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O clipe novo da Iza saiu na sexta-feira e estamos até agora catando as referências

música

Iza pode até ser dona de si, mas convenhamos: ela também é dona do pop e foi progressivamente, como quem não queria nada, tornando-se dona dos nossos corações. Na última quinta-feira (27) ela liberou o clipe de Dona de Mim, faixa que dá título a seu primeiro disco de estúdio.

Pois o vídeo fez tanto sucesso que no dia seguinte não se falava em outra coisa. É que além de a canção ser um hino, os takes estão cheios de referências. Uma mais maravilhosa que a outra!

Primeiro, a gente te convida a assistir novamente o clipe:

Vamos pela ordem cronológica: como você já deve ter percebido, a ideia do clipe é contar histórias de mulheres reais ~e, consequentemente, enaltecê-las. No total, são três personagens: a primeira delas, uma mãe solteira, que estuda, batalha e leva a vida da maneira mais independente e feliz possível, orgulhando-se de suas lutas e enfrentando o preconceito.

A segunda delas, abertamente inspirada na própria mãe da cantora, apresenta a dura realidade de uma professora. Negra, a personagem assume ainda a função de anjo da guarda de seus alunos.

Por fim, há a presença de uma advogada. Forte por natureza, ela enfrenta um time de jurados representados por aquele velho padrão machista que já conhecemos (branco, hétero e violador de direitos).

Como narradora das histórias, Iza costura as vivências de cada uma e, para além das personagens, há outros aspectos interessantes na composição do vídeo, como as mensagens na lousa.

Para se ter uma ideia, foi escrito a mão no quadro negro parte da história dos africanos que chegaram ao Brasil a partir do século XVI. O objetivo era reforçar a questão racial a partir da personagem da professora.

Neste mesmo take, voltamos às cenas de Iza no colégio. Surge no colégio vestida de militar e aí mora uma das grandes críticas do material: a representação um governo que fecha os olhos para a problemática da segurança.

Os demais figurinos também foram estrategicamente pensados. Nas cenas do tribunal em que aparece vestindo chapéu e alfaiataria, peças historicamente masculinas, Iza busca representar força. A escolha pela cor branca representa não somente proteção, mas também sororidade de mulher para mulher. Um anjo!

Pra finalizar a gente também comenta a cena em que Iza dança maravilhosamente vestindo um terno grafitado com a palavra Mulher. Talvez o momento mais alegre para o clipe, representa por meio da dança um status de superação e, talvez a gente até possa dizer pela coreografia, brasilidade! Aqui, a mensagem é seguir em frente, apesar dos problemas. Ai, gente, que coisa mais linda!

Alguém tem dúvida de que este é o clipe do ano?

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