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Foto da banda SHAED (Divulgação/Jared Zagha)
Divulgação/Jared Zagha
música

Entrevista: SHAED fala sobre lições da pandemia, feat. com Zayn e álbum de estreia

Com quase dois bilhões de streams ao redor do mundo, SHAED tinha grandes planos para 2020. Formado por Chelsea Lee, Spencer Ernst e irmão gêmeo dele, Max Ernst, o trio teve de se reinventar durante a pandemia.

Após lançarem EPs e o megahit “Trampoline” (com feat. de Zayn), eles estavam trabalhando no álbum de estreia. Contudo, os planos mudaram e eles decidiram criar algo completamente novo para o lançamento marcado para abril de 2021.

Nessa nova leva de criações, veio o single “No Other Way”, que ganhou um clipe recentemente. Por isso, o Papelpop bateu um papo com o grupo para saber mais sobre a nova era, lições aprendidas durante este período, saudades dos palcos, Brasil e até o café da manhã perfeito.

Confira o papo abaixo:

Papelpop: Vocês lançaram um videoclipe para “No Other Way”, onde aparecem debaixo de sol, chuva, neve, no campo, muitas mudanças no clima. Como foi filmar isso?

Chelsea: Foi uma experiência muito, muito legal. Nós fomos para um estúdio que tem uma tecnologia chamada “Unreal Engine”, que é uma grande tela verde. E, com isso, nós pudemos aparecer em todos esses ambientes diferentes.

Spencer: Chelsea ficou, na verdade, recebendo areia, neve, chuva… nós ficamos jogando nela enquanto ela tinha que cantar. Ela fez um trabalho ótimo!

Eu vi um vídeo em que a Chelsea jogava garrafas d’água sobre a cabeça. Fiquei pensando que devia estar frio ali…
Chelsea: Nossa! Muito frio! Foi torturante porque eu tinha que ficar jogando água na minha cabeça e tinha pessoas com ventiladores em mim. Foi difícil, mas foi bem divertido. Muito, muito divertido.

Veja o clipe:

Na música, vocês cantam “Sim, nós poderíamos morrer de um milhão de jeitos. Mas estamos vivos por mais um dia”. Então, se vocês soubessem que morreriam amanhã… o que estariam fazendo agora?

Max: Nossa. Essa é uma ótima pergunta!
Chelsea: Nossa, é uma pergunta boa mesmo… olha, acho que ,se eu pudesse viajar para algum lugar em um segundo e passar algumas horas no lugar, eu faria isso. Para onde eu iria?
Max: Talvez Brasil!
Chelsea: Sim, Brasil. Nós nunca estivemos no Brasil. Algum lugar novo!
Spencer: Sim, algum lugar novo. No ano passado, estivemos no Japão, México, Grécia, mas ainda não estivemos no Brasil.

E vocês viajariam todos juntos?
Spencer: Sim. Na verdade, eu e Chelsea, Max provavelmente nos deixaria…
Max: Ah, eu acho que ficaria com eles. Passaria minhas últimas 24 horas junto deles provavelmente.

Ariel Rechtshaid, vencedor do Grammy, produziu “No Other Way”. Como foi trabalhar com ele?
Max: Foi ótimo. Basicamente, nós sempre fomos muito fãs dele. Ele trabalhou com HAIM, Vampire Weekend… E a gente tinha essa música já produzida até certa parte, a bateria, acordes já estavam gravados. E Ariel foi ótimo em pegar o que já tínhamos e deixar mais legal, com sons. Ficamos trocando ideias e foi divertido. Então temos essa música com ele, mas também já estamos trabalhando juntos em outra faixa. Ele tem sido incrível!

“No Other Way” é o primeiro single para o álbum, que vem em abril de 2021. O que nós podemos esperar desse projeto? Qual é a mensagem?
Spencer: Então, esse álbum foi escrito completamente durante a pandemia. Nós tínhamos um outro disco completo antes disso, mas decidimos apagar porque não parecia autêntico para nós. Quando tivemos tempo, sem ter que estar na estrada, por conta da pandemia, acabamos parando para pensar o que gostaríamos de compartilhar com as pessoas. Cada música do álbum é muito pessoal para nós. Nós tentamos ser honestos com nossos sentimentos, todo esse estresse e medo que está espalhado pelo mundo. Acho que algo legal de se esperar desse álbum é que estamos usando orquestra e instrumentos de cordas de verdade.
Chelsea: Sim, estamos bem animados!

Eu ia perguntar se a pandemia afetou o processo de criação do álbum e sim, né? Mas, este momento os fez repensar alguma outra coisa?
Chelsea: Eu acho que foi mais sobre… nós estivemos viajando tanto nos últimos dois anos e quase nunca estávamos em casa. E o lado positivo deste momento foi que a gente pôde voltar pra casa, dar uma olhada nas músicas que tínhamos e como queríamos que o álbum fosse. Então, este momento nos deu uma chance de trabalhar no nosso álbum dos sonhos. Por isso, nós somos gratos, no meio de toda esta loucura, isso foi positivo.

Voltando um pouquinho no tempo, “Trampoline” foi um grande sucesso. Vocês fariam outra colaboração com Zayn?
Chelsea: Nossa, nós amamos essa música. E a voz do Zayn realmente elevou o nível da faixa, sério. Nós amaríamos trabalhar com ele novamente. Foi ótimo!

Falando sobre colaborações, teremos alguma no álbum?
Max: Acho que esse álbum vai ser, basicamente, apenas Chelsea, só a gente. Nós temos outras colaborações para o futuro, mas, nesse projeto, a gente quis fazer algo mais honesto e só o grupo. É o primeiro álbum que vamos lançar, já fizemos alguns EPs, mas é primeira vez que estamos fazendo algo maior.

Vocês têm alguma colaboração que almejam muito?
Max: Eu acho que trabalhar com Mark Ronson seria incrível. Tudo que ele faz é como ouro.
Spencer: Tame Impala também tem uma influência sobre a gente, seria legal trabalhar com Kevin Parker.

Eu imagino que vocês estejam com saudades dos palcos, da estrada. O que mais estão sentindo falta?

Chelsea: Acho que o show ao vivo… é difícil não ver os fãs. Então, com certeza, estamos sentindo falta disso. Os concertos ao vivo são grande parte de nossa carreira e não ter isso para “No Other Way” é um pouco estranho.
Spencer: E, sempre que estamos na estrada, Chelsea acorda cedo para encontrar o melhor lugar para tomarmos café da manhã. Ela é obcecada com café da manhã.
Chelsea: Eu amo muito! Sinto falta dos nossos cafés na estrada.

E qual é o café da manhã perfeito?
Chelsea: Ai, olha, eu amo ir naqueles Diners. Então, tem que ter ovos, salsicha, Hash Brown e café. Eu amo isso!

Com a pandemia, a gente tá vendo muitos eventos online. Vocês gostaram dessa experiência?
Chelsea: Na verdade, a gente não se incomoda em fazer. É bem diferente fazer um show na frente de uma tela de computador, claro. Mas, eu acho que a gente deve acabar fazendo alguma coisa de live. Nós fizemos muitos Zooms e algumas apresentações. Uma coisa muito estranha é que, quando as pessoas aplaudem, você não consegue ouvir, isso é bem estranho.

Confira um trecho do show deles na versão online do Lollapalooza 2020:

E, quando tudo isso passar, vocês pretendem vir para o Brasil?
Chelsea: Oh, com certeza!
Spencer: Nós amaríamos, está no topo da nossa lista. Nós temos uma ótima audiência vindo do Brasil. Nós amaríamos ir até aí e tocar para os nossos fãs.

Antes que eu vá embora, quero saber qual foi a maior lição que vocês aprenderam durante a pandemia
Chelsea: Pra mim, acho que seria viver o momento, aproveitar e valorizar o que está ao meu redor. Todo esse processo tem sido bom pra mim pessoalmente, porque eu pude respirar, parar de correr de um lado para o outro. Estou podendo apreciar tudo que tenho e que está ao meu redor.
Max: Eu acho que este momento me ensinou a dar mais atenção às outras pessoas, ser mais responsável. Me fez entender melhor que as nossas ações interferem… usar uma máscara em restaurante ou quando saio. Ficar longe da família, mesmo que isso seja difícil. Me ensinou que temos que fazer sacrifícios para manter os outros bem. Acho que foi uma boa lição.
Spencer: Eu diria que me ensinou a encontrar o lado positivo em situações ruins. Nós não teríamos feito esse álbum, do qual estamos tão orgulhosos e animados em compartilhar com os fãs, se essa situação não tivesse acontecido. É difícil ver o lado positivo nessas situações, mas acho que aprendi isso.

Já queremos SHAED no Brasil! Enquanto eles não desembarcam aqui, acompanhe o trio nos streamings:
Spotify | Deezer | Apple Music

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