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Gloria Groove revela ao Papelpop detalhes sobre nova turnê e comenta parceria com a Iza

Que semana, meus amigos! Além de Madonna, Bruce Springsteen, Taylor Swift, Luíza Sonza e Clarice Falcão – só pra citar alguns exemplos de quem lançou disco e single novo nos dias que antecederam esta sexta-feira (14) – quem também nos entregou uma surpresa hiper agradável (e dançante) foi a dupla Gloria Groove e Iza.

Juntas, elas uniram forças em uma segunda colaboração intitulada “YoYo”. O single, que já chegou com clipe, veio transbordando experimentos e referências a ícones setentistas e às culturas pop e cyberpunk. É a própria continuação de “Telephone”. Perdeu, Lady Gaga!

Por falar em transbordar, Gloria é a plena definição de talento em excesso. Além de mandar ver no estúdio, ela também arrasa nos palcos e se prepara para uma série de compromissos importantes. O primeiro acontece na Parada LGBTQ+ de São Paulo, marcada para a próxima semana.

Entre um job e outro, a artista também está focada na estreia de sua nova turnê, chamada de “Fase 3”. O espetáculo, que tem datas marcadas na Europa, foi definido pela própria nesta quinta-feira (14) durante uma entrevista por telefone com o Papelpop como “o projeto de sua vida”.

Sinceramente? Foi uma delícia falar com esse anjo precioso da música pop sobre tudo o que vem acontecendo. Não o suficiente, ainda quisemos saber suas impressões a respeito do sucesso de “Aladdin”, produção em que participa dublando em português o protagonista. É impossível negar: as definições de artista estão sempre em atualização com ela.

O que mais houve na química que você tem com a Iza que foi capaz de gerar outra parceria tão incrível?

Gloria: (Risos) Eu acho que isso se deu em grande parte pelo fato de 2018 ter sido um ano tão decisivo pra nós duas. A gente não conseguiu trabalhar “Rebola”, nossa primeira parceria icônica, indicada ao Grammy, como gostaríamos. E aí, entre amigas comentávamos sobre esse desejo. O pessoal cobra, sempre rolou expectativa. Existia uma demo guardada há muito tempo e feita até antes de “Coisa Boa”. Fizemos várias alterações, até que no começo do ano me falaram que sempre que a Iza estava no estúdio em que gravo pedia pra ouvir minha música. Eu achei aquilo um absurdo e fiquei me questionando se teria encontrado algo grandioso. Até que cheguei e a convidei pra gravar. Ela topou na hora e disse ‘Vamo cair matando’. Quando eu ouvi com a voz dela… meu Deus. Iza é incrível, extremamente icônica, escreveu o próprio verso. Já quando mostrei a demo pro Felipe (Sassi), aí sim a coisa ficou séria. Somos os maiores little monsters do Brasil e quisemos montar um clipe com todas aquelas referências. Ficamoz muito felizes com o que saiu disso, é sem dúvida a produção mais grandiosa que já fiz na carreira. Foram 26h de diária, um trabalho mega cansativo, mas muito satisfatório também.

É justamente aí que eu queria chegar. Vocês iniciam o clipe acenando pra Lady Gaga e Beyoncé. Se sentiu orgulhosa sendo a responsável pela continuação de “Telephone”?

Exaaaato! (risos) Me senti sim, até falei isso no telefone hoje de manhã. Quando decidi fazer essa brincadeira, virei pro Felipe e disse: ‘Tô cansada de esperar, eu mesmo vou fazer isso acontecer’.

São muitas referências. Vi que também há um algo de anos 1970, cultura cyberpunk… Os figurinos estão incríveis, mas um deles me chamou mais a atenção. Como surgiu aquele todo cintilante, extravagante?

Aquele lá é bem close, né? A ideia de trazer isso para o clipe surgiu a partir de um desejo meu de experimentar uma nova vertente de drag. Sempre quis fazer e ainda nao tinha explorado isso. Originalmente a ideia se centra em um satélite emitindo sinais de hackeamento, mas no fim das contas acabou tendo leituras diferentes. Vi gente dizendo que interpretou como uma criatura aquática, comentários citando criaturas fantásticas vindas de outro mundo… Mas a referência original veio de um desfile que vi em RuPaul Drag’s Race na ultima temporada. Quem assistiu vai catar essa.

A Parada LGBTQ é na semana que vem. Vamos ter você nela? Como você acha que será a Parada deste ano?

Com certeza! Estarei lá, é dia de botar a cara, de se mostrar. Mas por enquanto manterei em segredo com quem estarei. Vamos aguardar os futuros anúncios (risos).

Falando em show… Consegue nos contar sobre a “Fase 3 Tour”? Tem muito mistério sobre isso ainda, né?

Posso contar tudo! É o projeto da minha vida. Por isso isso tô sentindo essa pressão de estar na direção criativa de algo. Tudo tem a minha cara, a edição de vídeo, áudio, coreografia, telão, figurinos… Quis estar envolvida para que tudo saísse autêntico e original, para que fossem transmitidas emoções diferentes que não estavam presentes nos shows anteriores. Faço questão de investir porque a evolução artística se mostra nisso. O show está dividido em três partes, é baseado no conceito de equilibrio do corpo, da alma e do espírito. Logo, na turnê serão 3 momentos e 3 Glorias diferentes. É quase um resgate à evolução humana, porque começamos com um visual que evoca o selvagem, o primitivo, para virmos na sequência com uma fase romântica, emocional, que remete ao renascimento. A última, por sua vez, traz um discurso progressista, voltado para o plano de dominação. São três partes que me fez traçar uma linha do tempo que significa muito mais. Quero mostrar logo pras pessoas e levar esse show a quantos lugares for possível. Estou ansiosa também porque alguns dos primeiros espaços a receber esse novo espetáculo serão em Portugal e na Irlanda, para onde viajo em breve. Esse conceito me deixou bastante feliz, está lindíssimo.

Pra fechar, Aladdin sendo aclamado pela crítica. Está feliz com o sucesso?

Ai, simmmm! Eu não paro de ir ao cinema assistir. Fico pensando que vou viver isso de ouvir a minha voz nas telas apenas uma vez. Adoro essa sensação e me sinto extremamente satisfeita. Estou muito feliz com o resultado e a forma com que as pessoas abraçaram o filme.

 

“YoYo”, este verdadeiro hino, está disponível em todos os tocadores digitais.

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