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cinema

Com Julianne Moore diva, Elton John e situações ridículas, você precisa ver “Kingsman: O Círculo Dourado”

Depois de 3 anos do “Serviço Secreto”, “Kingsman: O Círculo Dourado” chega aos cinemas no dia 28! Quem assistiu o primeiro sabe: ação, comédia e sarcasmo são os três pontos cruciais da narrativa que traz a volta de Eggsy (Taron Egerton), Merlin (Mark Strong) e, segura a emoção, Harry (Colin Firth). Sim, ele também volta.

O segundo filme também tem caras novas como a Poppy, vilã louca e diva feita por Julianne Moore, e uma organização secreta igual ao Kingsman – só que nos EUA! E nele tem Channing Tatum, Halle Berry e Jeff Bridges. Ah! E temos Elton John, viu? Sendo ele mesmo numa situação completamente ridícula.

Vem ver o trailer e leia tudo o que achamos logo em seguida:

Julianne Moore é Poppy, a vilã sem piedade alguma responsável pelo maior monopólio mundial de tráfico de drogas. Porém ela é obrigada a viver num lugar escondido da face da Terra para ninguém ser capaz de descobrir sua real função. Ela começa a ficar frustrada por ser a mulher mais rica do mundo, ultra-inteligente e precisar se esconder por ser uma traficante de algo ilegal. Ela é TÃO diva que sequestra Elton John, sim o artista Elton John, e o mantém preso com refém em sua “Poppylânida” por propósitos de entretenimento.

Quer vilã mais maravilhosa que essa?

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É a partir da sua organização, nomeada de “O Círculo Dourado” que a narrativa se desdobra (duh!). É com ela que temos a volta do vilão do primeiro filme, Charlie Hesketh, que a ajuda na distribuição agressiva de uma nova droga sintética pelo mundo, tal essa que promete dores crônicas e a morte. Entretanto, essa morte coletiva mundial pode ser impedida se o presidente do Estados Unidos assinar uma declaração que libera um antídoto automático para cada pessoa que consumiu tal droga.

Além de Julianne Moore, temos Channing Tatum, Halle Berry, Jeff Bridges e Pedro Pascal, que fazem parte de uma organização com a mesma conduta da de Kingsman, mas ao invés de ser disfarçada de uma alfaiataria em Londres, é uma uma empresa de destilaria em Kentucky, nos Estados Unidos. Eggsy e Merlin acabam se associando com a organização para lutar contra o Círculo Dourado já que o Presidente dos Estados Unidos se nega a assinar o tal decreto. De acordo com ele, “o mundo é melhor sem drogados”.

Agora vamos aos pontos do filme:

Ridículo e cheio de ação igual ao primeiro filme

“Kingsman: O Círculo Dourado” é completamente diferente do primeiro filme. O elenco é diferente, a dinâmica entre os personagens é outra, o cenário é outro, mas ó: o Eggsy continua o mesmo! Diferente do primeiro filme em que a narrativa é dada em etapas – apresentando o universo do filme, este aqui já apresenta logo no início o problema a ser solucionado. Harry (Colin Firth) perde toda aquela postura de agente e é agora um indivíduo frágil. Por quê? Tem que ir ao cinema pra saber.

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As cenas de ação são m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s! O jogo de câmera rápido com a trilha sonora dando ritmo aos movimentos dos atores, são de te prender na cadeira e dar um suspiro de alívio assim que acabam. O Taron Egerton transmite uma dinâmica incrível com seus inimigos durante as cenas tensas que envolvem desde um carro em movimento, até um teleférico na neve.

Aliás, o filme conseguiu manter ou até melhorar aquele ar de situações completamente ridículas e reviravoltas sem nenhuma piedade. Você vai ficar muitas vezes pensando “Vocês estão tirando uma com a minha cara, não é possível”.

Como conseguiram convencer o Elton John a fazer tudo aquilo?

Nós precisamos falar sobre o Elton John nesse filme, gente! Pra começar que ele interpreta ele mesmo no filme, fazendo da Poppy uma fã de sua arte, mesmo ela oferecendo a droga letal a ele como uma oportunidade de comoção mundial para a assinatura da declaração de legalização às drogas. Porque né, quem vai querer ver o Elton John morrendo?

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Não vou mentir, metade das piadas do filme foram por conta dele. Sir. Elton John traz o tom cômico em meio de tanta ação e matança do filme, e faz isso muito bem. Ele zoa a própria carreira, se joga e faz e fala umas coisas que não conseguimos imagina como convenceram ele a entrar nessa.

PS: a minha cena favorita do filme, que é talvez um dos momentos mais tensos da trama toda, acaba tendo um alívio cômico MARAVILHOSO com a participação dele.

Poppy e a “Poppylândia”

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Poppy construiu uma cidade só para ela, uma Utopia, num lugar bem isolado do mundo. O salão de cabeleireiro, teatro, restaurante, quiosque de cachorro-quente… Tudo tem uma estética Art Deco dos anos 50 muito bem adaptada ao ambiente tropical. A vilã rouba a cena demais e é sempre um vislumbre acompanhar os momentos dela no filme.

Ela defende a legalização das drogas com pontos bem colocados. Você até chega a torcer por ela. Mas os meios para conseguir o que quer são extremamente maldosos e psicóticos! Hahaha. O pior é que ela ordena com tanta simpatia e delicadeza que os capangas ficam muito confusos. É bem perturbador.

Aliás, rola uma sátira no filme sobre a legalização das drogas. Ela coloca o destino de milhares de usuários de drogas nas mãos do presidente dos EUA – que é um retrato cômico do cidadão médio e conservador americano. É decisão patética atrás de decisão patética, com pessoas inteligentes defendendo os direitos humanos e ele lá sendo patético.

Representação feminina

“Kingsman”, eu te adoro! Mas precisamos falar disso! O primeiro filme com a personagem Roxy, interpretada por Sophie Cookson, passou uma forte imagem de uma mulher jovem, preparada para qualquer tipo de ação, desde matar um filhote de cachorro – missão na qual Eggsy falha epicamente – até salvar o mundo. A personagem faz muuuita falta na narrativa do segundo filme.

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Estranha muito porque parece que o filme vem com a missão de ser um longa de ação moderno, diferente, e aí vemos algumas cenas que estão ali para satisfazer pervertidos de plantão. Uma cena em especial, em que a câmera percorre o corpo – do pescoço até a calcinha – da personagem Clara, interpretada pela modelo Poppy Delevingne, é de causar puro desconforto de tão desnecessária. Você fica imaginando em que universo uma cena dessas aconteceria com um homem. Do pescoço até a cueca! Imaginem só?!

Poppy, a nossa grande vilã, é maravilhosa! Se não fosse ela, a representatividade feminina no filme seria -80. Juro.Halle Berry fez o papel da Ginger Ale, mulher que sonha em ser agente, lutar em batalhas e não ficar trabalhando atrás de uma tela de computador como técnica, organizando as missões. Honestamente? Tem uma hora do filme que você pensa: “Se a Ginger Ale estivesse aqui, muitas pessoas não precisavam ter morrido.” Mas né… Deixo esse mistério pra vocês descobrirem como a narrativa dela se desdobra.

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A narrativa da namorada do Eggsy, a princesa Tilde (Hanna Alström), não acaba! Ela segue na história como parceira do agente, mas numa imagem de vítima sem recurso algum para ajudar a solucionar. Vou resumir as preocupações dela no filme pra vocês: o encontro do Eggsy com o seus pais, o Eggsy não querer casar com ela, o Eggsy ter que se envolver com outra garota para salvar sua missão… Ou seja: é uma personagem que poderia ter uma voz própria, acaba virando a princesa em apuros. Não desceu muito bem não, viu?

Resumo da história:

Ri e não foi pouco.
Elton John é talvez a melhor coisa do filme.
Julianne Moore lacradora.
Taron Egerton continua lindão.
Queria ter um dia para visitar a Poppyville.
Mortes. Muitas mortes.
Princesa Tilde, eu torço pela melhora da sua narrativa.
Fotografia do filme e a trilha sonora são incríveis.
O filme é longo, 2 horas e meia, mas nem parece.
Cenas de ação: 10/10.

Então ó, para os curiosos, “Kingsman: O Círculo Dourado” chega aos cinemas no dia 28 deste mês!

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