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Grife do Emicida, LAB fecha SPFW dando um show de samba e representatividade

Nesta sexta-feira (17), rolou a última noite do São Paulo Fashion Week. Estreante no ano passado, a grife Lab, assinada pelo Emicida e seu irmão, Evandro Fióti, encerrou a noite e o evento homenageando o samba e, de novo, colocando muita diversidade na passarela.

Chamada “Herança”, a coleção apresentada ontem é como um agradecimento do rap e do hip-hop ao seu grande ancestral, o samba. “Hoje a gente vai ver uma formatura. O hip-hop é uma criança perto do samba”, explicou Emicida ao UOL antes do desfile. “Vimos essa criança dar orgulho para os pais e agradecer a eles e dizer ‘sem vocês eu não estaria aqui’.”

Todas as peças traziam releitura de símbolos do samba. Calças e casacos foram inspirados nos ternos da malandragem carioca, trazendo a alfaiataria para o streetstyle da LAB, que tem o estilista João Pimenta como diretor criativo. Tecidos leves e confortáveis, como moletons, malhas e calças jogging também chamaram a atenção.

Outro destaque do desfile foram os bordados que aparecem em algumas peças. Todos eles foram feito pela Dona Jacira, mãe do Emicida, que recebeu o convite para fazer os adereços em dezembro. “Pensei: “é verdade que esse homem da Vila Madalena, que só faz essas roupas bonitas, vai querer um bordado meu?” E ele ficou emocionado quando levei os meus bordados”, contou ela em entrevista ao Estadão. Todos os bordados foram produzidos durante as sessões de hemodiálise de Dona Jacira.

Cantada por Fabiana Cozza, a trilha sonora foi composta por clássicos do samba, como “Opinião”, “O Morro Não tem Vez” e “Acendeu a Vela. Ao abrir a passarela para a nova coleção, Emicida deu o tom do momento e começou agradecendo nomes importante do samba. “Obrigado, Clementina [de Jesus]. Obrigado, Jovelina [Perola Negra]!”

Mantendo o grande trunfo do seu desfile de estreia, a LAB levou o discurso de representatividade para a passarela. Dentre os 37 modelos, apenas 9 eram brancos. Além disso, também passaram pela passarela modelos gordas, coisa difícil de se ver no SPFW. “Você vê todas essas pessoas na calçada”, disse Emicida ao UOL. “O casting, pra mim, é sempre uma experiencia porque é muito delicado definir o que é bonito. É uma variante.”

E aí, o que você achou do desfile da LAB?

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