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Estreia mais recente da artista é um remix do single "2:50" com o duo MYA e o cantor Duki (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
música

Tini, Tini, Tini: um passeio pela trajetória da estrela pop argentina

Não faz muito tempo desde que a cantora argentina Tini atraiu os holofotes para si. Se hoje ela é um fenômeno em países de língua espanhola, sua presença só veio a se expandir nas rádios e plataformas de streaming a partir de 2018, entre várias capas de revista e aparições de TV.

Aos 24 anos, ela é mais uma jovem estrela que soma números estratosféricos. O clipe de “Miénteme”, fruto de uma parceria com a conterrânea Maria Becerra, foi gravado nos arredores de Buenos Aires e atingiu a marca de 90 mil espectadores simultâneos apenas na estreia.

Batizada Martina Stoessel, a artista começou há 3 anos uma escalada que envolveu um trabalho duro nos palcos, aliada a parcerias com nomes da cena. Além de Alejandro Sanz e Greeicy, com quem compartilhou o estúdio nos singles “Un Beso en Madrid” e “22”, respectivamente, Tini estreou faixas ao lado de Karol G, MYA, Morat e Sebastián Yatra.

Esse “boom” esperado veio com o segundo disco da carreira, “Quiero Volver” (2018), trabalho responsável por impulsioná-la ao topo das paradas em países como Argentina, Colômbia e Espanha.

Na estrada passando por boa parte da América hispânica e metendo banca com seu status de superprodução, o show de mesmo nome criado naquele ano trouxe uma atualização do conceito de pop latino. Se na virada dos anos 2000 os principais nomes do movimento misturavam pop e rock a ritmos tradicionais, agora Tini se revelava interessada em um redescobrimento do que se ouvia nas ruas.

Cantando em espanhol e embalada por gêneros como o urban, o eletrônico e o reguetón, a artista fez para um Luna Park lotado, em 2019, uma apresentação milimetricamente coreografada. Era o clássico conceito norte-americano dos espetáculos pop tomando forma, embora empregado junto a um repertório essencialmente porteño. Tini dava ali um passo adiante na carreira como solista, uma realidade que seus inícios não comportavam.

“Violetta”

Antes de ganhar status de diva e de dominar não apenas o palco, mas também o piano, Tini Stoessel passou por uma extensa seleção feita pelos produtores do Disney Channel. Foram os respeitáveis estúdios que a colocaram no radar da arte pop ao convidá-la para estrelar “Violetta”, produção original da América Latina feita em parceria com as subdivisões da Europa, Oriente Médio e África.

Tini - Depois de Violetta poster - Foto 1 - AdoroCinema

Na pele da protagonista, uma adolescente que retorna a Buenos Aires depois de viver anos em Madrid, defendendo sua paixão pela música diante de traumas familiares, ela venceu um modesto prêmio Kids’ Choice Awards na categoria Atriz Revelação.

A proje suficiente para que recebesse o convite para interpretar “Libre Estoy”, versão em espanhol de “Let it Go”, sucesso do filme “Frozen”. Mais e mais conhecida, Tini foi crescendo e amadurecendo ao lado do próprio público. As turnês que antes tinham adolescentes, passaram a trazer adultos a tira-colo.

Daí em diante, o primeiro disco chegaria na esteira a fim de garantir Disco de Ouro poucas horas após sua estreia.

Enfim, “una princesa”!

Neste projeto, seu pop adolescente se mostra coerente com o que vinha apresentando ao público nos anos anteriores. Embalada por toda uma gama de tendências dos anos 2010, a artista entrega faixas com dubstep e EDM, sempre aliadas a referências clássicas como o piano. Não tinha como dar errado.

Adiantando-se no que outras celebridades latinas passaram a fazer a partir dos anos 1990, Tini decidiu entrar com o pé direito na indústria e criar um trabalho bilíngue. Cantado em inglês e espanhol (exatamente nesta ordem), “Tini (Martina Stoessel) entregou entre outras surpresas “Great Escape”, grande sucesso desta era que soa como a predição de uma artista pronta para dominar as pistas, embora em busca de sua identidade.

No disco de 2018, “Quiero Volver”, já era possível enxergar Tini como uma mulher adulta e pronta para explorar seus desejos criativos em faixas que dialogam com tendências menos momentâneas. Sendo o reguetón um gênero musical já estabelecido e o urban um tanto menos marcante ao ponto de se tornar enjoativo, estes foram justamente os escolhidos para conduzir melodias de dor, amor, insegurança e recordações.

Ao surfar no destaque que vinha recebendo como uma das técnicas do La Voz Argentina, Tini usou sua oportunidade para abrir o coração e dizer que sua mensagem ainda não estava dada por completo. Os fãs, que cada vez mais lotavam casas históricas como o Luna Park para vê-la em cena, tinham ciência disso.

Tini 3x

“Neste álbum minha intenção é transmitir uma mensagem de liberdade sem estereótipos, por isso utilizei distintos gêneros musicais e diversas facetas estéticas, me senti com liberdade de expressar o que queria em cada canção. Por fim, obrigado a todos vocês, que ouvem minhas músicas, valorizam, celebram, dançam e se animam”.

Assim a cantora apresentou “Tini Tini Tini”, terceiro disco de estúdio que chegou em 2020 como uma bomba para as listas de reprodução. A faixa de abertura, uma balada com Alejandro Sanz batizada como “Un Beso en Madrid”, era uma prévia das narrativas esfuziantes que queria tecer. Do amor se vai de um extremo ao outro, de modo que “Fresa”, com Lalo Ebratt, e “Recuerdo”, com o duo Mau y Ricky, se revelaram dois exemplos desta persona sincera e experiente a certo ponto.

O resultado foi galgar a #25 posição em um ranking do site Idolator, que reunia os 70 melhores discos de pop lançados no ano e conquistar novos fãs. Mais consistente, Tini talvez só não tenha sido maior ainda porque as portas do mundo se fecharam. Por sorte, sua voz consegue transcendê-las.

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Para revisitar todas essas fases e mergulhar fundo no universo de Tini, busque por ela nas plataformas de streaming!

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