Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

series

Falamos com o elenco de “Euphoria” sobre personagens, comportamento e séries adolescentes

Euphoria“, uma das mais novas apostas da HBO, tem feito o maior sucesso. Na narrativa, protagonizada por Zendaya, a gente acompanha um grupo de jovens que vive na pele aquela fase de Ensino Médio em que várias questões ligadas à adolescência nos fazem entrar em conflito.

Entre os principais temas abordados pelos roteiristas estão a sexualidade, a busca por identidade, o desabrochar do amor, o contato com as redes sociais e o poder destrutivo de dos vícios e dos traumas. No trailer oficial divulgado em abril deste ano pelo canal, dá pra ter uma ideia de como isso se configura na vida dos personagens. Nas imagens, a jovem Rue assiste a própria vida em flashes enquanto reflete sobre questões existencialistas.

Com nomes como Austin Abrams, Maude Apatow, Hunter Schafer e Jacob Elordi no elenco e uma narrativa que tem tudo pra prender a nossa atenção do início ao fim, é inevitável não esperar com certa aflição por cada um dos episódios. Nós também não deixamos de imaginar qual seria a melhor saída para os problemas e consequências vividas por cada um desses jovens.

Na última semana o Papelpop conversou com dois dos intérpretes escalados para a produção, os atores Algee Smith e Sidney Sweeney, que dão vida respectivamente a Chris McKay e Cassie Howard. Em um rápido bate-papo eles falaram sobre o que mais prendeu sua atenção ao descobrir seus papeis na série, deram sua opinião sobre produções voltadas para o público adolescente e ainda revelaram experiências que viveram nesta fase da vida.

Tá bem legal, vem ler:

Papelpop: O que atrai vocês nesta série?

Sidney: Eu adorei o fato de ser tão realista, e também a variedade de personagens e tramas que as pessoas poderão acompanhar e aprender com elas. Eu queria trabalhar com o Sam Levinson porque ele tem uma mente brilhante. Eu quis muito trabalhar com ele depois que nós conversamos sobre a minha personagem; ele foi muito participativo.

Algee: O que me atraiu foi o que a série representa. Na primeira reunião com o Sam, antes de ler o roteiro, ele me contou como era o meu personagem. Depois, quando comecei a ler o roteiro, eu vi as várias questões que havia, dos relacionamentos no ensino médio até as drogas e o sexo, e também a coisa mais importante de saber quem você é e encontrar a própria identidade.

Qual é a diferença entre esta série e outras séries sobre adolescentes?

Sidney: Estamos muito habituados a ver versões água com açúcar e glamourosas sobre a vida dos adolescentes. A série é ousada, mas é porque nunca vimos nada assim na televisão. Essa é a grande diferença da HBO: eles criam séries e personagens inovadores. Estar em uma plataforma que não tem medo de mostrar as questões como elas precisam ser mostradas é incrível. Eles “tiram o véu” e mostram a realidade sobre o que realmente significa crescer nos dias de hoje.

Algee: A série é muito cinematográfica, muito “nua e crua”, sem hesitações. Eu acho que é como tinha que ser, porque mostra às pessoas a verdade e elas podem fazer as suas próximas análises e decidir como querem reagir.

Como são os personagens de vocês?

Sydney: A Cassie cresceu numa casa desestruturada. Ela tinha uma mãe alcoólica e um pai viciado em remédios, então ela sempre viveu essas ausências, que procurou preencher com relacionamentos com homens. Ela se apaixonou por todos os caras que conheceu e, infelizmente, alguns deles não a trataram bem como ela esperava. Ela acabou tendo uma fama sexual com a qual não sabia lidar. Ela se apaixonou pelo McKay e pela primeira vez teve um relacionamento real e estável. Apesar dos problemas e influências externas, ela finalmente vive um relacionamento adolescente. Ela está simplesmente descobrindo quem ela é, sem saber ainda o que tem de bom. Ela se sente perdida e busca ser aceita pelas outras pessoas, sem primeiro se aceitar.

Algee: O McKay é o melhor amigo do Nate. Ele joga futebol pela universidade e sonha com chegar à NFL [liga de futebol americano], mas o primeiro ano na universidade não está sendo fácil. Ele se sente inseguro e não sabe bem o que quer. Além disso, tem um relacionamento peculiar com o pai, que lhe transmitiu muita ética desde que ele era pequeno, mas os dois têm um problema de comunicação. Sem dúvida há questões de masculinidade. O McKay precisa se sentir à vontade e não fugir disso, mas é difícil para ele.

P: A série é chocante em comparação com as suas próprias experiências da adolescência?

Sydney: Algumas partes eu entendi porque também vivi, e outras me impressionaram. Em alguns momentos eu achava que aquilo não podia estar acontecendo no mundo atual, mas de fato está acontecendo e este é um dos motivos pelos quais eu adorei a história. Realmente faz pensar. A influência das redes sociais, os relacionamentos, os amores e o sexo estão presentes na vida de qualquer garota adolescente. Não existe um manual do que devemos fazer. Simplesmente tentamos descobrir e ficar bem.

Algee: Não posso dizer que fiquei chocado. A questão é que é a primeira vez que eu vejo isso em uma série de televisão. Eu estudei em casa, não tive a experiência do ensino médio em uma escola, mas eu sei como é, tive amigos que estavam na escola. Eu não tive baile de formatura, não fiz esportes, mas eu me identifiquei com o conteúdo social da série no que se refere a sexo, drogas e à pressão da sociedade para ser de um jeito que você pode não querer.

O que vocês destacariam do set de filmagem?

Algee: As pessoas podiam andar pelo set fazendo fotos muito legais. Eu acho que o Jacob tem um álbum inteiro de fotos. Passamos muito tempo carregando material em carrinhos de golfe.

Sydney: Nós passamos muito tempo lá [oito meses] então tínhamos que nos divertir! A festa de encerramento foi uma loucura. Dançamos muito e todo mundo estava comemorando o trabalho incrível que nós tínhamos feito.

Como vocês se sentiram com a proximidade do lançamento da série?

Sydney: É uma mistura de excitação e nervosismo. Estou curiosa para saber o que as pessoas vão achar. Eu conversei muito com a minha mãe. Muita gente da minha família adorou “The Handmaid’s Tale” e “Sharp Objects”, meus trabalhos anteriores. Eu avisei que este era um pouco diferente e a minha mãe disse: ‘OK, acho que eu vou fazer uns folhetos para alertar a família’. Eu acho muito importante que eles vejam porque eu venho de uma cidade pequena e ver algo assim na televisão contribui muito para informar. Eu quero ir para lá quando a série estiver no meio para conversar com eles e saber o que estão achando.

Algee: Eu quero muito ver como a minha avó vai reagir. Eu nunca mais vou ligar para ela depois das cenas de sexo…

Todos os episódios de “Euphoria”, é sempre válido reforçar, estão disponíveis na plataforma de streaming do canal, a HBO GO.

voltando pra home