“Fazia tempo que estava atuando/pra não me sentir assim como me sinto hoje”, canta Nicki Nicole no disco “Parte de Mí”. Lançado em novembro, o projeto vai da vulnerabilidade aos desejos expansivos para se firmar como um passo importante na carreira da artista argentina.
Em 2021, coroando uma série de projetos bem-sucedidos e a projeção alcançada com seu primeiro LP, ela projeta suas composições a um novo estágio de maturidade em que se vê confortável para pontuar inquietações e se abrir em relação a temas inéditos.
Com uma recepção majoritariamente positiva, o projeto entrega um total de 16 faixas – uma decisão um tanto contrária ao parâmetros vigentes da indústria. Tendo em conta a média de duração dos trabalhos de artistas contemporâneos, “Parte de Mí” pode ser enxergado como um disco extenso.
A diversidade, no entanto, torna a audição integralmente agradável. Vamos aos pontos principais, que merecem menção. A primeira faixa a ser revelada é justamente a que dá título ao todo, uma delicada balada em que a artista se dedica à revisão de questões existencialistas e vulnerabilidades.
De um ensaio à melancolia, ela salta rumo a uma profusão de ritmos que amarra o ouvinte a suas reflexões sobre a vida, o amor e as pressões externas. Hip hop, reguetón, rock e até disco music apresentados na singularidade de sua voz disputam espaço entre parcerias.
A partir desses momentos é possível dizer que surgem memórias interessantes, entre elas uma espécie de tango moderno com influências de R&B. “Perdido” se apresenta como uma canção dolorosa em que o fracasso de um romance é revertido em palavras que, ditas da boca para fora, ecoam sem parar.
“Eu perdi um amor/A cor do sol foi embora/Teve pena de mim/Me deixou aqui/Eu posso não saia mais daqui”, diz um dos versos.
Se o underground tem como representante a colaboração com a chilena Mon Laferte em “Pensamos”, o featuring que firma com Rauw Alejandro, hoje o artista estrangeiro mais escutado na Espanha segundo dados do Spotify, faz o vento soprar em direção ao mainstream.
O reguetón “Sabe”, além de assumir o status de protagonismo, também entrega um videoclipe grandioso com muitos dançarinos e jogos de câmera que fazem florecer a química existente entre os intérpretes.
Os vocais delicados de Nicki Nicole a coroam em “Mala Vida”, sua “mais completa canção”. Com estética inspirada no clássico “O Poderoso Chefão”, algo que se estende ainda ao clipe, o material mostra que a nova estrela argentina tem boas referências e, de forma irônica, vive seus dias mais gloriosos até então.
“Parte de Mí”, o disco, está disponível em todas as plataformas de streaming.
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