Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

(Divulgação)
(Divulgação)
música

Mateus Carrilho entrega detalhes de “Faz Fumaça” e álbum de estreia ao Papelpop

Mateus Carrilho divide com Duda Beat, sua parceira do hit “Chega”, um amor pelas composições que parecem escolher seus artistas ao invés de serem escolhidas por eles. Ele gosta de músicas que surgem naturalmente, de forma despretensiosa e orgânica, principalmente quando está vivendo o verão.

Faz Fumaça” veio nesse contexto, sendo escrito em poucas horas dentro de casa e conquistando Carrilho logo de cara. Ao ser lançado nesta quarta-feira (23), se tornou o primeiro single oficial do álbum de estreia do artista goiano, previsto para chegar ao mundo durante o primeiro semestre deste ano.

Com um clipe dirigido por Amanda Adász, a música trouxe o melhor do Carrilho da bregadeira versando sobre farra e desejo de maneira simples e divertida, como pede o verão. “Música bombando e a vontade vem / Sorriso no rosto de quem quer ser mais que amigo / E se eu te pedir um trago / É só desculpa”.

Diante do lançamento, Mateus Carrilho conversou com o Papelpop. O cantor e compositor falou do processo criativo de “Faz Fumaça” e antecipou os detalhes de seu álbum de estreia.

“Faz Fumaça” se torna bem identificável quando fala de momentos de curtição, de interesse e desejo, de paixão à primeira vista. Como surgiu essa composição?
Com a chegada de janeiro e fevereiro, como eu tenho um lance muito forte com o verão e com o Carnaval, eu sempre lanço alguma música. “Faz Fumaça” veio naturalmente, de maneira super despretensiosa, e eu falei para a minha equipe para interromper a programação de outro lançamento. Falei: “gente, acho que não dá. Tem que ser essa”. Eu sempre sinto que a música tem que ser muito despretensiosa, tem que vir muito naturalmente, tem que ser gostosa, tem que ser a tradução do verão e do Carnaval, não pode ser algo difícil. Essa não é uma música necessariamente para o Carnaval, mas, como veio nessa época, eu a abracei. Duda [Beat] sempre fala sobre isso. Ela fala que ama quando as composições escolhem ela e ela não escolhe as composições. Essa música, de certa forma, me escolheu. Eu compus aqui em casa, em pouquíssimas horas, e gostei muito do resultado, da liberdade que ela traz. Essa é uma música que é uma grande brincadeira, mas também acho que tem um romantismo, uma intensidade, um flerte. É sobre quando todo mundo já chegou na balada, na festinha ou no bloco e você, de longe, viu alguém em que você ficou interessado, vocês flertaram e você arranjou alguma desculpa para poder se aproximar da pessoa e beijar na boca [risos]. “Faz Fumaça” fala de tudo isso. “Na revoada eu te vi / Tava jogando fumaça pro alto / Na rodinha cochichei várias coisas no seu ouvido”. Qualquer pessoa que está na ativa, que está solteira e saindo, sabe que esse flerte é uma coisa muito natural. Então “Faz Fumaça” traduz muito esse joguinho de love na noite.

Talvez por essa grande influência do verão e do Carnaval, “Faz Fumaça” é bem dançante. Como você descreve esse novo single e sua sonoridade?
Essa é uma música bem dançante mesmo, gostosa e brasileira. É o Mateus do brega, que eu amo e que fez as pessoas me conhecerem. É uma bregadeira que tem a cara do nosso país, tem a cara de fevereiro. “Faz Fumaça” já traduz, também, um pouco do que o meu álbum é. Não é uma música que represente o álbum como um todo, mas digamos que é uma das fatias que apresentam a sonoridade do meu álbum.

O legal é que o clipe transmite essa essência de “Faz Fumaça” como uma historinha de festa e flerte. Como foi o desenvolvimento desse registro audiovisual?
Esse clipe traduz muito a letra da música, seguindo a mesma proposta de ser despretensioso e divertido. Eu saí das grandes produções, que apresentei nestes últimos tempos. Tanto para “Pancada”, com MC Dricka, quanto para “Noite de Caça”, com Gloria [Groove], eu trouxe megas produções. Em “Faz Fumaça”, eu decidi fazer o contrário. Eu queria fazer algo muito mais pessoal, mais íntimo. Então é um clipe pequeno, digamos, de forma proposital. Eu reuni algumas pessoas e a gente fez uma revoadinha para trazer o que a música pede. Eu não quis trazer uma megaestrutura e fazer um clipe caríssimo, porque acho que a linguagem dessa música é muito fácil e vai ganhar vida rapidamente fora do YouTube. Ela vai parar na vida das pessoas, nos churrascos, nas festas da piscina, no after, no esquenta. Eu vejo a música dessa forma, facilmente seduzente.

Esse é um desejo constante seu, de que seu trabalho não fique só nas plataformas digitais, mas extrapole esses limites e entre, de fato, na rotina das pessoas?
Totalmente. Eu acho que as plataformas de áudio fizeram com que a gente saísse, pelo menos um pouco, dos clipes no YouTube. Você vê como tem artistas agora trabalhando muito mais com visualizers do que com clipes. Eu considero, inclusive, que esse meu videoclipe tem uma carinha de visual. As plataformas de áudio hoje ganharam muita vida e eu percebi como, nos últimos tempos, eu consegui ter muito mais plays dentro dessas plataformas do que das de vídeo. Quando eu raciocinei toda a lógica de “Faz Fumaça”, eu pensei: “cara, acho que essa música vai ser muito mais sonora do que visual”. Então eu creio que ela vai estar agora, no mês de fevereiro, e no resto do ano divertindo todo mundo e trazendo muita alegria. Depois da quarentena, depois de tanto tempo preso em casa, 2022 precisa ser um ano em que a gente celebre, abrace, curta, beije. “Faz Fumaça” já é uma celebração, que é o que eu espero para este ano, para meu álbum vir no melhor momento.

Falando nisso, você ainda planeja o lançamento do álbum para o primeiro semestre deste ano?
A previsão é primeiro semestre [risos]. Estou desde o ano passado dando entrevistas e falando: “vai sair”. Acabou que eu mudei de cá, mudei de lá, desci uma, tirei duas. Mas vai dar tudo certo. No domingo, inclusive, me isolei para finalizar as faixas. Não estão todas gravadas ainda, mas já escolhi dez e estão bem encaminhadas. Agora, é só a mão de obra de gravação, mixagem e masterização. Vou partir para esse caminho.

Essas dez canções escolhidas são inéditas?
Todas são inéditas, contando com “Faz Fumaça”. Eu estou decidindo ainda, vendo com a minha equipe, se minhas últimas faixas lançadas vão entrar ou não [na tracklist]. Estou nessa indecisão ainda. Eu queria 100% inéditas, mas acho que não posso deixar Gloria Groove de fora do meu disco [risos].

A parceria de milhões não pode ser deixada de fora, não é?
Pois é, a parceria de milhões [risos]. E foi muito engraçado porque essa era da Gloria tem tudo a ver com a minha. Quando eu apresentei “Noite de Caça” para ela, ela virou e falou assim para mim: “nossa, amigo, que foda, tem tudo a ver com meu novo momento”. Eu não conhecia a Lady Leste ainda, mas ela fez questão de incluir Lady Leste dentro da minha música também. Foi realmente uma questão de casar as vibes e as ideias. Então acho que a Lady Leste merece estar nesse álbum.

A nível de sonoridade, podemos esperar mais bregadeira no álbum? Fiquei curiosa quando você disse que “Faz Fumaça” é uma das fatias que apresentam o projeto.
Isso. Tem várias coisas. É um disco de pop que traz uma maturidade sonora em alguns aspectos. As pessoas vão encontrar algumas coisas que não estão esperando, sabe? Existem nuances que todo mundo que já me conhece identifica, mas também marca um novo momento para mim. Não tive medo de contar a história que eu queria nesse disco. Eu não me liguei a números, a Spotify, a views. Eu quis fazer um álbum que fosse muito significativo para mim porque vou completar quatro anos de solo. Então é um disco muito sincero. Uma das músicas, que se chama “Uma Boate Qualquer”, é pessoal, sobre uma coisa que aconteceu comigo. Acho que as pessoas vão se identificar.

Só por ser o seu primeiro álbum solo, depois de alguns anos de carreira e de sucesso com a Banda Uó… isso já é um marco. Um divisor de águas, talvez.
Tenho certeza de que vai ser o trabalho mais importante da minha carreira até então. Como você falou, eu tenho alguns anos de experiência, então esse disco é uma tradução da história que comecei a contar lá atrás com a Banda Uó. E há uma maturidade musical por eu ter conseguido formar esse artista que sou hoje. Eu entendi, de uma vez por todas, o que eu quero fazer e qual é o meu rolê. Então acho que, desde o início da minha existência na música, esse disco vai ser o ponto alto de tudo.

Vai ser realmente uma nova era, não é?
Eu consegui chegar em um conceito para o álbum, então realmente vai ser uma era. Agora que eu finalizei as músicas, estou desenhando a parte visual e pensando em todo o resto. Eu sou a pessoa por trás do meu trabalho, sabe? Tenho uma equipe grande e maravilhosa trabalhando comigo, mas eu sou a pessoa por trás da parte artística e eu gosto de ser essa pessoa. Minha onda é criar, é fazer música, é fazer vídeo, é pensar na fotografia, é bater um papo com meu stylish e falar como quero minha roupa. Meu maior tesão como artista é a criação. Eu pretendo ficar com essa era algum tempo, apresentando esse material e contando essa história.

Com algumas músicas novas no mundo e a preparação do álbum a todo vapor, você já pensa em shows?
Nossa, eu tenho crise de ansiedade só de começar a pensar [risos]. A gente está fazendo os primeiros shows, indo devagarinho. Devo permanecer assim até a chegada do álbum. Depois disso, a gente já apresenta um novo espetáculo. Mas estamos aqui, engatinhando ainda. Quando o álbum vir e a parada estiver pegando fogo… aí é só botar para fuder.

voltando pra home