A Dilma era presidente. O Obama era presidente. “Lemonade”, “Coloring Book”, “Blonde” ou “Life of Pablo” não tinham sido lançados. One Direction e Yeah Yeah Yeahs ainda existiam. David Bowie estava entre nós. Ninguém tinha ideia que Jojo Toddynho, Kevinho e Pabllo Vittar estariam do tamanho que estão hoje. O comecinho de 2016 foi logo ali, mas mudou muito e de forma rápida. Na política, economia e, claro, na música.
Nesta época, eu tocava um blog chamado Fita Cassete e a minha principal missão era falar sobre música. Até aí, tem uma penca de lugares que também falam, mas o que eu gostaria de fazer diferente. Não precisar traduzir o que era publicado na gringa e colocar a minha opinião sobre o que estava acontecendo. De uma forma divertida e analítica. Muita gente gostava e muita gente odiava o que era feito por lá. Uma das personas que acompanhava era um tal de Phelipe Cruz, CEO do Papelpop.
Ele fez o convite para eu continuar o Fita Cassete num ambiente, digamos, mais pop. Eu topei logo de cara pegar algum assunto durante a semana e transformar em algo didático e causasse curiosidade do público, sempre às terças-feiras. O público estranhou no começo, meio e fim. Por que diabos este cara está aqui? A ideia era tentar explicar alguns porquês. Por que tal disco é foda? Por que começamos a falar tanto de algum artista ou disco? Por que esnobamos tal estilo ou festival?
Sendo assim, era natural falar de Lady Gaga numa semana e Kevinho na próxima. É um trabalho árduo falar sobre pop num país como o Brasil. Por aqui temos representantes legítimos do Norte ao Sul do país, mas ainda nos escoramos do que vem da gringa para cá. Colocar isso num texto e deixar de falar sobre uma diva ou algum grupo era complicado, mas era legal ver o debate em comentários e o texto ganhando visibilidade nas redes sociais.
Adorei este desafio do Papelpop. Sentar na frente do computador e escrever pela madrugada toda semana foi algo incrível com um alcance fora de série. A coluna ajudou pessoas a escolher o tema para o TCC, ouvir uma porrada de gente nova, participar e fazer curadoria de festival e, o mais importante, levantar pontos sobre algum disco e cantores que poderiam ficar despercebidos. Em um mundo com o consumo frenético, ter a oportunidade de frear e poder escrever algo com um pouquinho a mais sobre algo que ficou na minha cabeça durante alguns dias é confortante.
Eu gostaria de agradecer a todos que um dia esbarraram na coluna por aí. Curtindo, descurtindo, comentando, retuitando e compartilhando do jeito que dá. Só posso agradecer à equipe do Papelpop por ter incentivado essa minha aventura maluca: Phelipe, Raissa, Rafael, além da minha guria Vivi – dando pitacos em títulos, conteúdo, fotos, temas.
A próxima aventura está logo ali e, agora, é se preparar para:
Começar de novo
Podem tentar quebrar, desnortear
Mas meu amor nunca me roubam
Olha eu aqui de novo
Viver, morrer, renascer
Firme e forte feito um touro
Aqui estão alguns dos textos que mais gostei de escrever para a coluna:
Por que o Lemonade é um disco que pode entrar na história?
“Blonde” do Frank Ocean é um disco para você ouvir/sentir/ver
Gosta de Madonna ou Beatles? Agradeça a aleatoriedade
Funk não é arte? Nudez não é arte? Censura não é a resposta!
Por onde andam as premiações brasileiras?
Fita Cassete é o alterego de Brunno quando ele fala sobre o assunto.
Quer falar com ele? Twitter: @brunno.
* A opinião do colunista Brunno Constante não necessariamente representa a opinião do Papelpop. No entanto, por aqui, todas as opiniões são bem-vindas. :)
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