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Sam Smith fala sobre gênero não-binário e indica pronomes de tratamento

Já faz algum tempo desde que Sam Smith passou a se identificar como pertencente ao gênero não-binário, ou seja, não se considera pertencente a um gênero exclusivo. A questão é que muitas pessoas que compartilham desta perspectiva não usam os pronomes “ele” ou “ela” por não se sentirem bem ou mesmo que são representades.

Por isso mesmo, Sam foi ao Instagram na manhã desta sexta-feira (13) pra explicar como gostaria que as pessoas se referissem. Em um texto emotivo, o ícone revelou que a decisão foi tomada após um longo período de reflexão e que, embora saiba que muitos erros vão acontecer por parte das pessoas, o importante é respeitar e buscar aprender.

Leia:

https://www.instagram.com/p/B2WpiusAc6h/

“Hoje é um bom dia, então aqui vai. Eu decidi que estou trocando meus pronomes pessoais por ‘THEY e THEM’ (eles e deles, em livre tradução para o português) após uma vida inteira em guerra com meu gênero. Decidi me abraçar por quem sou, por dentro e por fora. Estou ansioso e me sinto privilegiado por estar cercado de pessoas que me dão suporte nesta decisão, mas eu tenho estado bastante nervoso sobre este anúncio porque eu me importo muito com o que as pessoas pensam. Mas foda-se.! Eu entendo que vão existir muitos erros e trocas de gênero, mas tudo o que peço por favor, por favor, é que tentem. Eu espero que vocês possam me ver da mesma forma com que me vejo agora. Obrigado!

Observação: Ainda não estou em um momento para falar eloquentemente sobre o que significa ser não-binário, mas mal posso esperar pelo dia em que esteja. Então, por enquanto, eu só quero ser visível e aberto. Se você tiver dúvidas e se pergunta o que tudo isso significa, tentarei explicar melhor, mas também identifiquei abaixo os seres humanos que estão lutando a boa luta todos os dias. Estes são ativistas e líderes da comunidade não binária / trans que me ajudaram e me deram muita clareza e compreensão”.

A gente quis entender melhor como isso funciona porque as regras nos Estados Unidos e no Brasil são diferentes por uma questão gramatical (enquanto lá fora se usam pronomes no plural, que é neutro, aqui isso não rola. “Eles” é uma palavra masculina). Quem nos ajudou foi Claus Lima, leitor do Papelpop. Segundo elu, por aqui a alteração dos pronomes é variável de indivíduo pra indivíduo.

A princípio, há quem prefira substituir as últimas letras (“O” e “A”) pela variável “X” (por exemplo: todo(a) = todx; ele(a) = elx; não binário(a) = não-binárix). Esta, por outro lado, pode não ser uma alternativa muito legal quando se pensa nos apps de leitura, que ainda não reconhecem a forma de escrita.

Por isso mesmo há quem prefira utilizar pronomes neutros, substituindo os artigos e as terminações pela vogal “E” (por exemplo: todo(a) = tode; não binário(a) = não-binárie).

A gente tá feliz com a decisão de Sam e vamos seguir apoiando. Arrasa, ícone!

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