma pressão?

Sabe, não existe muita pressão. Eu acho que diferentes bandas sentem uma certa pressão, mas gostamos um dos outros e gostamos da nossa companhia. Somos muito sortudos, apenas apreciamos. Sinto que não esquecemos que isso é algo que todos queremos experimentar, nunca esquecemos. Não parece que faz todo esse tempo, tudo parece novo quando estamos juntos.

 

Vocês trabalham com música muito tempo antes de sequer pensarmos sobre serviços de streaming e as mudanças que trouxeram na maneira em que as músicas são feitas atualmente. Ao longo dos anos, como se adaptaram a todas estas mudanças?

A maneira que nos adaptamos é nos mantendo interessados, eu acho que o maior erro que se pode cometer como um artista ou musicista é desprezar algo, quando surge um novo tipo de música ou som, dizer: “nossa, que lixo”. Ouvimos muitas pessoas com opiniões fortes sobre diferentes tipos de música e eu acho isso muito triste. Se ouço algo que não gosto, me sinto ainda mais interessado em saber o que é e o porque não gosto, porque acho estranho. O segredo é manter a mente aberta e o espírito vivo.

 

Ouvi o novo álbum e senti que a sonoridade e as letras estão muito mais puras e pessoais, de certa maneira. Como foi a sensação de fazer este disco e por que decidiram ir por este caminho no sétimo álbum?

Eu queria que ele fosse mais aberto e pessoal, é algo que você pode fazer quando já está consagrado. Eu não conseguia escrever sobre sair e conhecer novas pessoas, não é algo que faço mais, então eu quis tentar fazer músicas que refletissem com quem sou hoje, mostrando quais são as influências que tive.

 

O disco foi produzido em meio a pandemia, certo? A banda sempre foi muito próxima aos fãs e vocês sempre estão em turnê ao redor do mundo, como foi o processo de fazer este disco sem ter ideia de quando os fãs poderiam ouvir ao vivo? Isso passou pela mente de vocês?

Sim, eu estive mais relaxado com o fato de que tive espaço para trabalhar, eu fiz músicas melhores. Mas houve esse momento que estava pronto para ir e tocar músicas para os fãs, mas não tinha certeza de que aconteceria novamente. Isso foi difícil, mas achei criativo e foi bom não ter preocupações sobre o tempo que teríamos para apresentar ao vivo.

 

Todos os videoclipes do Metronomy são muito divertidos e fora do convencional. Quando estão fazendo as músicas, já estão pensando sobre o clipe? A ideia de trazer aspectos diferentes vem de vocês?

Quando estou fazendo músicas não penso sobre os videoclipes. Neste álbum, apenas deixamos os diretores fazerem o que pensaram que o clipe deveria ser, mas neste momento temos o controle se quisermos mudar algo. Videoclipes são muito importantes para a maneira que queremos nos apresentar para as pessoas. Eu amo fazê-los.

 

Em 2019 vocês vieram ao Brasil e se apresentaram em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Estou sabendo que vocês irão entrar em turnê neste ano e sei que vou soar como todos os fãs brasileiros em suas redes sociais, mas quando vocês voltam ao Brasil?

Eu não tenho certeza de quando, mas espero que seja até o fim deste ano, mas não sei. Definitivamente iremos, é um dos melhores lugares para se apresentar, então nós iremos em breve. Tenho muitas memórias do país e, em São Paulo, sempre temos tempo para passear e ver a cidade, ainda me lembro do primeiro show que fizemos, foi em uma casa noturna muito louca e lembro de ter sido muito divertido.

 

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