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Entrevista: John Newman fala sobre relacionamentos, novo single e planos de tocar no Brasil

O ano é 2014 e você muito provavelmente deve associar à sua playlist daquele período o single “Blame”, de Calvin Harris. Quem aparecia também nesta canção, embalada por versos profundos e notas altas, era o britânico John Newman.

Antes desta parceria, o rapaz já havia lançado seu primeiro disco, “Tribute”, material que o alavancou ao posto de promessa do pop britânico. Após ter colaborado com o DJ, um dos mais badalados do mundo, a carreira dele decolou e em 2016 mais um álbum aterrizou nas prateleiras, o delicioso “Revolve”.

Embora os fãs não tenham do que reclamar Newman se prepara para o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, ainda sem data prevista pra sair. Após algum tempo compondo e experimentando coisas novas, ele já liberou alguns singles, entre eles a deliciosa “Feelings”. Para o Papelpop, por telefone, ele disse que está animado pra ver como será a recepção da galera.

Em uma conversa super descontraída, o artista também revelou que quer muito trazer sua próxima turnê ao Brasil e que falar sobre relacionamentos, mesmo na música, talvez não seja algo tão fácil assim hahahaha

Vem ler esse papo!

Papelpop: Vamos começar falando sobre música nova. Você lançou um novo single, “Feelings”, e logo na sequência liberou uma versão acústica. A letra é forte, emotiva… É uma composição sua? Como isso surgiu?

John Newman: Oh, claro! Esta canção especificamente surgiu durante alguns dias que passei na Suécia, me juntei a um time de colaboradores e trabalhamos em um material que originou algo em torno de 5, 6 canções. Foi muito bom, sempre é muito produtivo estar com pessoas que você percebe que estão ali, literalmente com você, transformando em música o que eu gostaria de mostrar naquela canção.

Em “Feelings” você fala sobre uma desilusão, trazendo uma situação em que uma das partes parece estar jogando todo o tempo. Vamos brincar um pouco. Se tivesse a chance de dar um aviso a alguém que passa por isso, qual seria?

(Risos) Eu acho que… meu Deus, eu não sei (risos). É que falar sobre isso é se colocar numa posição muito difícil, as pessoas no geral são assim e imediatamente o que eu posso dizer é que o melhor a se fazer é não sair do controle e tentar enxergar as coisas de uma maneira menos passional. A parte legal é a identificação das pessoas com isso, o que significa muito pra mim.

Com certa frequência vejo na minha timeline as pessoas falando sobre a sua música, em como elas se sentem tocadas pela sua voz, pela sua sensibilidade… você prepara o lançamento de um novo álbum em breve. De que forma você sente a recepção dos fãs ao entregar um novo trabalho? 

Nossa, é maravilhoso! Sempre que leio algo assim positivo vindo deles, me sinto especial, entro em um estado de proximidade com essas pessoas como se fôssemos realmente unidos pela música. E somos mesmo. Então eu aprecio muito isso na relação que mantenho com meus fãs.

Assisti ao vídeo de “Feelings” e é bem enérgico, magnético e parece ter sido feito com tanto cuidado. Uma das coisas que mais captaram minha atenção foi o fato de que alguns artistas estão sempre envolvidos em todas as etapas de criação. Me pareceu, pela quantidade de detalhes, que você é um deles. Como foi filmar isso, foi divertido, foi difícil?

Foi muito bom. Quer dizer, eu sempre estou envolvido em tudo o que faço. John Newman não é John Newman se se desligar das coisas, o que eu acho importante. Trazer todas as minhas ideias, os meus scripts, rever o que produzimos, olhar novamente e se preciso mudar algo… para mim estar envolvido a tal ponto em qualquer coisa que faço é algo que prezo muito, porque expressa verdadeiramente os limites da minha criação.

Você acha que isso é o que define alguém como um artista completo? 

Sim, absolutamente para mim. Mais até do que as pessoas pensam.

John, uma das suas canções mais aclamadas, “Blame”, é uma colaboração com o Calvin (Harris). Vocês dois são britânicos e o que vemos atualmente é que cada vez mais artistas brasileiros se juntam a uma galera gringa pra produzir coisas novas, posso citar Anitta e Alok como dois exemplos frequentes. Em algum momento você já sentiu vontade de fazer algo com algum dos nossos cantores ou DJs? 

Sim! Eu acho que seria maravilhoso ter uma colaboração assim no meu catálogo, já que o mundo, inevitavelmente, está se tornando mais próximo, as barreiras já não existem praticamente e as pessoas, em todos os cantos do mundo, estão mais conectadas. Vocês brasileiros, eu preciso dizer, são ótimos no que fazem e como eu nunca fiz isso, seria interessante. Está tudo muito globalizado.

Você se considera um ouvinte atento para o que rola em outras partes do mundo? Se você me der livre acesso ao seu celular, o que eu encontraria na sua sessão de “reproduzidos recentemente”?

Uau! Eu acho que somente clássicos, porque é o que eu ouço no geral. Eu realmente amo as músicas da Adele, que sonho em colaborar um dia, do Ed Sheeran, da Amy Winehouse. Eu acho que eles tem canções realmente muito boas.

Pra fechar, vamos falar um pouco sobre o Brasil. Você nunca esteve aqui antes, certo?

Não, mas eu adoraria!

A galera aqui te adora, da mesma forma que adora a música britânica. No início do mês nós tivemos em São Paulo mais uma edição do festival Lollapalooza e vários conterrâneos seus tocaram aqui. Rolou Jorja Smith, Sam Smith e Years and Years. Quando é que veremos você por aqui? 

É sério isso? Nossa, deve ter sido fantástico, eu gostaria de ter assistido! Eu acho que muito em breve, tem sido uma demora! Mas estaremos prontos pra ver todos logo e eu acho que, para ser honesto e o mais claro possível, quando for a hora de lançar um disco, isso acontecerá.

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