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Álbum trouxe sete canções inéditas e anexo do EP "Oceana" (Divulgação)
OutroEu (Divulgação)
música

Entrevista: OutroEu fala sobre conceito do álbum “O Outro é Você”, single “Dança” e aventuras no TikTok

Na noite da última quinta-feira (3), chegou às plataformas de streaming o novo álbum da dupla OutroEu, “O Outro é Você”. Para a divulgação da produção, também foi liberado o single “Dança”.

A nova música de trabalho ganhou um videoclipe cômico, que brincou com a popularização do TikTok e como as pessoas tentam entrar na onda das tendências para ganharem visibilidade na plataforma. Contudo, nada se sustenta se você não mostrar quem você realmente é, né?

Confira o clipe de “Dança”:

Por isso, o Papelpop conversou por telefone com Mike Tulio e Guto Oliveira. Os artistas falaram um pouco sobre os lançamentos, como a pandemia afetou o som deles, dancinhas no aplicativo chinês e lugares onde querem fazer shows assim que a vacina sair.

Confira o papo abaixo:

Em 2017, vocês lançaram o álbum autointitulado. Desde então, trabalharam em EPs e singles. Como é voltar para o formato de álbum com “O Outro é Você”?

Ah, eu acho que a gente nunca saiu do formato de álbum. A gente fez um álbum só, mas a gente sempre teve essa pretensão de voltar a fazer um outro. Exploramos outros formatos, EP e singles. Acho que a gente sempre se encaixou como “artista de álbum”. O álbum vem como um resumo das coisas que a gente vai experimentando nos EPs, sabe? Nos EPs, a gente até faz foto e bota na capa, mas no álbum a gente tenta manter essa coisa das ilustrações. Então, parece que esse álbum é um resumo desde a época do 1º [“OUTROEU”] até hoje, do que nós experimentamos, onde foi e voltou, tem até uma pitadinha do primeiro trabalho, coisas novas.

E qual é a mensagem do novo trabalho?

Esse projeto é meio que um reflexo de toda essa época que a gente vinha compondo, trabalhando e vivendo também, né? Acho que vem muito também desse momento de quarentena…onde nós notamos o quão importante é estar perto das pessoas, já que a gente foi se afastando no momento de quarentena. O quão importante é você ser massa com todo mundo, porque no final é o que fica. Uma galera super querida, que veio motivando a gente a fazer o álbum… é sobre isso um pouco a mensagem do álbum.

No projeto Oceana, vocês trouxeram parcerias com Ana Gabriela e Melim. A gente vai ouvir alguma participação especial em breve?

Ah, a gente ainda não sabe. Em breve vai ter, com certeza. Nós temos muitos amigos e temos vontade de fazer parcerias. Até porque é um tempo de muitas colaborações, né? Acho que a galera tem se ajudado muito. É um cenário de muita colaboração. Então, com certeza, mais pra frente vai rolar. Mas nesse álbum, nas inéditas, não. A gente tem músicas com Ana Gabriela e Melim [que estavam no EP “Oceana”].

A pandemia afetou de alguma forma o tom das canções?

Nós tiramos o conceito das coisas que estamos vivendo. E a pandemia é o que estamos vivendo, né? Nós vamos vivendo e fazendo as músicas. Então não chegou a atrapalhar o conceito, até enfatizou. Mas, os processos mudaram, né? A gente teve que se adaptar. Tipo, a gente ia lançar esse álbum no início do ano. Mas decidimos lançar um EP [“Oceana”], picar o álbum, por conta da questão de fazer mesmo e terminar o projeto, não ia dar tempo. Então, a gente decidiu fazer mais um EP antes de lançar esse resumão, que é o álbum “O Outro é Você”.

O single “Dança” tem referências ao TikTok. No Brasil, o aplicativo teve um boom bem grande de usuários durante a pandemia, você também viraram fãs da rede?

Mike: Então, ainda estamos no processo, rs. Inclusive, esse clipe de “Dança” conta um pouco da nossa realidade, da nossa dificuldade com o aplicativo, mas aos poucos já estamos começando a compreender melhor. É uma coisa de entender [o app], que veio muito forte durante a quarentena com a coisa das dancinhas. E, no final, você acaba percebendo que não tem só dancinha, é bem mais amplo pra várias outras coisas. Tem o lado cômico, dublagem, maquiagem, lado musical… produtores ali ensinando a fazer beats, beats engraçados, versões diferentes. É uma coisa de ser você mesmo, que é até algo que a gente revela no final do clipe, né? A gente quis imprimir isso no videoclipe porque é realmente nossa história, nossa dificuldade com o TikTok.

Guto: E nós tivemos essa dificuldade porque inicialmente lemos o aplicativo como um app de dancinhas. A gente olhou e falou: “cara, não tem como a gente fazer dancinha”. A gente não é dançarino. No final, nós começamos fazer os vídeos tocando e começou andar legal. E o clipe fala disso, dos caras tentando ser astros do TikTok, mas vendo que no final precisa ser você mesmo.

Como vocês avaliam esse momento em que aplicativos como o TikTok, de certa forma, ditam as músicas que fazem sucesso? A gente viu faixa viral no app sendo nº1 na Billboard e ganhando remix com Beyoncé…

A galera já tá compondo pensando no TikTok, né? A gente acha massa, porque não adianta o artista ficar pensando: “as coisas estão mudando e que droga que estão mudando”. O jeito de ouvir música vai mudando com o tempo e nós vamos nos adaptando. Acho massa que tenha aplicativo onde as coisas estão bombando e traga coisas novas.

Agora voltando um pouco. Quando vocês participaram do “Superstar”, da Globo, vocês tinham como influência Ed Sheeran, Los Hermanos e Maria Gadú. Quem inspira vocês hoje em dia?

Mike: Caraca, é muita gente! É até difícil falar. O Guto estava falando hoje mais cedo que a retrospectiva do Spotify disse que ele ouviu 300 e poucos novos artistas só nesse ano, ouviu e descobriu. A gente fica trocando muita coisa assim. Agora eu tô muito na onda do Surfaces, mas tem muita gente bacana aqui no Brasil que a gente ouve e ama.

No ano passado, eu lembro que quando eu conheci vocês, na redação do Papelpop, reparei que vocês tinham uma relação bem de BFF. Mas, já na estrada há alguns anos, trabalhando juntos, como vocês fazem para que a relação de vocês não se desgaste?

Mike: A gente conversa, briga, se resolve e volta ao normal! Mas, na real, a gente nunca briga, a gente discute as coisas de um jeito mais normal do mundo. Ficar trabalhando um chateado com o outro…não dá.

Guto: E acaba que a música é o bem maior, né? Então, acho que nenhuma briga, nada tem que atrapalhar o que de fato é. E acaba que nossa amizade é muita tranquila. Se a gente discute, automaticamente já se resolve e se entende. Nós nos conhecemos há sete anos, desde 2013. Já passamos por várias fases e estamos aí até hoje e vai ser assim sempre.

Depois que a vacina sair, qual lugar vocês querer ir pra fazer um show?

Guto: Todos os lugares!

Mike: Nossa…vou te falar…qualquer lugar! Em todos os lugares, de verdade. Acho que faria em todos os lugares da última turnê, revisitar as capitais, aqui e lá fora também.

 

Ouça “O Outro é Você” nos streamings:
Spotify | Deezer | Apple Music

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