Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

música

Emicida celebra o amor e a construção de pontes em “AmarElo”, seu brilhante novo álbum

O amor é uma força capaz de ligar instantaneamente os seres-humanos e Emicida sabe bem disso. Com o mundo se esfacelando dia trás dia, mostrando-se no mínimo caótico, o rapper paulista teve a ideia de compor seu novo álbum, o poderoso “AmarElo”, como se escrevesse cartas.

É sob esta perspectiva que ele se propõe (e convida o ouvinte, de igual maneira) a enxergar a grandeza da humanidade. O lançamento chegou às plataformas digitais na noite desta quinta-feira (31).

São heranças, muitas referências e uma série de singularidades que só sua forma brilhante de rimar poderia imprimir. Há no projeto featurings emocionantes como

O som, por sua vez, não deixa a desejar. Além de homenagear o sambista Wilson Naves, morto em 2017, Emicida constroi em “Principia”, primeira faixa do disco, uma narrativa que vai sendo conduzida pela batida do agogô, instrumento característico do Candomblé. Esta foi uma alternativa pras referências do Gospel que quis usar, mas que chegou a definir como “americanizadas demais”.

É tudo muito bem arquitetado. Há camadas e onde a fúria de seus beats não se faz presente, paira a serenidade – tão poderosa quanto. Um ótimo exemplo disso é “A Ordem Natural das Coisas”, sua colaboração com MC Tha. É sobre sobreviver, sobre vencer os dilemas da vida. Sentir-se enorme.

Contando histórias, narra o cidadão que pega o ônibus todos os dias, encontra uma promoção de fraldas na drogaria e por isso se sente feliz. Pra coroar esse baú de cartas, como mencionamos no início, Emicida nos entrega momentos nada menos que idílicos a partir da participação de nomes como Fernanda Montenegro (que recita versos em “Ismália”, seu featuring com Larissa Luz).

Essa excursão em busca do amor – e de dar sentido às coisas – se encerra com “Libre”, parceria com o duo franco-cubano Ibeyi. Se justaposta à capa, em que aparecem três crianças indígenas, potenciais vítimas de um movimento genocida, “AmarElo” se mostra nada mais do que um grito de resistência.

Ouça! “AmarElo” está disponível em todas as plataformas digitais:

voltando pra home