Voltar para o topo

Agora você pode adicionar o PapelPop a sua tela inicial Adicione aqui

música

Aerosmith abre 2ª semana do Rock in Rio tirando (literalmente) a galera do chão

Festival tem essa coisa de várias tribos, várias ideias, várias vontades, tudo no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Alice Cooper juntou um ótimo público no palco Sunset no MAIN EVENT do que, em teoria, é o palco secundário do Rock in Rio, mas era claro: nessa quinta-feira, o que queriam era mesmo Aerosmith.

E queriam tanto que muita gente só resolveu levantar do descanso (ou até sono) quando, lá depois de 00h30, “Carmina Burana” era tocada e uma retrospectiva da história da banda era exibida no telão. E não foi à toa: com “Let the Music Do the Talking”, Steven Tyler, beirando os 70 anos, empolgou o palco mundo com um combo de hits.

“Love in an Elevator” mostrou toda a energia do cara e do resto da banda, enquanto “Cryin'” fazia todo mundo fechar os olhinhos e cantar berrando, no primeiro momento “MINHA MUSICAAAAAA” do show. ;)

“Livin’ on the edge”, “Rag Doll” e “Falling in Love (is hard on the knees)” vieram na sequência que, com um gigantesco C-C-C-COMBO BREAKER, chegou ao fim quando Steven Tyler chamou Joe “Fucking” Perry pra tocar — e cantar — um blues.

Num daqueles momentos que parecem intermináveis de shows de rock, cheio de solos e firulas, o Aerosmith acabou fazendo com que muita gente checasse o WhatsApp, comprasse uma cerveja ou relaxasse de qualquer maneira.

Nem quando começou um blues adiantou, a ponto de Steven Tyler reclamar do “silêncio” do público — o que acabou quando “Crazy” começou a tocar, no segundo momento “MINHA MUSICAAAAAA” da noite. :)

Se provando péssimo em português, Seu Steven emendou o maior momento MINHA MÚSICA, fazendo várias pessoas subirem em cima de outras, quando “I Don’t Wanna Miss a Thing” veio.

A partir dali, “Eat the Rich”, “Sweet Emotion” (e mais um solo quase insuportável) fizeram sanduíche de “Come Together”, com molho de “Dude (Looks Like a Lady)”, encerrando a primeira parte do show que, de tão bem cronometrado e certinho, em momento algum sequer pareceu que a banda se despedia de verdade — tanto que pro retorno esperamos menos do que para os solos acabarem… ou era o que parecia.

Enquanto o telão dizia que éramos os #1, Steven Tyler reapareceu, de branco e no piano, tocando ME DÁ DANONINHO, DANONINHO DÁ, emendando, bizarramente, “Dream On” para galera gastar o que sobrava de oxigênio no pulmão.

“Walk this Way”, a última, pareceu mais do que propicia, já que muita gente já tava indo embora enquanto ela era tocada. Quem foi perdeu a despedida da banda, bem na ponta do palco, no meio da galera, e os fogos.

Se fez muita falta eu não sei, mas o fato é que pra um evento como esse, com tanto tempo contado, deveriam dar uma segurada nas suas firulas, merecidas até, pra dar o que toda aquela galera, que estava há quase 12h na cidade do rock, queria e também merecia.

Não que algum fã reclame, claro… ;)

Por Thiago Borbolla (do Judão), direto do Rio de Janeiro

voltando pra home