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Kelela, "LMK"
música

Aproveite o fim de ano para ouvir aquele artista que ficou de lado

Por mais que falemos sobre música quase toda semana por aqui, é impossível acompanhar os bons lançamentos que surgiram durante o ano. Mesmo seguindo alguma playlist de Novidades de Semana e ouvir de cabo a rabo, alguma coisa grande vai ficar de fora. As listas de fim de ano são uma prova do quanto não conseguimos absorver o que está rolando por aí.

Se você for pegar uma seleção de novidades semanalmente e ouvir todas as faixas, serão mais 2500 músicas que você irá consumir durante o ano. Este número vai ficar ainda mais bizarro se você for atrás do disco completo após ouvir o single. Um verdadeiro trabalho insano.

A indústria fonográfica tem se reerguido por meio do mercado digital, que, alavancado pelo streaming, passou a representar metade da receita global do setor desde 2016. Os primeiros sinais de recuperação vieram em 2015 e se fortaleceram nas últimas temporadas. Como acompanhar este volume galopante de músicas?

Não vou fazer mais uma lista para você se preocupar, eu gostaria apenas de sinalizar alguns discos que estão recebendo boas críticas e merecem um pouco da sua atenção até o fim desta temporada. A minha resolução de fim de ano é pegar as listas que temos por aí e sincronizar no celular até a capacidade dizer chega. Eu separei três que já estão por lá:

A Kelela não teve lugar cativo em alguma playlist durante o ano, fui me dar conta apenas em trombar com a bela capa de ‘Take Me Apart’ em boa parte das listas. Rolling Stone, Pitchfork, Noisey e Billboard apontaram o disco da cantora de 34 anos como um dos destaques da temporada. Após emprestar a sua voz e composições para nomes como Gorillaz, Solange Knowles e Teegirl, ela decidiu juntar um time pesadão para o seu primeiro disco. Um dos produtores executivos nesta obra futurística de R&B é Ariel Rechtshaid, responsável por trabalhos de HAIM e Carly Rae Jepsen.

Por achar o título curioso, eu fui atrás das histórias por trás de ‘Em Noite de Climão’, da cantora carioca Letrux. O trabalho tem uma conectividade forte com os anos 80 e é um pop gostoso de se ouvir, as melodias são aprazíveis e os refrões são fáceis de se pegar. Poderia estar tocando em rádios logo na sequência de Marina Lima ou Adriana Calcanhoto. Espero que na próxima temporada, este disco ganhe uma sobrevida dentro do cenário pop, pois merece.

Muitas pessoas acharam “Pajubá” pesado e deixaram um pouco de lado. Este disco não feito para ganhar as pistas, mas causar incômodo. É um disco para bater de frente como que está acontecendo. Linn da Quebrada conseguiu sintetizar para quem está de fora e para quem vive o seu mundo. Para mim é um trabalho que tem uma grande importância em 2017, o ano que tivemos censura, perseguição e pregação do bons costumes dentro da classe artística.

Caso queira rechear ainda mais o seu celular, dê uma olhada nestas compilações aqui:

Complex
Guardian
Miojo Indie
Metacritic
Pitchfork

E claro que você tem que acompanhar as listas do Papel Pop, né?

Boas Festas!

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O jornalista paulistano, produtor musical e marketeiro Brunno Constante analisa, pondera, escreve e traz novidades sobre música no Papelpop todas as terças-feiras.

Fita Cassete é o alterego de Brunno quando ele fala sobre o assunto.

Quer falar com ele? Twitter: @brunno.


* A opinião do colunista Brunno Constante não necessariamente representa a opinião do Papelpop. No entanto, por aqui, todas as opiniões são bem-vindas. :)

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