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O cantor lançou "I Like That" em julho (Foto: Divulgação/David Black)
(Foto: Divulgação/David Black)
música

Bazzi fala ao Papelpop sobre redes sociais, aprendizados e amor pela própria música

Depois do sucesso de “Mine” em 2017 e uma parceria com Camila Cabello, Bazzi diz que agora está se divertindo mais ao criar novas músicas. O single “I Like That” chega, então, nessa nova fase, tendo desembarcado nas plataformas digitais em julho e ganhado um clipe no começo de agosto. “Acho que é uma boa música para explorar por aí, sair do celular”, disse o artista ao Papelpop.

Nós tivemos a chance de entrevistá-lo por chamada de vídeo no Zoom. Na ocasião, além de falar sobre o recente lançamento, o artista de 23 anos refletiu sobre aprendizados, a importância de produzir as próprias canções, o método que usa para criar, o atual cenário da música pop e a relação que tem com as redes sociais.

Mais maduro e confiante do que nunca, Bazzi está pronto para entregar mais músicas até o fim deste ano. Na nossa conversa, ele se mostrou leve, gentil e atencioso, fazendo questão de mandar um recado para os fãs brasileiros, que já demonstram muito apoio mesmo sem nunca terem recebido uma visita dele no país. “Eu vejo tudo. Mal posso esperar para ir aí”, confessou.

Antes de conferir a entrevista, vem dar uma olhada no clipe de “I Like That”!

***

Papelpop: Você é bem conhecido por produzir as próprias músicas. Isso te dá mais liberdade criativa em comparação com outros artistas? 

Bazzi: Sim! Eu acho que, quando você produz a sua música, tem muito mais liberdade para explorar, mudar as coisas e tentar diferentes ritmos. Sempre quando produzo uma música penso em meios de… acabei de ver isso em um filme, é uma boa citação… em provocar uma sensação familiar, sabe? Então, tento mudar os sons e explorar jeitos diferentes de colocar os acordes na sonoridade. Isso definitivamente te dá mais liberdade para ser criativo.

Já ouvi dizer que a sua parte favorita de ser cantor é criar trilhas sonoras para memórias de outras pessoas. Isso me deixou curiosa para saber quem é o principal artista da trilha sonora da sua vida…

É uma boa pergunta. Definitivamente mudou ao longo da minha vida. Diria que, quando era bem novo, na época do ensino fundamental, era provavelmente Drake e Kanye [West], sabe? Quando era bem criança, eu escutava “Shot For Me” [do Drake] toda vez que tinha o coração partido e apenas chorava olhando para janela. Agora que estou mais velho é bem aleatório, honestamente. É uma variedade enorme de sons desde os últimos seis anos.

Agora pensando no seu novo single, “I Like That”, em qual tipo de memória ele seria perfeito para tocar?

Acho que é uma boa música para explorar por aí, sair do celular, passar um tempo ao ar livre, dar uma olhada no mundo real, dirigir, se perder, ser espontâneo, dançar e ficar bêbado… Há muitas coisas para fazer ao som dela.

Essa música chega em um momento em que você diz estar se divertindo mais ao criar. A partir da sua própria experiência e pelo que observa à sua volta, é comum um artista deixar de se divertir no trabalho por causa da pressão?

Eu definitivamente acho que existem maneiras deste trabalho tirar o amor que você tem pelo processo. É como qualquer coisa com a qual você trabalha e é solicitado a continuar fazendo. Não se torna algo dependente apenas da sua própria vontade, mas talvez de pedidos dos outros. Você pode perder o controle sobre isso. Então, é muito importante para mim proteger a forma como eu amo música, porque vai muito além do trabalho ou de qualquer coisa coisa. É a minha felicidade. Eu realmente gosto de fazer isso. Então, eu tento proteger isso e a minha abordagem em relação a isso, porque é algo precioso. É como uma flor, uma coisa que poderia se despedaçar facilmente se você permitir. Tento ser cauteloso.

Agora eu queria falar sobre as mudanças no seu som desde “Mine”, o seu primeiro sucesso. Como você analisa a sua evolução?

Eu realmente não olhei muito a fundo para isso. Sempre tentei fazer a mesma coisa quando estou criando músicas, que é tentar fazer aquilo que quero ouvir no momento. Algo de três anos atrás é o que eu queria ouvir três anos atrás. Hoje meu gosto meio que mudou e foi calibrado. Eu sempre faço a música que quero ouvir, mas hoje em dia também quero colocar algo distinto no mundo, entregar às pessoas diferentes ritmos e inspirar outros artistas a tentarem coisas novas.

E tem alguma coisa que ainda está tentando aprender?

Sim, sempre! Acho que nunca vou parar de aprender, não apenas como artista, mas também como pessoa. A vida é confusa especialmente hoje, quando temos tantas informações e opiniões. Quem quer que seja nunca pode saber tudo. Estou sempre aberto a novas ideias. Sou um estudante em tudo na vida.

E você é super fã do seu trabalho, né? Alguns artistas não gostam muito de ouvir as próprias músicas porque enjoam, mas você sempre está se escutando. Me conta qual é o segredo! Por que acha que não se cansa?

Porque a minha abordagem ao fazer música é pensar em mim mesmo. Penso no que gostaria de ouvir. Não estou pensando se as pessoas vão gostar muito, se vai ser um hit ou nada do tipo. Eu fico tipo: “Do que estou sentindo falta? O que meus ouvidos estão desejando agora?”. Aí apenas tento criar isso para mim, sabe? Foi assim que comecei a fazer música sozinho. Eu só queria construir uma música pop para curtir. Esse tem sido o meu processo o tempo todo. É muito pessoal. É para mim. Se trata do que eu quero ouvir. Então, é provavelmente por isso que eu gosto.

Uma vez você disse que a música pop estava morrendo e você queria revitalizá-la. Na sua opinião, o cenário já está mudando?

Eu acho que era um garoto jovem, meio ambicioso e estúpido. Não acredito que a música possa morrer. A música vive em um ciclo. Ela vai embora por um tempo e depois volta de uma maneira nova, diferente. Eu não olho mais tão a fundo para isso como se fosse uma espécie de herói. Eu faço música. Se eu puder inspirar alguns outros artistas a fazerem umas músicas legais, eu já venci. É tudo o que me importa. Não é mais algo tão profundo para mim. Só quero ser feliz, fazer músicas que gosto e meus fãs também.

Notei que você sempre está falando sobre como não gosta de passar muito tempo na internet porque é importante viver a vida real. Então, queria saber: você acha possível ser artista hoje sem estar nas redes sociais ou isso é só para algumas exceções?

É algo que eu penso muito, sabia? Porque eu vejo o quão infeliz isso me faz. Eu vejo como é quase inútil acompanhar todas essas coisas que não significam nada para mim ou não podem ser aplicadas na minha vida cotidiana. Então, eu penso muito nessa possibilidade. Eu acredito que tudo é possível. Nada está feito até que alguém vá lá e faça. É apenas uma coisa que precisamos ver. Se você faz música boa e é um bom performer, acho que isso ainda cumpre os requisitos para ser um artista no mundo de hoje. Você não precisa ser um grande profissional em marketing pessoal ou influencer ao mesmo tempo.

Para fechar, me fala sobre os seus planos para o resto do ano! Tem mais música nova vindo aí?

Sim, mais músicas estão a caminho! Mais vídeos também. Estou apenas criando um mundo completo e me divertindo com isso. Eu também quero falar para os meus fãs brasileiros que mal posso esperar para vê-los. Tem uma conta que chama Portal Bazzi Brasil e eles acompanham tudo. Eu vejo esse pequeno fã-clube brasileiro sempre demonstrando tanto amor e apoio. Eu nunca estive aí e eles já são tão carinhosos. Eu os vejo. Eu vejo tudo. Mal posso esperar para ir aí, passar um tempo e fazer um show para vocês. Talvez até morar aí (risos). Não sei.

 

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