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Conheça: Seinabo Sey tá de álbum novo e fala sobre ser uma artista sueca inspirada por Beyoncé

A Suécia sempre exporta talentos incríveis para o mundo todo (Robyn que o diga) e tivermos a oportunidade de conversar com Seinabo Sey. Nascida na Suécia com ascendência gambiana, ela lançou o bem elogiado “Pretend” em 2015 e, três anos depois, vem com “I’m a Dream”.

Seinabo Sey é uma daquelas artistas que nos inspiram e suas letras pessoais falam muito de auto-valorização. Sem contar que os clipes são visualmente lindos. Cata esse clipe foda para “I Owe You Nothing”, onde ela canta que não é obrigada a agradar ninguém com a Gâmbia de cenário:

Ou então “Breathe”, onde enaltece a beleza da mulher negra enquanto canta sobre se aceitar linda e mágica:

Sério, que maravilhosa. Ela compõe as próprias músicas e canta de forma tão pessoal que a história e toda a jornada dela de aceitação acaba inspirando a outros também.

Temos algumas músicas ótimas para dançar, com “Good in You” e “Never Get Used To”, mas em várias ela também põe o vozeirão para jogo com apenas um piano como em “Truth”.

Nós tivemos a oportunidade de entrevistá-la assim que o álbum saiu e falamos de Beyoncé, composições e a responsabilidade que ela sente por ser uma cantora negra na Suécia. Tá logo abaixo, mas já aproveita para ler enquanto ouve o disco novo!

PAPELPOP: Você se preparou muito para esse álbum e ele ficou lindo. Qual a sensação de finalmente lançá-lo?

Seinabo Sey: Tem sido louco! Mas antes de tudo, muito obrigada, mesmo! É estranho ver que as pessoas já estão ouvindo as suas músicas e falando sobre. É esquisito porque trabalhei nesse disco por três anos e me envolvi muito com minhas músicas. Estou muito feliz e sou muito grata pelo que estão falando.

E o que o disco significa pra você? Você sente que seu som mudou desde 2015?

Tem sido diferente. É aquele clichê de que você leva a vida inteira para fazer seu primeiro álbum e agora neste segundo álbum eu tive tempo de sentar e pensar em como falar sobre sentimentos antigos. Foi um desafio, mas fico feliz que consegui e sinto que me tornei uma artista ainda melhor depois dessa.

Dessa vez eu pensei muito mais em questão de ritmo e instrumentos. Eu amo todos os gêneros, mas algo que tem em todas as músicas que mais amo é aquela bateria que faz você balançar a cabeça. E foi esse espírito que quis colocar na minha música. Dessa vez pude experimentar mais sons e mergulhar de cabeça em outros gêneros.

Você consegue dizer qual música é a mais especial para você no álbum?

Com certeza, uma música chamada Truth. Porque é uma música muito sincera. Se você ver a letra, terá uma boa ideia de várias coisas que passei nos últimos anos.

Todas as músicas tem composições suas e eu acho isso corajoso. Porque, para compor, você tem que olhar muito para você mesmo. Como é esse processo para você?

Eu faço junto com os produtores e tenho outros compositores comigo, mas a maior parte eu faço sozinha e sempre fui assim. Tento sempre falar de algo muito pessoal. Acho que dessa vez eu decidi ser bem mais direta ao ponto.

Eu estava assistindo ao clipe de “I Owe You Nothing” e tem uma frase muito marcante que diz “Para evitar críticas, diga nada, faça nada, seja nada”. Achei ela bem marcante. Por que você colocou no clipe e o que isso significa pra você?

Me lembro de ter uma foto em que isso estava escrito em vermelho numa parede e eu não sabia quem havia dito. Depois descobri que era de Aristóteles. Ela é muito importante para mim sendo sueca, porque o pessoal aqui não é de dizer muito o que eles pensam. Eles consideram uma honra poder estar em cima do muro e não precisar ter opinião sobre as coisas, mas isso nunca funcionou comigo.

Tentei seguir essas regras várias vezes ao longo da minha vida e toda vez que fiz isso eu senti muito fechada. Essa frase me ajudou muito nesses momento que me senti bloqueada, me ajudou a olhar para mim e refletir no que estou sentindo e no que penso.

Falando na Suécia, como você se vê sendo uma artista negra vindo de lá e alcançando um reconhecimento global?

Eu tento não pensar muito sobre isso porque eu acabo enloquecendo um pouco. Conheço, por exemplo, as pessoas que escreveram músicas do Avicii e sei que sempre vem de um lugar genuíno. Mas com certeza é importante para mim mostrar no meu projeto visual e nos meus clipes a beleza negra, por exemplo.

Sei que você é uma grande fã da Beyoncé! O que acha dessa nova fase dela?

Sou uma grande fã de Beyoncé desde os meus dez anos e acompanho a carreira dela todos os dias. Tem sido assim por tanto tempo que sinto que ela faz parte do ar que respiro. Eu adoro tudo o que ela faz mas sinto que ela está mais legal do que nunca, porque ela está sendo sincera. Claro, ela não fala muito sobre a vida privada, mas ela nunca foi tão honesta sobre ela mesma quanto agora. Eu acho isso muito corajoso e ela está libertando todos nós falando a verdade. Sou muito grata por isso.

Ela tem muita influência na música que você faz?

Com certeza! Ela é parte da minha jornada na música. Ela me ensinou muito sobre canto então claro que ela me inspira em tudo o que faço. E acho isso incríveis porque ela é uma das, se não a maior, performer viva e uma ótima compositora.

Você conhece um pouco de música brasileira? Pensa em vir para cá um dia?

Eu quero muito ir! É um dos lugares que sempre quis ir. De música, claro que conheço os gêneros, mas não conseguiria dizer um artista específico.

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