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Foto: Divulgação
música

Artista fluminense Nanno V fala ao Papelpop sobre novo EP e parceria com Bruno Martini

Nesta sexta-feira (19), o cantor e compositor fluminense Nanno V lançou o EP de estreia “Te Levar”, que traz quatro canções inéditas. Com uma trajetória iniciada no rap e cada vez mais próximo da música pop, a gente quis saber um pouco mais desta mudança.

Se liga nas músicas:

Conversamos com Nanno, pra conhecer um pouco da história e quais artistas ele curte ouvir. O cantor falou sobre a amizade e trabalho com o DJ Bruno Martini, que produziu o projeto: “Sempre acompanhei o trabalho dele. Ele é um cara muito foda!”.

Confira o nosso papo abaixo:

Papelpop: Nesta sexta (19) você lança seu EP de estreia, e depois de ouvir, fiquei bastante curioso pra saber quais são as suas referências…

Nanno: Eu gosto e escuto muito o lado internacional, curto Mac Miller, Smino, John Mayer da época das guitarras e violão, um coisa meio Sting misturado. Já no nacional, uma das maiores referências pra mim foi Charlie Brown Jr., o Chorão, em questão de atitude, respeito e me formou muito neste lado do rap. Gosto muito de Skank, ouço muito Vitão e acho que o Brasil vem misturando bem legal esse lado latino. A primeira coisa que fiz de trabalho foi junto com o grupo 3030, na faixa “Cuidar de Mim”. Antes eu tive um grupo de rap por muito tempo chamado Zona Verde, a gente até abriu show dos Racionais. E agora tô indo mais pro lado do pop. Trabalhei um tempo com o Jhama e ele me apresentou várias pessoas, fiz um trabalho com a galera da Melin, vários trabalhos bem legais.

O EP “Te Levar” tem quatro músicas, você tem uma favorita?
Gosto muito de todas, mas a “Cinderela” foi uma que me inspirei mais. É pra minha namorada, então é mais especial, né? Esse som diz muito de estar junto em todos os momentos, no perrengue ou com as coisas boas também. Acho que isso é muito importante. A “Chapadona” tem uma levada mais ousada, uma coisa mais rap, mais atitude, que eu gosto. Mas também tem um lado mais pop, com “Te Levar”, uma coisa mais pra todo mundo.

O DJ Bruno Martini tá envolvido na produção deste seu projeto de estreia. Vocês são amigos? Como surgiu a ideia de trabalhar juntos?

A minha relação com o Bruno é muito especial. Eu conheci ele através do pai dele, Gino Martini. Eu e o pai dele começamos a trabalhar juntos, produzir algumas coisas, até que um dia ele falou: ‘Você tem que conhecer o Bruno’. Meu sonho sempre foi conhecer o Bruno pra fazer alguma coisa, sempre acompanhei o trabalho dele. Ele é um cara muito foda! Desde a primeira vez que ele ouviu as [minhas] músicas, ele quis me conhecer. Aí fui no estúdio, encontrei com ele e acabou saindo muito mais do que eu imaginava. O Bruno virou um brother, hoje frequento a casa dele, a gente se fala, troca ideia e ele me dá muitas dicas. Então, digamos que sou um irmão mais novo pegando algumas referências e ele tá me ajudando a crescer muito.

Então podemos esperar mais coisas em parceria com o Bruno?

Com toda certeza! Eu e o Brunão estamos juntos aí com vários trabalhos no futuro.

Eu vi que você já teve uma fase bem mais focada em rap, agora você tá indo pra um caminho mais pop. Qual a sua relação com esses dois gêneros?

Eu sempre gostei muito de rap, fez parte da minha adolescência, escutei muita coisa quando era moleque, tipo Cone Crew. Quando eu escutava aquilo, eu ficava: ‘Quero fazer rap, quero ser MC’. E comecei frequentar algumas batalhas de de rap. E essa transição de rap para o pop sempre existiu porque nos grupos que eu participei, sempre cantei os refrões, as partes mais melódicas. Então tinha o rap, mas o pop sempre esteve dentro. Hoje eu foquei mais no pop, mais na melodia e tô botando o rap como um toque.

E quais divas e cantores você tem o hábito de ouvir?

Sim, total. Eu escuto muito Anitta e gosto muito da Luísa. Pabllo Vittar também, minha namorada acompanha muito e acabo até brincando e cantando umas músicas com ela. Acho muito importante e faz parte dessa mistura boa. Tô sempre ligado e acompanhando. Eu acho a Iza muito foda, muito maravilhosa. Quando eu tava trabalhando com o Jhama, ele tava fazendo umas coisas pra ele e eu acompanhei, bem no começo. Lá de fora, eu tenho escutado muito Khalid, algumas coisas do Drake, Smino, tenho acompanhado muito essa galera. E tenho saudades do Mac Miller, dessa levada, um sonho seria ter músicas novas dele e tenho curtido muito este lançamento póstumo que teve.

E vamos ter clipes pro EP além de “Mau Mau” e “Cinderela”?

Com certeza. Tenho pensado em algumas coisas, um projeto acústico também, onde vou lançar mais vídeos no IGTV. Tenho umas ideias, tô fazendo já e vai rolar clipe sim!

O que tem feito durante a quarentena?

Na parte de trabalho, tenho feito música pra outros artistas como compositor, tenho trabalho com a galera do 3030. Posso estar inclusive escrevendo uma coisa pra uma dessas divas, mas não vou falar agora (risos). Com o Juliano Moreira, estamos escrevendo bastante também. Já em casa, tô tentando me distrair um pouco, criando algumas coisas no Garage Band. Tenho jogado videogame também, muito “Call of Duty” e um pouquinho de “FIFA”. Tem dois livros aqui do lado, “Rita Lee: Uma Autobiografia” e “Propósito” do Sri Prem Baba, que ensina bastante. E acabei de assistir uma série chamada “O Último Reino”, adoro série medieval, sou alucinado.

E qual vai ser a primeira coisa que você vai fazer depois que tudo “voltar ao normal”?

Acho que assim que acabar a quarentena, vou me internar no estúdio! Eu tenho muita saudade de sair na rua sem preocupação, fazer um churrasco. Tô com muitas saudades de trabalhar também e viajar. Por mais que a gente faça algumas coisas de casa, parece que falta algo.

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