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música

Alicia Keys cria grupo para fortalecer presença das mulheres na indústria musical

Vencedora do prêmio Icon Songwriter no encontro da Associação Nacional de Editores Musicais em Nova York, Alicia Keys anunciou um projeto bem legal por lá: um grupo para fortalecer a presença das mulheres na indústria da música (via Variety).

A cantora não deu muitos detalhes sobre a atuação específica do grupo, mas explicou um pouco a ideia:

“Uni forças com um grupo de executivas, compositoras, artistas, engenheiras, produtoras e editoras poderosas, todas mulheres, para ajudar a remodelar a indústria que todas nós amamos criando oportunidades reais e um fluxo de talentos para outras mulheres. A iniciativa se chama ‘She is the Music’. Queremos criar um modelo de mudança que afeta as mulheres em todos os setores. Nós merecemos respeito, e muitas dessas mulheres em vários setores estão dizendo à nossa cultura que chega de dois pesos e duas medidas, baschegata de desigualdade salarial e dos colegas que são, na melhor das hipóteses, desrespeitosos e, no pior dos casos, perigosos. Basta disso.”

Alicia também deu exemplos de como o campo musical ainda não é equalitário: de quase 3 mil compositores pop creditados no último ano nos Estados Unidos, só 12% são mulheres. De engenheiros musicais, apenas 3% são mulheres. Produtores, então? 2% são mulheres, e nessa porcentagem está incluída a própria Alicia.

“Então da próxima vez que você tiver a chance de contratar alguém, seja o maior produtor ou o estagiário novato, procure uma mulher — especialmente uma mulher não-branca, uma voz nova, que traga algo novo. Ela é a música, então dê uma chance a ela! Os compositores contam nossas histórias, cantam sobre quem somos como pessoas – não queremos todos ouvir coisas de todos nós? As músicas espirituais [canções cristãs feitas por negros na época da escravidão americana] de meus ancestrais contaram suas histórias e lhes deram força, e somos mais fortes por causa disso. E a batalha de hoje pelos direitos civis ainda se baseia no poder das canções de protesto escritas décadas atrás por Sam Cooke, Otis Redding, Bob Dylan, Bob Marley, Joana Baez, Nina Simone, Buffy St. Marie, Carole King, Joni Mitchell, Aretha, Tina, Dolly Parton — pegando aquela tocha poderosa e falando a verdade das mulheres e da nossa vida. E há muitas pessoas continuando isso: Mary J. Blige, Sia, SZA, Kacey [Musgraves], Solange, Janelle [Monáe], H.E.R., e tantas outras compositoras talentosas.”

Terminando de agradecer pelo prêmio, Alicia afirmou:

“A compositora é mais poderosa que qualquer político e qualquer governo porque ela alcança diretamente as pessoas e usa seu talento e habilidade e coloca o tempo numa cápsula — uma cápsula que ocupa cerca de quatro minutos de material (risos). (…) E se ela tiver sorte como eu sou abençoada por ter, suas palavras estarão para sempre em nossas memórias, nossa história e nossos corações.”

Ela também inspira vocês como nos inspira? Que mulher! <3

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