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PAREM DE COMPARTILHAR FAKE NEWS!

Este foi o primeiro e último disco da Pabllo Vittar. Com sucessos como “K.O”, “Todo Dia” e “Indestrutível”, a cantora já tem data para o seu último show, que será realizado no Rio de Janeiro. Marcado para o dia 31 de dezembro, no Parque Lage, o evento será para poucas pessoas e ainda não tem previsão sobre a venda de ingressos. “O ano foi muito bom, tocamos mais de cem vezes, é um número muito alto. Realizamos diversos sonhos e agora é hora de descansar um pouco”, contou para uma fonte.

Hoje é muito difícil saber o que é real ou mentira sobre qualquer assunto que você vá ler. O que você leu acima é uma mentira, inventada por mim. Eu não falei com ninguém da equipe da Pabllo Vittar e tirei todas as informações levianas da minha cabeça.

A facilidade da publicação de alguma notícia põe em xeque a veracidade de algum fato. O consumo de notícias não é mais feito por aquele calhamaço de papel, também conhecido como jornal, mas em qualquer lugar.

No mesmo espaço em que vemos aquele cachorro fofinho, um lugar paradisíaco ou um prato delicioso, nos deparamos com alguma notícia também. O Instagram, Twitter ou o Facebook são espaços onde você vai ler algo e passar para frente, sendo verdade ou uma falácia.

Veja bem, não estou falando que a notícia verdadeira deve ser assinada por alguma instituição pomposa, mas de alguma instituição que faça a apuração do caso. Com o consumo avassalador de notícias, um editor que perder um tempinho a mais para mandar um e-mail ou telefonar para alguma fonte, pode perder um furo jornalístico.

As fake news sempre existiram, mas hoje, com o alcance e força da internet ganharam proporções fora de série. Quem nunca recebeu uma corrente de WhatsApp para tomar cuidado com alguma nova doença ou alertando de um pacote novo do governo?

Um simples retuíte de alguma pessoa com um bom número de seguidores pode servir de pauta para diversas redações pelo mundo afora. Foi assim com as Kardashians, Azealia Banks ou por alguma jornalista brasileira.

Um bom exemplo de fake news que aconteceu neste ano foi o caso da “morte” do Arlindo Cruz, compartilhado pela apresentadora Sônia Abrão. Primeiramente, a notícia havia sido divulgada por um site chamado Coluna da TV. Ela viu em seu feed e compartilhou sem checar com alguém da gravadora do sambista ou algum amigo mais chegado.

É a mesma história de sempre. Perder alguns minutos para checar se o papo é verdade mesmo, ou conseguir relevância com uma notícia fresquinha.

Eu trabalhei bons anos em redação e acompanhei de perto diversos assuntos delicados que tive que esperar um bocado para soltar. Como a MTV fazia parte do guarda-chuva do UOL, emplacar alguma notícia no portal era algo para ser comemorado, pois rendia uma enxurrada de cliques.

Era tentador soltar alguma notícia na correria para garantir este espaço, confesso. Por conta disso, vemos a propagação de notícias duvidosas a todo momento. A pressa em dar um check com a assessoria ou contato mais próximo está sendo feito depois do material estar no ar. Caso tivesse algum erro, parecia ser mais confortável atualizar a nota com um: Erramos.

Uma notícia fake pode destruir a reputação de algum cidadão, eleger um político ou promover uma banda que está meio apagada. Quantas vezes você já não ouviu “Mas eu li no Facebook”? Por mais verossímil que seja, desconfie.

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O jornalista paulistano, produtor musical e marketeiro Brunno Constante analisa, pondera, escreve e traz novidades sobre música no Papelpop todas as terças-feiras.

Fita Cassete é o alterego de Brunno quando ele fala sobre o assunto.

Quer falar com ele? Twitter: @brunno.


* A opinião do colunista Brunno Constante não necessariamente representa a opinião do Papelpop. No entanto, por aqui, todas as opiniões são bem-vindas. :)

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