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(Divulgação)
McFly posando em frente uma parede escura (Divulgação)
música

McFly fala ao Papelpop sobre novo álbum, amadurecimento musical e shows no Brasil

Após uma pausa na carreira, McFly voltou às atividades neste ano. Depois de lançar a coletânea “The Lost Songs”, eles têm um novo álbum a caminho. “Young Dumb Thrills” chega às lojas e streamings em 13 de novembro e será promovido com uma turnê mundial – quando aglomerações forem permitidas.

Na última quinta-feira (1), a banda lançou a faixa “Tonight is the Night”, parte do novo projeto. A música fala sobre vulnerabilidade e saúde mental. Se antes eles criavam músicas para liberar toda a raiva juvenil, agora eles se atentam a assuntos mais sérios, mas ainda com Fly Style.

Querendo saber mais sobre o novo álbum, os shows no Brasil e a evolução da banda, o Papelpop bateu um papo com Harry Judd e Danny Jones. “Quando nós finalmente formos ao Brasil… vai ser ainda melhor!”, garantiu Judd.

Confira nosso papo na íntegra:

Papelpop: O novo single “Tonight is the Night” é um pouco diferente do que eu esperava ouvir neste novo álbum, o “Young Dumb Thrills”. A faixa é mais reflexiva e séria. É importante falar sobre precisar de ajuda em momentos difíceis?

Harry: Sim, bastante. Acho que todos os nossos álbuns falaram sobre diferentes temas. Músicas animadas, felizes… porque, quando escrevemos, queríamos que as pessoas se sentissem assim naquele momento. Ou então uma música para dançar. Músicas para canalizar toda a raiva e emoções. Ou então sobre corações partidos. Neste caso, uma música para falar sobre saúde mental. E “Happiness” foi a canção que decidimos começar porque era mais otimista, ainda mais pensando no que está acontecendo no mundo. Sentimos que era importante lançar uma música que fizesse com que as pessoas se sentissem bem. E, com “Tonight is the Night”, sentimos que era importante lançar para nos conectarmos… em outro nível. E o álbum “Young Dumb Thrills” tem tudo disso: corações partidos, diversão, emoção. Não tem tanta raiva, mas temos diversão, término…

Danny: E também temos canções sobre vulnerabilidade no álbum.

Papelpop: E o hiato da banda influenciou as coisas que vocês querem discutir nessas novas músicas? Como em “Tonight is the Night”…

Danny: É, então… A pausa, olhando pra trás, foi meio difícil na época, mas bom no final. Os problemas que tínhamos foram resolvidos, conversamos sobre tudo e agora estamos juntos com uma nova energia e respeito. A única coisa ruim disso tudo é o coronavírus, que fez pausar tudo que estávamos fazendo. Era para estarmos em uma turnê, passando pelo Brasil. Então, olhando para o hiato, foi legal fazer aquilo.

Harry: Sim. Acho que nunca nos dedicamos tanto a um álbum, no qual planejamos todos os temas que queríamos falar. Era mais uma coisa de “canção em canção”. Mas tem uma música no álbum que Danny trouxe e tem algumas questões nos versos que queríamos falar e tinha um espaço no projeto para ela. Então foi como: “Essa música é ótima, vai funcionar muito bem no álbum”. Porém, tinha outra canção similar que não funcionou. Nunca sentamos para pensar em que tipo de álbum faremos, quanto ao conteúdo das letras. Danny fica mais com a produção, onde ele traz mais referências e mostra como ele acha que deveríamos soar. As músicas não são tão difíceis de aparecer. É mais como queremos que o som da banda saia. E examinamos as composições, pensamos no que usaremos, melodias que entram ou não.

Danny: Tentamos nos reinventar sem ficar muito louco.

Harry: É… algumas pessoas olham e pensam: “Ah, legal, esse é o McFly que conheço e amo”. Outras falam: “Vocês precisam se arriscar mais”. É um balanço difícil de conseguir.

Papelpop: E tem alguma colaboração além de Mark Hoppus (do Blink-182)?

Harry: Tem… tem mais uma. Mark está em “Growing Up” e colaboramos com um cara com quem escrevemos algumas coisas para o álbum. Não dá pra falar muito. Mas foi a primeira vez que fizemos isso. É uma música mais excêntrica. É algo que você ouve e pensa: “Uau. Isso não parece McFly!”. E tinha uma parte vocal que parecia que deveria ser feita por alguém que nos levasse para esse novo lugar. Porque talvez ficasse meio retraído se fosse um de nós fazendo.

Papelpop: Esse álbum se chama “Young Dumb Thrills” (Emoções jovens e bobas). Vocês se lembram de algo bobo de quando eram mais jovens? Ou algo que vocês acreditavam que hoje não faz mais sentido?

Danny: Uh…tem sim, mas coisas inapropriadas, haha. Ai, olha… tem algumas.
Harry: Ah, é!
Danny: Nada apropriado!

Papelpop: “Happiness” foi mais otimista, “Growing Up” falava sobre coisas ruins que acontecem e “Tonight is the Night” é sobre saúde mental. Às vezes é difícil para alguns artistas evoluírem, falarem sobre coisas mais sérias. O que é mais difícil nisso tudo: o que os fãs esperam de vocês ou o que vocês esperam de si mesmos como artistas?

Danny: Nossa… boa pergunta. Acho que é um pouco sobre nossas perspectivas, essa jornada em que um apoia o outro, sabe? “Tonight is the Night” fala sobre saúde mental. Mas, quando você escreve uma música como essa, tem que ser pessoal para alguém. Quando falamos sobre outros assuntos, todos temos que nos conectar. Tipo, não dá pra cantar algo como isso só por cantar, tem que haver verdade, um significado. Tom foi lá e fez isso. Todos nós conseguimos nos conectar com o tema, mas é mais pessoal ainda para ele, foi mais o que ele passou. E os fãs são sempre ótimos. Nós colocamos pressão em nós mesmos.

Papelpop: Eu falei com Dougie Poynter há alguns meses, por conta dos setes shows de vocês aqui no Brasil, antes da pandemia e os adiamentos. Ele me disse que a 1ª vez de vocês no Brasil foi um dos momentos mais icônicos da banda. Vocês têm boas memórias do Brasil?

Danny: Sim! Eu lembro muito da energia dos fãs brasileiros. Nós ficamos embasbacados com eles, eles ficaram embasbacados com a gente. Foi muito legal ter toda a histeria que não tínhamos no Reino Unido. E também os shows foram incríveis. Foi algo como: “Nossa, nós chegamos lá como uma banda”. Foi algo que sempre quisemos fazer. Os fãs brasileiros foram maravilhosos, foi um choque!

Papelpop: Agora vocês virão ao Brasil em 2021. E o Dougie também tinha me dito que Danny estava ensaiando uma “dança especial brasileira”… isso ainda vai acontecer? Ou ele inventou isso?

Harry: Nunca acredite em nenhuma palavra que sai da boca do Dougie!

Danny: Olha… eu posso fazer um pouquinho de Samba, sabe? Mas, com toda a energia dos fãs brasileiros, eu posso fazer alguma coisinha em “Happiness”.

Harry: Nós tínhamos uma setlist especial para os shows no Brasil. Não tinha exatamente uma dança especial, mas quem sabe…

Papelpop: Sobre a coletânea “The Lost Songs”, minha música favorita é “Josephine”. Qual a de vocês?

Harry: Uau! “Josephine” é uma das minhas favoritas também. Eu queria muito tocar essa música na turnê, mas recebi um “não” de todos os outros. Eu falei pra eles: “os fãs brasileiros amam essa música”.

Danny: É uma música muito legal para tocar ao vivo. Ela tem uma batida: “There was a time when/I was your boyfriend”…

Harry: Eu adoro o refrão!

Danny: Ai, eu gosto de “Red”, “We Were Only Kids”, “Hyperion”. Foi algo muito legal de fazer no estúdio.

Harry: É… “Hyperion”, “We Were Only Kids” e “Josephine” são as minhas favoritas.

Papelpop: Antes de eu ir, queria saber se vocês estão animados para vir ao Brasil.

Harry: Sim. Olha, este momento é muito frustrante para nós, para todo mundo. Mas temos que encontrar a positividade nas coisas. Temos de ser positivos. Quando nós finalmente formos ao Brasil… vai ser ainda melhor! Os shows serão muito especiais, por várias razões. Vai envolver a pausa que a banda teve do Brasil e também uma libertação dessa pandemia. Vai ser muito especial!

Enquanto o McFly não desembarca no Brasil, vai de stream em “Tonight is the Night”:
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