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O single mais recente foi lançado na última quinta-feira, dia 4 (Reprodução)
(Reprodução)
música

Entrevista: Sam Fischer fala sobre feat. com Demi Lovato, inseguranças e universalidade da música

Mais uma vez abrindo o coração sem medo de ser vulnerável, Sam Fischer lançou na semana passada “What Other People Say”. A música é fruto de uma parceria com Demi Lovato e traz os dois artistas falando sobre o choque da vida adulta, a solidão e o medo de decepcionar as outras pessoas. A letra é comovente e fácil de se identificar, além de trazer referências claras às trajetórias de cada um deles.

Para saber mais sobre o lançamento, tivemos a chance de conversar com o Sam por videochamada. Simpático e descontraído, ele falou sobre a própria história, o TikTok, a universalidade da música e, claro, teceu uma série de elogios a Demi. No final, o cantor até nos revelou em qual jogo gostaria de viver por algumas horas, bem no estilo “Jumanji”, já que o lyric video do novo single o traz como parte do jogo “Cara a Cara”.

Se ainda não viu, vem com a gente!

Sem mais delongas, a entrevista pode ser lida abaixo:

***

Papelpop: Parabéns pelo novo lançamento! Antes de tudo, você obviamente vai ter que me contar como rolou essa parceria com a Demi!

Sam Fischer: Sim, com certeza! Essa música, “What Other People Say”, eu escrevi muito rápido. Era para ser para outro artista, mas ele não apareceu. Felizmente agora [risos]… Nós a escrevemos e, não muito tempo depois, Demi a ouviu, se conectou com a mensagem da música. Eu tinha acabado de sair do palco e abrir um show para o Lewis Capaldi em Nova York quando o meu produtor me mandou uma mensagem com os vocais dela. Ele apenas me surpreendeu. Nós seguramos isso por muito tempo. Ela existe dentro de uma pasta há cerca de um ano e meio.

Meu Deus!

[Risos] Sim! Foi o segredo mais difícil que já tive que manter. Eu escrevi a música antes de tudo o que aconteceu comigo e o sucesso de “This City”. Eu não sabia muito bem como o meu futuro como artista seria. Estava apenas sendo confrontado com quem eu era, sentindo que não estava correspondendo às expectativas dos outros e que quem eu tinha me tornado não era como imaginava que seria quando era mais jovem. Estou grato que a Demi se conectou com isso e sentiu que a história dela também foi representada. Na minha visão, é uma coisa muito especial de se fazer parte.

Eu achei legal que “What Other People Say” funde duas experiências muito diferentes: a sua, como alguém que teve um começo difícil em Los Angeles, e a da Demi, que já passou por altos e baixos com questões de saúde. Como isso aconteceu tão bem?

Acho que essa é a parte maluca da música. Não é um dueto convencional, uma música de amor que traz os dois artistas cantando um para outro. “What Other People Say” é sobre duas pessoas tendo experiências individuais e se reunindo para compartilhar isso. Só que não é como se nos conhecêssemos antes de tudo isso. A Demi tem vivido uma vida incrível aos olhos do público e já passou por tantas coisas. Eu sou uma cara nova para o público. A beleza da canção é como conseguimos nos conectar pela humanidade, pelas emoções que as pessoas sentem quando notam que ainda não se encontraram e como estão sempre mudando com base nas opiniões dos outros sobre elas. É uma coisa incrível poder se conectar com alguém tão prolífica como a Demi em uma música.

Vocês pretendem lançar um clipe para a música? Porque a capa do single traz vocês dentro de um trem e tem gente achando que pode ser um gostinho para algo mais….

Você vai ter que esperar [risos]! Algo pode estar vindo…

A letra dessa música é super vulnerável, uma coisa que vem se consolidando como uma característica do seu trabalho. É importante para você tratar de assuntos tão pessoais e profundos nas músicas? Por quê?

Absolutamente. Eu olho para mim como um ser humano comum, tendo emoções comum e tendo uma experiência extraordinária de poder ser artista. Se eu não puder ser alguém que levanta a mão e diz “eu estou passando por isso e, se você também está, existe um lugar seguro na minha música”… Estou feliz por poder fazer isso. Eu não sei. Sou um livro aberto. As pessoas me fazem falar e nunca sabem o que vai sair. Ser honesto, cru e emocional em músicas é algo tão identificável. Não consigo evitar. É legal. É minha assinatura [risos]!

E você faz parte de um grupo de artistas que atingiu o sucesso tardiamente. “This City”, um dos seus maiores hits, demorou mais de 18 meses para realmente explodir. Você acha que isso é uma nova característica da indústria musical por causa do TikTok ou sei lá? 

Tem sido louco como novos artistas têm estourado. O TikTok tem sido muito poderoso agora, dando oportunidades para pessoas que poderiam não tem isso antes. “This City” cresceu no TikTok e eu nem sabia o que era esse aplicativo quando a música viralizou por lá. Não foi sobre ir e escrever uma canção para bombar no TikTok. Ainda é muito esquisito para mim tudo isso, mas sou grato e acho legal que muitas novas vozes estão vindo à frente. É ótimo para o universo da música!

Já que estamos falando de tempo, queria falar que percebi que várias das suas músicas demoram um pouco para serem lançadas, tipo “This City”, que foi composta em 2016 e só saiu em 2018. Na sua opinião, algumas faixas precisam de um período de amadurecimento? Elas podem ganhar novos significados com o tempo? 

Sim e não. Sinto que “What Other People Say” tem um conceito muito universal por causa daquelas inseguranças que você sente por causa das opiniões dos outros. Dessa forma, se puder falar isso de mim mesmo, acho que ela é um pouco atemporal. Vai ser sempre baseada em uma característica emocional da humanidade. Então, acredito que situações definitivamente mudam ao longo do tempo, mas “What Other People Say” continuava parecendo a mesma. É definitivamente uma coisa que eu venho tentando dizer e a Demi também há algum tempo. Foi apenas sobre encontrar as palavras e maneira certa de fazer isso para anunciar para o mundo.

Soube que você estudou na Berklee College of Music. Isso, de alguma forma, faz você diferente de outros cantores que não estudaram música? Como a experiência de ter estudado lá te fez ser o que é hoje? 

Ter um diploma? Acho que estudar é importante, que as pessoas devem ir à escola e fazer o que querem. Apesar disso, não acho seja necessário para ter uma grande carreira como artista. Há tantos compositores, produtores, cantores, músicos e artistas maravilhosos que não foram para a faculdade e estão no topo. Sou grato pela educação que tive, mas acredito que, se você vai perseguir o seu sonho e conseguir isso antes da faculdade, é com você e é incrível. Vejo como uma decisão pessoal.

Para fechar, eu quero fazer uma pergunta muito aleatória! O lyric video de “What Other People Say” traz você e Demi como personagens de “Cara a Cara”. No estilo “Jumanji”, se você pudesse entrar em um jogo por 24h, seria esse mesmo? 

Oh, meu deus! Essa é uma pergunta muito boa [risos]. O que eu faria? Não sei. Estou tentando pensar em jogos de tabuleiro. “Monopoly” seria divertido porque você faz dinheiro super rápido, adquire propriedades e, do nada, vai parar na cadeia, sai da cadeia e faz todas essas coisas bobas. Essa é a minha resposta em partes, porque não consigo pensar em nenhum outro jogo, mas acho que “Monopoly” seria divertido e eu poderia ser um dedal ou um cachorro [risos].

 

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